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Atletas da Natureza O SUP como instrumento de inclusão social

Evento Atletas da Natureza reúne voluntários em um dia dedicado aos portadores de necessidades especiais na Praia da Guarda do Emabú (SC).

Evento Atletas da Natureza reúne voluntários em um dia dedicado aos portadores de necessidades especiais na Praia da Guarda do Emabú (SC).

Um dia perfeito. Assim pode ser definido o último sábado, dia 16, para um grande grupo de pessoas portadoras de necessidades especiais. Em meio a amigos, voluntários e bombeiros, elas andaram de caiaque, stand up, kaitesurf, mergulharam com cilindros, entre outras várias atividades, na 16ª edição do projeto Atletas da Natureza, na Guarda do Embaú.

 

Um dos idealizadores do evento, o educador físico George Washington de Almeida Junior, conhecido como Professor Madeira, não esconde a felicidade de ajudar essas pessoas. “É uma satisfação enorme em vê-las alegres e felizes. Eu me sentia na obrigação de fazer algo por elas. São pessoas que tem algum tipo de necessidade. E eu tenho necessidade de me despir dos meus preconceitos, das minhas frescuras e abraçá-las como se fossem quaisquer outras, sem qualquer tipo de discriminação. Temos que tratar todos iguais. Nós não somos defeituosos, e, sim, diferentes, cada um com a sua necessidade”, destaca Madeira.
João Laskoski, natural de Videira, tem casa na Guarda do Embaú e colabora há 10 anos com o projeto por puro prazer. “Eu deixo de fazer outras coisas só para vir ajudar aqui. Fico emocionado e orgulhoso em ver estas pessoas se divertindo tanto”, declara João.
A ideia do projeto surgiu quando Madeira trabalhava numa academia de natação, no Centro de Palhoça, e começou a ajudar as pessoas da Apae, com o objetivo de aliar a natação técnica à natação utilitária. “Eu abri um espaço no horário em que a academia estava mais vazia para vir à Apae fazer um trabalho voluntário. E, como eu estava usando o espaço deles, nada mais justo do que eu dar um retorno à comunidade e a eles de uma forma geral”, explica. “Eles estavam aprendendo a nadar, então, ofereci a possibilidade de integrar a natação ao meio ambiente: nadar no rio, no mar, resolver imprevistos, enfim, integrar a natação técnica à natação utilitária. Trouxe umas 12 pessoas da Apae para fazer estas atividades no primeiro ano. Mas, no ano seguinte, fui cobrado para fazer mais e assim por diante. Aí, outras entidades pediram para fazer parte do projeto, como a Apae de Santa Amaro da Imperatriz, Aflodef, Apae da Pinheira (extensão da instituição em Palhoça) e fui convidando outras pessoas que têm algum tipo de necessidade”, completa.
Muitas das pessoas que vêm a este evento não costumam sair muito de casa. Porém, quando participam pela primeira vez, não veem a hora de voltar, como revela Madeira. “Quem não tem o hábito de frequentar o meio ambiente e vem para cá se integra, conhece alguém que tem esse hábito e passa a frequentar. Começam a combinar finais de semana para se encontrar. Acontece demais isso aqui. Aqui nasceram muitas amizades que ajudam a fortificar ainda mais o projeto”, ressalta.
Vale lembrar que o projeto é realizado uma vez por ano, gratuito e sem limite de idade, para pessoas com qualquer tipo de deficiência. “É aberto à comunidade para quem quiser aproveitar, conhecer gente nova e fazer amigos novos”, acrescenta o professor.

 

Mães e filhos mais felizes – Ivonete Soares, 66 anos, trouxe a filha Roselene Soares, 45 anos, como faz há muitos anos, e destaca a importância das atividades realizadas para o desenvolvimento da sua filha no dia a dia. “A minha filha não sabia nadar. O Madeira ensinou, e ela já faz natação há 15 anos. Fica, literalmente, contando os dias para vir aqui. Todo ano ela vem. Ela curte muito, anda na prancha e tudo. Ela se sente mais disposta e mais alegre no dia a dia também”, declara Ivonete.
Maria Neuza, 60 anos, mãe de Andreza Plazius, 27 anos, considera fundamentais as experiências e a maior proximidade com a natureza para a evolução da sua filha. “Sempre vamos a eventos desse tipo, mas este, especialmente, é a primeira vez e valeu muito a pena. Sempre vamos quando é em praia. Não podemos deixar nossos filhos em casa. Temos que levá-los sempre que possível para ter contato com o meio ambiente. Eles precisam dessa experiência, é fundamental para o crescimento deles. Temos que aproveitar as oportunidades”, afirma.
Por fim, as duas mães deram um conselho para os pais levarem seus filhos para o próximo evento Atletas da Natureza. “Eu superindicaria. É muito divertido para eles aprenderem coisas novas. Vale muito a pena, pois ajuda consideravelmente no desenvolvimento da pessoa”, diz Ivonete. “Tragam seus filhos! Não os escondam dentro de casa! A felicidade deles e a sua vão aumentar e muito, pode ter certeza! A minha filha é superacostumada a ir à praia”, ressalta.
O evento começou de manhã e foi até o fim da tarde. Além das atividades no mar, teve almoço ao meio-dia, com 60 quilos de risoto, e mais tarde, apresentações culturais. O destaque foi a peça de teatro com fantoches, na qual animais de brinquedo manipulados transmitiram uma mensagem de proteção ambiental, refletindo que todos os seres têm a mesma importância na natureza.
No fim da tarde, a banda Nós Naldeia e a orquestra de violinos Casa Nobre encerraram o encontro.

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