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Pastora é acusada de planejar sacrifício de criança supostamente possuída por demônios

Uma criança que supostamente estaria possuída por espíritos malignos escapou de um ritual que poderia terminar com seu sacrifício, diz a Polícia Militar do Distrito Federal. O caso envolve uma pastora evangélica e uma fiel.

A pastora Jacivã Pereira dos Santos, conhecida como Jaci, 44 anos, lidera a igreja Casa da Oração Pentecostal dos Escolhidos de Deus, em Ceilândia Norte (DF) e teria convencido uma fiel a manter a filha em cárcere privado e sem alimentação pois estaria possessa por demônios.

O relato de uma testemunha diz que a menina de 8 anos seria sacrificada em um ritual de exorcismo, que teria a participação da própria mãe e da pastora.

De acordo com informações do site Metrópoles, a pastora e a mãe da criança foram presas no momento em que a Polícia Militar resgatou a menina, que era mantida em um quarto no fundo do templo, sem móveis.

Em um vídeo feito pela PM, a menina diz que não podia se levantar porque a perna estava machucada, e que não ia à escola porque a mãe não deixava. Após uma audiência de custódia na Justiça do Distrito Federal, a mãe da criança e a pastora Jaci foram libertadas.

Possessão

Testemunhas relataram que a pastora Jaci teria influenciado quatro mães que frequentam a Casa da Oração Pentecostal dos Escolhidos de Deus a abandonarem seus filhos porque eles estariam com “o demônio no corpo”.

A solução oferecida por Jaci, segundo as testemunhas, seria se afastar das crianças e se divorciarem dos maridos, cortando também relações com todos os parentes, pois eles estariam “endemoninhados”.

No entanto, a denúncia encaminhada ao Conselho Tutelar aponta que a pastora Jaci teria motivação financeira, e por isso havia orientado as fiéis a se afastarem dos maridos e parentes, e assim, garantir que elas entregassem dízimos e ofertas.

Uma mulher que é parente de uma das fiéis que abandonou o filho, de apenas seis meses, depois que Jaci a convenceu de que ele estava possuído, corroborou a acusação, sob condição de permanecer anônima.

A fiel seria uma empresária no ramo da educação infantil, e mesmo assim, teria sido influenciada pela pastora: “Ela tem formação superior em pedagogia. Não se trata de uma pessoa humilde e sem instrução, mas teve a personalidade modificada por essa pastora. Ela foi convencida a largar o marido e a abandonar o filho de 11 anos com o pai. Por último, entregou o seu bebê de 6 meses para adoção simplesmente porque a pastora afirmou que todos estavam possuídos”, contou.

A ideia da pastora seria garantir o repasse das ofertas e dízimos sem que os parentes interferissem: “Como essa minha parente é dona de uma escola e fatura um bom dinheiro, a pastora recebe cerca de R$ 2 mil por mês com o dízimo”, contou a mulher, que revelou que a fiel empresária cortou relações com todos os parentes e deixou o bebê em um abrigo, aos cuidados da Vara da Infância e da Juventude (VIJ).

“Tentamos ficar com a criança, todos da família queriam, mas ela disse que o bebê estava com o demônio e que deveria morrer. Estamos tentando reaver a guarda”, desabafou.

Justificativa

A pastora, que passou aproximadamente 48 horas presa, reuniu os fiéis no templo após ser liberada para explicar o que tinha acontecido, e reiterou que a criança que havia sido mantida em cárcere privado estava com o “demônio no corpo”, e que poderia se tornar uma ameaça a todos.

“Qualquer hora ela poderia pegar e matar, né? Manifestar os demônios”, disse a pastora durante o culto. A reportagem do Metrópoles, que foi ao local, disse que a pastora fechou as portas do templo quando percebeu que estava sendo gravada.

Guarda

O pai da menina que foi mantida em cárcere privado procurou o Conselho Tutelar e disse que quer a guarda da filha, pois não sabia do que estava acontecendo porque não a via há cerca de dois anos.

A menina foi internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) para se recuperar de um quadro de grave desnutrição, e recebeu a visita do pai.

Outro caso

O Conselho Tutelar vem investigando outro caso, que envolve um casal de servidores públicos. A pastora Jaci convenceu a mulher de que o marido e o filho estariam sendo “comandados pelo demônio”, apesar de ele também ser frequentador da igreja.

A forma de ação da pastora nesse caso teria sido idêntica aos demais, pois a mulher foi orientada a abandonar todos os familiares, e teria se divorciado do marido, deixando o filho com ele. Ela manteve as contribuições financeiras com a igreja.

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