Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
Noticia SC Notícias

5ª Câmara mantém condenação de empresa em que trabalhadora foi agarrada por supervisor

Trabalhadora contou que era assediada no horário do almoço, quando ficava a sós com o chefe (imagem ilustrativa)

Os desembargadores da 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC) mantiveram a condenação da empresa de cruzeiros marítimos MSC, que terá de indenizar em R$ 75 mil uma trabalhadora de Itajaí (SC) que foi agarrada e tocada nos seios pelo supervisor, vindo a pedir demissão dias depois.

Em seu depoimento, a empregada relatou que as investidas eram antigas e ficaram mais agressivas a partir do momento em que o colega passou a ser seu superior imediato. Segundo ela, além de fazer ameaças veladas de dispensa, o novo chefe passou a lhe mostrar vídeos eróticos e oferecer vantagens, como folgas e aumento salarial.

As testemunhas confirmaram que a assistente recebia um tratamento diferenciado do supervisor, que a tocava constantemente no ombro e a chamava apenas de “linda”. O assédio era maior no horário do almoço, momento em que os dois ficavam a sós na mesma sala. Após a agressão física, a trabalhadora procurou a diretoria da empresa, que suspendeu o supervisor e restringiu seu acesso à sala.

O assédio, no entanto, continuou acontecendo, sob forma de rigor excessivo e metas crescentes, o que levou a empregada a pedir sua demissão e a ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho.

Quebra contratual

O conjunto de provas levou o juiz da 1ª Vara do Trabalho de Itajaí Daniel Lisboa a enquadrar a situação como assédio sexual e moral, condenando a MSC a pagar indenização de R$ 100 mil por concluir que a empresa foi tolerante com o tratamento abusivo. Ele também converteu o pedido de demissão da empregada em rescisão indireta do contrato (situação em que há falta grave do empregador), mais benéfica à trabalhadora.

Ao julgar o recurso da MSC, a 5ª Câmara do TRT-SC manteve a condenação, reduzindo o valor da indenização para R$ 75 mil. Em votação unânime, o colegiado também não aceitou o pedido para afastar da rescisão indireta, rejeitando o argumento de que, ao ser contratada por outra empresa antes de pedir demissão, a trabalhadora teria quebrado seu contrato.

“A autora pediu demissão simplesmente porque não suportou mais conviver com o assédio sexual e moral que diariamente enfrentava no ambiente de trabalho”, apontou o desembargador-relator Alexandre Ramos, destacando que, por depender do salário, o trabalhador pode declarar a rescisão indireta no momento em que for mais conveniente.

A empresa recorreu da decisão ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

 

Assédio sexual
Assédio moral

sadasd
fdsf
Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Prática de atos, gestos ou palavras que humilhem o empregado ou lhe criem constrangimento, de modo frequente, com intuito de discriminá-lo, a fim de levar sua retirada do emprego.
Fontes: Art. 126-A do Código Penal e “Curso de Direito do Trabalho” de Georgenor de Souza Franco Filho

 

 

*O número do processo foi omitido para preservar a intimidade da trabalhadora

Posts Relacionados

Carnaval de Florianópolis é tema de exposição inédita no Museu Histórico de SC

O4B se une à Minder para promover GTM Connection 2024. Catarinenses têm desconto especial

Ciser, Hub #Colmeia e Sebrae Startups lançam terceira edição de programa de aceleração de startups, o Desafix 3.0

Garopaba(SC) dará a largada do Circuito de base do surf catarinense desta temporada

Entrega da Etapa Estadual do 12º Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora marcada para 29 de abril

Duas novas obras do Litoral Norte recebem certificação “Obra Mais Segura”

Urbanizadora Luan Investimentos chega a Santa Catarina com R$1Bi de VGV lançado na última década e no momento que lança sua marca LN Urbanismo

Advogado fala sobre casos de empresas que controlam idas de funcionários ao banheiro

Colaboradores das empresas Aegea de SC assumem compromisso de reduzir acidentes de trabalho

Catarinense participa de curso de harmonização facial com profissional das estrelas em BH