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Das oficinas à Banda Municipal: o caminho da música em Balneário Piçarras

“Ela tem ouvido absoluto. Ao ouvir qualquer som, como uma buzina de carro, um arrastar de cadeira ou um grito, consegue identificar qual é a nota musical”, revela Luciane.
A descoberta transformou para sempre a vida da família e, especialmente, da menina, que aprendeu a tocar violão, piano, flauta doce, bateria e saxofone.

“Ela tem 10 anos, mas já sabe fazer o que um adulto faz”, conta a mãe de Bárbara, que não esconde o orgulho da filha. “Ela já ajuda a dar aulas de violão e afina o instrumento muito mais rápido do que eu”, admite.
Bárbara se apaixonou pela banda municipal de Balneário Piçarras ao vê-la tocar e não teve dúvidas: queria fazer parte da orquestra.
“Conversei com o professor Sabino, e entramos nós duas. Hoje ela toca flugelhorn, e eu, saxofone”, lembra Luciane.
A mãe coruja conta que a filha tem um carinho especial por cada integrante da banda. Para a professora de música, Bárbara desenvolveu ainda mais suas habilidades e aprendeu muito sob a tutela do maestro José Sabino Santana. “A entrada na Banda Municipal foi 100% positivo na vida dela”, avalia.

 

 

Uma prática cultural e essencialmente humana, fruto da combinação de sons e ritmos; uma expressão artística transcendental, em cuja origem repousam as primeiras manifestações culturais; uma ciência perdida entre o preciso e o inexato. A música incorporou adjetivos e definições ao longo dos séculos, mas ainda traz a essência do que lhe julga com perfeição: “A música é um alimento para a alma”, define o maestro José Sabino de Santana.
Regente da Banda Municipal de Balneário Piçarras, Sabino é o “pai” da revolução que elevou a música ao status de cultura “obrigatória” em sala de aula. Foi ele quem, em 2007, incentivado pelo prefeito Leonel José Martins, iniciou o processo de educação musical nas escolas.  A ideia era trabalhar oficinas e incentivar o envolvimento dos alunos. O resultado foi surpreendente.
“Quando ele [maestro Sabino] se juntou a nós, havia apenas uma fanfarra municipal. Hoje, as cinco escolas municipais [Núcleo de São Braz, Cief, Francisca Borba, Felicidade Pinto Figueiredo e Monteiro Lobato] têm fanfarras próprias. Isso é coisa de cidade grande”, elogia Martins.
O projeto foi tão exitoso que, além de introduzir a fanfarra, acelerou o processo de formação da tão sonhada banda municipal. “Cidades bem maiores do que a nossa não conseguiram. Graças ao maestro Sabino, Balneário Piçarras tem uma banda municipal”, lembra o prefeito de Balneário Piçarras.

 

A orquestra começou o ano com aproximadamente 30 integrantes. À exceção dos professores, todos têm entre nove e 16 anos de idade. No grupo há tocadores de clarinete, trombone, bombardino, tuba, flauta transversal, saxofone, trompete, lira e percussão. Segundo Sabino, outros 30 alunos participam da escolinha, onde estudam e se preparam.
“São 30 futuros membros da banda”, resume o maestro.
As oficinas musicais: onde começa a “brincadeira”

A maioria dos integrantes da banda aprendeu a tocar nas oficinas de música oferecidas nas escolas municipais. Ao todo, 15 professores lecionam instrumentos como sopro, percussão, violão, flauta doce e, mais recentemente, violino.
O projeto de oficinas nasceu em 2013, no Cief. De lá para cá, a escola tornou-se referência não apenas pelo ensino em tempo integral, mas pela capacitação de pequenos prodígios. “A maioria dos alunos da banda é do Cief”, garante a diretora da unidade, Terezinha Elizete Pinto.
Pelos corredores da escola é possível encontrar crianças e jovens fazendo música como se estivesse brincando. “O Cief é outro lugar. Se as pessoas vissem o que havia nesse espaço há alguns anos, se surpreenderiam. É de encher os olhos”, comenta o prefeito Leonel Martins.
Talento e superação pela música

Fábio Henschel Sabel é um dos músicos que integram a orquestra.  Ele tem apenas 15 anos, mas a personalidade de um veterano. Vítima de má formação congênita nos membros superiores, não apenas toca a lira, mas impressiona pelo talento. “Sempre gostei de música, mas aprendi a tocar aqui mesmo, na escolinha”, revela o jovem músico.
A pequena Bárbara Aparecida Gomes de Oliveira é mais jovem: tem apenas 10 anos. Mas, na idade em que a absoluta maioria das crianças ainda aprecia, ela já ensina. Há três anos, a mãe, Luciane Pereira, 40, professora de música em Penha, descobriu na filha um dom raríssimo.

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