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Como falar sobre tragédias com as crianças

Como falar sobre tragédias com as crianças

Repercussão e comoção geradas por acontecimentos como o rompimento da barragem em Brumadinho também afetam os pequenos

 

 

Tragédias como a de Brumadinho, em Minas Gerais, onde há poucos dias uma barragem de rejeitos de minério de ferro se rompeu provocando mortes e destruição, não ressoam apenas entre os adultos. Diante da gravidade do fato, da enorme repercussão nos meios de comunicação e da profunda comoção nacional, é praticamente impossível manter as crianças alheias a um acontecimento dessas proporções. E tampouco é necessário.

Segundo a psicopedagoga e especialista em desenvolvimento cognitivo infantil Lorena Nolasco, é importante que as crianças lidem com essas realidades tanto na escola quanto em casa de maneira transparente, de acordo com sua faixa etária e de sua capacidade de percepção.

– Dentro da escola, quando um assunto como este vem à tona, é interessante colocar para as crianças, independentemente da idade, o que é real em termos de informação. E essa informação deve chegar de maneira palatável e condizente com a capacidade cognitiva delas. Já em casa, a carga de opinião costuma ser maior porque ali estão os conceitos, valores e crenças da família que educa essa criança. Mas, da mesma forma, conversas que envolvam esse tipo de temática devem ter o tom mais sereno e tranquilo possível – comenta a profissional, que dá dicas sobre como abordar assuntos deste peso com os pequenos.

1 – Crianças menores geralmente procuram os pais ou responsáveis diretos para perguntar sobre acontecimentos desse tipo porque são essas figuras que dão a elas as noções de cuidado e de autoproteção ao falar frases como “desce daí que é perigoso”. Então, por serem uma referência, é importante que os pais e responsáveis se coloquem como fonte de informação segura e clara para os pequenos.

2 – Monitorar o que as crianças acessam nas redes sociais e aplicativos de conversa também é fundamental para evitar traumas. É importante não compartilhar fotos impactantes das pessoas envolvidas nas tragédias. Mas, se por descuido a criança tiver algum contato com esse tipo de material, deve-se explicar que isso é errado, que aquela dor poderia ser da própria família, que há pessoas tristes com o ocorrido. Isso ajuda a formar uma maturidade tecnológica nos adultos e nas crianças.

3 – Se a criança insistir em tocar no assunto, mesmo após uma conversa explicativa, é porque a resposta dada não a satisfez. Os pais devem, então, responder de maneira paciente exatamente ao questionamento da criança de acordo com a idade e a possibilidade de compreensão dela.

4 – É importante verificar a intensidade da emoção da criança diante do fato. Se as circunstâncias foram explicadas adequadamente, mas ela não esquece o assunto, tem dificuldade de dormir ou não quer ir para escola por medo, pode haver uma fragilidade emocional que precisa ser investigada. Se a tragédia for próxima à criança, é indispensável que haja acompanhamento profissional.

5 – É importante dizer que a morte faz parte da vida, que em algum momento não estaremos mais aqui. Se há uma dor por perda, dentro ou fora da família, a criança quer e deve participar dessa emoção, desse luto. Simplesmente excluí-la desse processo não é a melhor opção. É claro que situações de estresse como velórios e enterros podem ser evitadas, mas falar sobre o que significa a morte é relevante.

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