Em maio, Joinville viu o Senado Federal aprovar o projeto de lei que finalmente confere à cidade o título de Capital Nacional da Dança. Ainda que falte a sanção da Presidência da República, é com mais seriedade que daqui a exatamente 30 dias começará o 34º Festival de Dança de Joinville, o grande responsável pelo mérito do município receber esta nomeação.
— Foi o Festival que desencadeou isso, e agora está atraindo cada vez mais gente. Vemos as pessoas fazendo de tudo para vir ao evento, o que nos dá uma responsabilidade maior de organizá-lo e atender às expectativas — afirma o coordenador-geral do Festival de Joinville, Victor Aronis.
Com isso, a principal preocupação do Instituto Festival de Dança é garantir o perfeito funcionamento de um projeto que já ganhou registro como o maior do mundo no Guiness Book — há 10 anos, quando ainda nem se comparava à estrutura atual —, fazendo com que os processos de inscrição e agendamento sejam facilitados para os participantes e aumentando a oferta de cursos.
Entre as mudanças estão o sistema do Palco Aberto, que ocorre em cinco locais da cidade com apresentações gratuitas diariamente, em vários horários. A partir de 2016, os grupos e escolas selecionados tem acesso à quantidade de coreografias de mesmo gênero que podem aparecer na mesma programação no palco e agendar suas apresentações apenas em horários em que realmente podem se comprometer, evitando ausências. Além disso, o Palco Aberto da Feira da Sapatilha terá horário estendido e a formatação do Expocentro Edmundo Doubrawa, que a abriga, será modificado.
— A praça de alimentação estará em outro ambiente, fora do Expocentro. Isso proporcionará um aumento de pelo menos mil metros quadrados de espaço e permitirá ampliação de expositores em número e tamanho de estandes — anuncia Victor.
Entre as novas opções da Feira da Sapatilha estarão serviços como costureira e esmalteria. Assim, atenderá à demanda das 7.761 pessoas já confirmadas para o Festival de Joinville — número que conta apenas com os bailarinos, os figurantes, a equipe de apoio, os cursistas e participantes do Seminários de Dança, sem incluir os turistas que vem à cidade como espectadores.
Comunidade na dança
As pequenas mudanças são detalhes que visam não só o melhor atendimento às necessidades dos bailarinos do Festival de Dança mas também aos moradores da cidade e aos turistas. Afinal, o sucesso do Festival de Dança não ocorre apenas dentro da arena multiuso do Centreventos Cau Hansen, onde ocorrem as noites especiais e a Mostra Competitiva. Segundo Victor, todos os anos há excursões de outras cidades que vem a Joinville apenas para, por exemplo, visitar a Feira da Sapatilha e assistir às apresentações gratuitas. Elas são, também, parte da programação que movimenta o inverno joinvilense.
Os moradores da Capital Nacional da Dança também poderão vivenciar o Festival em eventos como a Rua da Dança, que ocorre na Estação da Memória, e o Dança Comunidade, que neste ano tem como tema “Dança para quem não dança”. Em forma de aulão, ele incentiva as pessoas sem experiência nesta forma de arte a também se movimentar conforme a música.
— A intenção é fazer com que as pessoas participem mais do que como meros espectadores — afirma o coordenador-geral do Festival.
Maio também trouxe uma triste notícia para quem participa do Festival de Dança, e levou a organização a criar um evento especial para esta edição: uma exposição que conta a história de Toshie Kobayashi, que atuou como professora, jurada e curadora artística do festival joinvilense. Ela morreu no dia 17, aos 67 anos.
Em 2016, serão…
10 dias
7.761 participantes
1.188 coreografias
437 grupos e escolas de dança
22 estados e o Distrito Federal
6 países representados
5 palcos abertos
2.790 vagas para cursos
77 cursos
35 professores