A urgência em mais investimentos para o saneamento se tornou fundamental – principalmente com o contexto da pandemia que expos ainda mais a fragilidade da infraestrutura no país – e a higiene pessoal passou a ser um dos requisitos mais importantes para conter o avanço da Covid-19 na população.
Cerca de 100 milhões de pessoas não tem acesso à coleta de esgoto e 35 milhões não são abastecidos com água potável, fatos que mostram a deficiência do Brasil na infraestrutura de saneamento, sem contar a perda de cerca de 40 % de toda a água tratada e pronta para ser distribuída por falhas no sistema.
Para reversão deste vergonhoso quadro, foi aprovado na última quarta-feira, 24 de junho p.p. no Senado o novo Marco Legal do Saneamento Básico (4.162/2019), que tem como objetivo modernizar o setor de maior atraso da infraestrutura nacional e permitir o aumento dos investimentos nas redes de coleta e tratamento de esgoto e de abastecimento de água.
A expectativa com a nova regulamentação é permitir investimentos crescentes da iniciativa privada; dar mais segurança jurídica aos investidores e estabelecer metas de cobertura e qualidade, reduzindo a deficiência dos serviços públicos. O estímulo às Concessões e Parcerias Público-Privadas aquecerão a atividade dos municípios, trazendo recursos e geração de empregos – 1 milhão de novos postos de trabalho nos próximos cinco anos – e, com isso, se transformar em um dos principais estímulos para a retomada da economia após a crise.
A cadeia de valor do cimento, principalmente a ABCP, tem trabalhado em inovação junto a Universidade de São Paulo e outros ambientes acadêmicos com a promoção de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias para saneamento a fim de aumentar ainda mais a produtividade e qualidade dos sistemas construtivos à base de cimento como: tubos e galerias pré-fabricadas de concreto, pisos permeáveis de concreto, jardins de chuva em edifícios, reservatórios de contenção entre outras soluções.
Afinal vidas importam e é necessário agir com consciência de modo a permitir que a população tenha ao menos – e finalmente -, acesso à infraestrutura básica de água e esgoto.