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FAESC, CNA e Sindicatos Rurais discutem perspectivas do mercado de grãos em Santa Catarina

Chapecó sediou nessa semana o 5º Dia de Mercado de Grãos do Projeto Campo Futuro. O evento promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) e Sindicato Rural de Chapecó reuniu lideranças, pesquisadores e produtores rurais para debater o atual cenário e as perspectivas para a produção de grãos.

O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo destacou a força do agronegócio e a importância de momentos de difusão de conhecimentos para desenvolver ainda mais o setor. Segundo ele, os produtores rurais devem estar atentos ao mercado e atualizados no que diz respeito a tecnologias e práticas utilizadas no campo a fim de otimizar e ampliar suas produções.

O presidente do Sindicato Rural de Chapecó Ricardo Lunardi frisou que os produtores devem ter conhecimento sobre os custos de produção para que se programem e saibam como e onde melhor investir seus recursos. “Planejamento é fundamental para que os reflexos futuros sejam positivos tanto em produtividade como em rentabilidade”.

O assessor jurídico da FAESC Clemerson Pedrozo esclareceu aos produtores rurais sobre a atual situação do FUNRURAL e Sindicalismo Brasileiro.

PERSPECTIVAS

A primeira palestra foi ministrada pelo pesquisador do CEPEA Lucilio Alves que explanou sobre perspectivas para o mercado de grãos. Em relação à soja, a expectativa é de um cenário de manutenção de preços, já que a área plantada nos principais países produtores deve diminuir, mas a produtividade tende a crescer. “O preço da soja é determinado pela demanda do mercado, seja por farelo ou óleo que é destinado a alimentos ou biodiesel”, explicou.

De acordo com Alves, o milho é o que mais preocupa os produtores rurais, especialmente em virtude dos preços. “Hoje a saca em Santa Catarina é vendida a R$ 28,50. Esse valor não deve passar dos R$ 33,00 na próxima safra”, avaliou. O pesquisador considera que o maior problema são os altos estoques. “Hoje o Brasil tem disponíveis cerca de quatro milhões de toneladas de milho a espera de compradores. A União Europeia que poderia absorver parte dessa demanda encontra mais facilidade em negociar com países próximos como a Ucrânia”, salientou.

O pesquisador da Embrapa Soja Rafael Moreira Soares falou sobre as principais doenças que atingem as lavouras de soja e alternativas de prevenção. Além disso, apresentou resultados de testes e pesquisas desenvolvidos pela Embrapa sobre a eficácia de produtos utilizados no controle de pragas e doenças. Soares explicou que uma das principais doenças que atingem a cultura de soja é a ferrugem asiática que, segundo dados da Embrapa Soja, possui um custo médio de 2 US$ bilhões por safra.

O meteorologista da Somar Celso Luís de Oliveira Filho apresentou as perspectivas climáticas para a safra 2017/2018. Depois de um outono chuvoso, a partir de junho o Estado entrou em períodos de chuvas abaixo da média. “Um bloqueio atmosférico não permite que as frentes frias cheguem em Santa Catarina. Isso faz com que o tempo fique seco e quente. As temperaturas estão batendo recordes em Chapecó”, observou.

Sobre as perspectivas para os próximos meses, o meteorologista exige cautela. Haverá maior alternância entre períodos úmidos e secos. Em outubro, deve voltar a chover com regularidade na região. “Em novembro, a quantidade de chuva diminui e até janeiro devem ter chuvas abaixo da média e aquecimentos maiores do que o normal. A orientação aos produtores é que estejam atentos aos períodos de risco no momento de fazer o planejamento de safra.

A programação finalizou com a explanação do assessor técnico de cereais, fibras e oleaginosas da CNA, Alan Fabrício Malinski que falou sobre os custos de produção agrícola em Santa Catarina. Segundo ele, o Custo Operacional Efetivo orçado para a safra 2017/18 de soja deve subir nas principais regiões produtoras em relação ao ano anterior. O aumento está atrelado à recente elevação do preço do diesel e do frete agrícola. Além disso, os reajustes de salário mínimo e da energia elétrica também podem influenciar o aumento do custo operacional efetivo.

Quanto aos insumos Malinski salientou que para os produtores que os adquiriram entre janeiro e julho de 2017, o principal impacto frente à safra anterior é a leve redução nas cotações dos fertilizantes, que foi compensada por um ligeiro aumento nas cotações dos principais defensivos agrícolas utilizados.

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