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Paulo Câmara, Geraldo Júlio, o senador Fernando Bezerra e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB indiciados no STF

Matéria publicada, hoje, na edição on line da “IstoÉ”, assinada pelo jornalista Aguirre Talento, confirma informações que vínhamos, há meses, publicando em nosso Blog, sobre o envolvimento do governador de Pernambuco, Paulo Câmara e do Prefeito do Recife (reeleito), Geraldo Júlio, ambos do PSB, com as irregularidades descobertas, pela Polícia Federal, no âmbito da Operação “Fair Play”, na contratação da Odebrecht para a construção da Arena Pernambuco e da empresa Projetec para fiscalização da obra (Relembre em Contrato da Arena Pernambuco com Odebrecht coloca Paulo Câmara e Geraldo Júlio na mira da Lava Jato).
A reportagem revela que ISTOÉ teria tido acesso, com exclusividade, a uma petição sigilosa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, do último dia 3 de novembro, onde Janot solicita ao ministro do STF, Teori Zavascki, relator da Lava Jato, que seja mantido no Supremo um inquérito único onde São investigados Paulo Câmara, Geraldo Júlio, o senador Fernando Bezerra e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB-PE. O inquérito, que recebe o número de 4292, já tramita no Supremo tribunal Federal desde o dia 08/08/2016 e apontaria, segundo a reportagem, fatos envolvendo os políticos do PSB com as irregularidades na licitação da Arena.

 

As investigações tiveram início a partir da chamada Operação “FairPlay”, deflagrada no ano passado pela Polícia Federal em Pernambuco. Advogados da Odebrecht e das autoridades investigadas vêm tentando arquivar a Operação e tirar a Polícia Federal do caso, por meio de chicanas jurídicas, conforme vínhamos denunciado em nosso Blog (Leia FAIR PLAY: MPPE E TJPE BARRARAM MANOBRA DE ADVOGADOS DA ODEBRECHT PARA TIRAR POLÍCIA FEDERAL DO CASO), do mesmo modo com que agiram para conseguir o arquivamento da Operação Turbulência, que investigava a organização criminosa responsável pela “lavagem” dos recursos desviados de obras públicas em Pernambuco.
Ao longo das investigações, os investigadores constataram indícios do envolvimento de autoridades com foro privilegiado, ou seja, o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar, forçando a remessa do inquérito ao STF.
Paulo Câmara, por ser governador, tem foro privilegiado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), já Geraldo Júlio, tem foro privilegiado no mesmo Tribunal que arquivou a Operação Turbulência, ou seja, no TRF da 5ª Região.
A petição de Janot é para que todos as investigações da Operação “FairPlay”, que passou a ser considerada um braço da Lava Jato, passem a ser feitas no Supremo Tribunal Federal.
Na primeira instância ficariam, apenas, os investigados empresários, que não têm foro privilegiado.
De acordo com a reportagem da IstoÉ, Janor, em sua petição a Zavascki teria verificado a existência de “indícios de irregularidades na atuação de dois núcleos, um econômico, formado por Andrade Gutierrez e Odebrecht, além de outras empresas; e um político, composto pelos então integrantes do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado de Pernambuco”.
O envolvimento de Paulo Câmara e de Geraldo Júlio com as irregularidades no contrato da Arena já haviam sido revelados aqui mesmo em nosso Blog, com a publicação da perícia da Polícia Federal que agora vem à tona com a matéria da IstoÉ (confira em FAIR PLAY: ADVOGADO DA ODEBRECHT E DE ACUSADOS DE LAVAR DINHEIRO PARA PSB NA “TURBULÊNCIA”, TENTA ANULAR “FAIR PLAY” E TIRAR POLÍCIA FEDERAL DO CASO)
De acordo com a Polícia Federal, afirma a reportagem de Istoé, ao transcrever parte do relatório da Polícia Federal citado por Janot para pedir o o indiciamento dos políticos pernambucanos no Supremo “A construção da obra não teria ocorrido sem a colaboração dos agentes políticos que, primeiramente, autorizaram a construtora Odebrecht a realizar estudos preliminares e e elaborar o projeto básico da obra, sem a realização de qualquer procedimento de licitação”.
Do relatório da Polícia Federal, Janot ainda menciona suspeitas de recebimentos de doações oficiais recebidas por esses políticos, tanto da Odebrecht, quanto da Projetec, a quem caberia fazer a fiscalização da execução do contrato. Paulo Câmara, teria recebido R$ 200 mil da Odebrecht para sua campanha a governador em 2014. Fernando Bezerra  teria recebido R$ 50 mil da Odebrecht e R$ 50 mil da Projetec e Tadeu Alencar, R$ 30 mil de cada uma das duas. Geraldo Júlio aparece na famosa “Planilha da Odebrecht” como beneficiário de um pagamento de R$ 3 milhões, sob o apelido de “Neto”. Essa doação, entretanto, não aparece em nenhuma de suas prestações de contas eleitorais (Leia mais em NETO, CHARADA E CACIQUE ERAM OS CODINOMES DE GERALDO, FBC E LABANCA NA LISTA DA ODEBRECHT).
A Polícia Federal, no relatório citado por Janot, considera que teriam sido praticados os crimes de restrição à competitividade da licitação, o pagamento de propina via doações oficiais e até eventuais crimes contra o sistema financeiro relacionados ao financiamento do BNDES: “Extrai-se que a superestimação do valor da obra foi motivada para se burlar o teto do financiamento autorizado pelo BNDES, que era de 75% de seu valor total, observado o teto de R$ 400 milhões. Com a superestimação do valor da obra, o BNDES acabou financiando integralmente o seu custo, e não apenas 75%”.
Para o caso da Arena, estariam sendo ouvidos pelo menos quatro delatores (colaboradores) ligados à Odebrecht e à Andrade Gutierrez: Maria Lúcia Tavares e Angela Palmeira  Ferreira (Odebrecht) e Clóvis Primo e Rogério Nora de Sá (Andrade Gutierrez), além de João Antônio Pacífico Ferreira, responsável pela obra dentro da Odebrecht, que chegou a ser  alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Fairplay.
Leia a íntegra da matéria da Istoé AQUI.
noeliabritoblog

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