A diretoria geral do Semasa recebeu pedido para fornecimento de água tratada para Ilhota, a fim de minimizar os efeitos da estiagem. O município está em situação de emergência, desde 22 de abril, em razão do período de seca, agravado pela ocorrência de marés-cheias que aumentam a salinidade no ponto de captação.
Nesta segunda-feira (1º), o diretor geral, Diego Antônio da Silva; o diretor de Saneamento, Victor Silvestre; o diretor de Relacionamento com o Cliente, Jorge Andrade e o assessor jurídico, Anderson Deola reuniram-se com o vice-prefeito de Ilhota, Joel José Soares, e representantes do SAMAE (autarquia de água) e da Atlantis (terceirizada do serviço de água de Ilhota) para discutir a cooperação entre as cidades. A reunião foi na sede do Semasa. “Estamos pedindo para Itajaí e Gaspar nos auxiliarem com o fornecimento de água tratada para algumas regiões. Nossa situação é muito difícil e a previsão de normalidade no sistema é para setembro. Precisamos de soluções viáveis desde já”, disse a diretora do SAMAE, Mayra Miranda Rossetti.
Segundo o diretor geral, para sanar parte do problema o Semasa vai fornecer de 5 a 6 litros de água tratada por segundo para imóveis mais próximos da divisa. A quantidade foi determinada pelo SAMAE. “Ilhota pagará pelo fornecimento. Esse apoio se faz necessário para a população vizinha e não compromete o abastecimento de Itajaí e Navegantes”, pondera. A capacidade da Estação de Tratamento de Água – ETA São Roque – é mil litros de água tratada por segundo.
A cidade tem ainda o reforço da ETA Arapongas e ETA Limoeiro. Em Itajaí, a estiagem não causa problemas de salinidade por causa da barragem de contenção da cunha salina, instalada no canal retificado do Rio Itajaí-Mirim, em 2007. Em Ilhota, a captação é feita no Rio Itajaí-Açu e, segundo o SAMAE, não é possível construir barragem no canal navegável.
Na tarde desta segunda-feira, equipes técnicas dos dois municípios irão avaliar a localização da rede de água. “A tubulação está instalada até o Espinheirinhos, onde será possível interligar com a rede vizinha. A adaptação do sistema é muito simples e não será necessário investimento por parte do Semasa”, diz o engenheiro civil da autarquia, Thiago Henrique Thomas.