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História em quadrinhos valoriza cultura italiana do sul do Brasil

Luigi, Rosa, Giovani, Giulia e os animais Pinduca (cão) e Mini (gato) são os personagens da primeira história em quadrinhos regional, publicada na língua vêneta – idioma trazido pelos imigrantes italianos ao Brasil – com tradução no português. “I Fiołi de Ła Nostra Tera”, (Os Filhos da Nossa Terra) conta a trajetória de uma família de colonos italianos, que moravam no norte da Itália e vieram ao Brasil durante o século XVIII em busca de uma vida melhor.

O livro de 92 páginas ilustra e descreve a vida cotidiana de uma família de personagens, que enfrentaram com bravura os desafios para começar uma nova vida em meio a mata fechada e cercados por montanhas no sul do Brasil. A obra mostra diversos aspectos culturais, históricos e linguísticos, trazidos e vividos pelos imigrantes italianos em território brasileiro. Em meio a muito trabalho estes imigrantes reconstruíram seus estilos de vida com base na cultura aprendida em seu País de origem.

De acordo com a autora, designer/ilustradora e cartunista, Cidiane Guisso (de Concórdia), um dos aspectos importantes é a tradução do texto para a língua vêneta brasileira talian, que contou com a colaboração do especialista Fernando Zanella Menegatti, de Bento Gonçalves (RS). “A história em quadrinhos valoriza esse idioma e os aspectos culturais, que ainda se mantêm vivos pelos descendentes italianos que vivem nas comunidades rurais no sul do Brasil”, ressalta.

A elaboração da obra, segundo Cidiane, não foi nada fácil, porém representa a concretização de um sonho. “Fiz tudo sozinha, fui pesquisadora, roteirista, capista, ilustradora e editora. A repercussão tem sido bem positiva. As pessoas comentam que a história em quadrinhos veio como injeção de ânimo para a cultura, pois é um material didático que ajuda a contar a história dos imigrantes italianos e supre a carência desse material nas escolas”, avalia ao comentar que desenvolve roteiros, tirinhas e charges desde 2012.

A inspiração de Cidiane vem de sua infância e do interesse pela cultura da imigração italiana vêneta. “Desde criança adorava ouvir as histórias que meu nono materno contava nas noites de filó, sobre a vida sofrida e quanto ele trabalhou. Eu ficava imaginando como era a vida antigamente”, recorda. A ideia da obra surgiu em 2015, porém algumas circunstâncias fizeram com que o projeto fosse adiado e finalizado apenas neste ano. “Tinha uma voz dentro de mim que me lembrava todos os dias desse sonho, que agora é uma realidade. Meu coração vibra por concretizá-lo”, comenta.

Três semanas após receber a versão impressa da história em quadrinhos e fazendo poucas divulgações gratuitas em suas redes sociais, Cidiane recebeu pedidos da região norte da Itália e diversos municípios do Brasil, como: Bento Gonçalves (RS), Caxias do Sul (RS), Chapecó (SC), Concórdia (SC), Farroupilha (RS), Florianópolis (SC), Itapema (SC), Marechal Candido Rondon (PR), Porto Alegre (RS), São Carlos (SP), entre outras cidades brasileiras.

Para aumentar o alcance de sua obra e fomentar as vendas on-line, Cidiane buscou auxílio no Sebrae/SC. O analista técnico da entidade, Eduardo Sganzerla, orientou sobre suporte marketplace, logística, e-commerce, internet, formação do preço de venda e apoio na condução dos processos. “Ela iniciou as vendas pelo Facebook e ajudamos a cadastrar na plataforma de frete ‘Melhor Envio’. Depois, sugerimos a utilização do Marketplace, por ter uma estrutura enxuta. A última etapa foi o cadastro no site da Amazon. Atualmente, a autora está recebendo consultoria gratuita sobre comércio exterior do Sebrae/SC”, enfatiza. Cidiane também recebeu atendimento da Sala do Empreendedor de Concórdia para formalização como microempreendedora individual (MEI) e também participa de consultoria gratuita na área de marketing digital.

“O Sebrae/SC me auxiliou em todos os momentos que precisei e aprendi sobre negócios on-line e vendas nacionais/internacionais. Agradeço pela atenção e toda ajuda que recebi do Eduardo Sganzerla e da Aline Pires Alchireri. Com as orientações as vendas estão tendo resultados bem positivos”, enfatiza Cidiane. Os próximos passos, segundo a autora, referem-se a criar mídias estratégicas e direcionadas ao público de interesse em histórias em quadrinhos, além de realizar vendas para outros países que falam o idioma vêneto, como Estados Unidos da América, Canadá, México e Austrália. Quem tiver interesse em adquirir a história em quadrinhos pode entrar em contato com a autora pelo Instagram (@cidianeguissoart).

IDIOMA VÊNETO

A língua vêneta foi reconhecida pela Lei nº 8/2007 e pela ISO 639-3 VEC da Unesco, figurando entre os idiomas vivos do catálogo Ethnologue. A normatização da grafia foi elaborada por uma comissão nomeada em 16 de fevereiro de 2010, com o propósito de recuperar, modernizar e internacionalizar a língua com todos os seus falares pelo mundo. Foram sete anos de trabalho, no qual vários especialistas da área da linguística foram, exaustivamente, consultados.

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