Com a chegada da estação mais fria do ano neste sábado (20) é preciso ficar atento às variações de temperatura de um ambiente para outro. O conselho de evitar sair de um local aquecido seja pelo ar condicionado, lareira ou fogão a lenha diretamente para a área externa é válido para prevenir choques térmicos e o aparecimento de renites, sinusites, resfriados, dores nas articulações e até mesmo acidentes vasculares cerebrais.
Antes de sair da academia e encarar as baixas temperaturas do ambiente externo a recomendação é se agasalhar ou ainda aguardar alguns minutos até a temperatura corporal baixar. O mesmo vale para os momentos de sair de casa, do trabalho ou de espaços que também costumam estarem aquecidos nessa etapa do ano.
“O organismo não se adapta imediatamente à temperatura diferente daquele em que estava acostumado. Esse processo eleva a pressão sanguínea e aumenta o esforço do coração, que precisa distribuir sangue para todo o corpo”, alerta o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann.
Entre os indicativos do choque térmico estão: face e extremidades (mãos e pés) gelados rapidamente porque o corpo concentrará o calor no tronco; pele arrepiada como mecanismo para manter a temperatura corporal estável; rosto corado e pele suada para alertar o aumento da temperatura interna.
Para prevenir os choques térmicos o médico orienta não permanecer desabrigado em locais frios ou muito tempo em ambientes quentes; evitar transitar em ambientes com temperaturas muito diferentes e manter o ar condicionado próximo dos 23º C, lembrando de desligar com antecedência antes de sair. Ainda entre os cuidados estão de utilizar um aquecedor no banheiro e optar por manter a temperatura da água do chuveiro em no máximo 39º C.
“Esses cuidados devem ser redobrados por idosos; pacientes com arritmia, hipertensão ou diabetes; pessoas que tiveram infarto do miocárdio ou hemorragia cerebral. Aliados a isso, alguns hábitos precisam ser eliminados como tomar banho após ingestão de bebida alcoólica, das refeições ou da ingestão de medicamentos”, explica Reichmann.