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Jovens debatem e apontam melhorias para a educação

Jovens debatem e apontam melhorias para a educação

Valorizar a educação por meio da mobilização dos jovens como agentes transformadores é o que a Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina (FIESC) vem desenvolvendo em ações como o Conexão Jovem que ocorreu no último sábado, em Chapecó, e contou com a participação de aproximadamente 300 pessoas, especialmente estudantes. A iniciativa, promovida pelo Movimento Santa Catarina Pela Educação e organizada pelos jovens embaixadores da educação com apoio de voluntários, tem o objetivo de dialogar sobre as vantagens de permanecer na escola, as melhorias no processo de ensino e aprendizagem e oportunizou os jovens a opinar sobre o tema, participando de debate e respondendo pesquisa que subsidiará o documento “A visão do jovem catarinense sobre educação”.

O Conexão Jovem ocorreu simultaneamente em 16 cidades-sede das vice-presidências da Federação e reuniu mais de 3,7 mil jovens catarinenses. O interlocutor regional do Movimento SC pela Educação e gerente de Educação e Tecnologia do SENAI, Almeri Dedonatto frisou que o evento faz parte do plano de ações do Movimento sendo os jovens uma das temáticas principais. “A elaboração de um documento com as principais proposições dos jovens poderá influenciar as políticas públicas de educação em nosso estado”. Representando o vice-presidente da regional oeste Waldemar Schmitz, o empresário Roberto Zagonel destacou as mudanças e os avanços tecnológicos. “Antigamente existiam poucas instituições, as universidades eram em grandes centros, as formas de pesquisa eram nas bibliotecas e as informações eram mais limitadas. Hoje o acesso é amplo, por meio da internet é possível acessar qualquer assunto sobre qualquer tema e se torna mais fácil aprender”.

O professor do SENAI Chapecó e embaixador da educação, Matheus Muriel Bonamigo destacou o Conexão Jovem como um momento que oportunizou troca de ideias. Para ele, a educação deve ser transformadora e há necessidade de ajustes no formato. “Nossa vida mudou por completo nos últimos anos com o universo digital e isso precisa ser integralizado. Há várias formas e processos para melhorar a educação e envolver o jovem é muito importante porque ele tem papel fundamental. Se sentir que faz parte, que sua opinião é ouvida, o valor que dará para educação será outro”.

Bonamigo considera a necessidade de novas estratégias que contribuem com resultados mais satisfatórios. “O método antigo do aluno ficar sentado apenas como receptor já não é mais válido, é necessário ser algo recíproco, ele precisa ser o protagonista da história. Praticando em sala de aula percebi que muitos alunos se sentiram mais a vontade, mais interessados e demonstram grande potencial que antes era reprimido”.

A programação contou com a palestra sobre o cenário da educação e seus desafios, com o diretor do SESI regional oeste Claudemir José Bonatto. Em suas considerações o diretor reconheceu o papel dos jovens pela coragem, ousadia e atitude que segundo ele de fato resultam num futuro diferente em termos de educação. “O engajamento e a participação fará toda a diferença de uma juventude corajosa que quer trazer para o presente a decisão de escolher o futuro. Se nós queremos um mundo diferente precisamos construir hoje e não é possível fazer isso se não pelos caminhos da educação. A sociedade não se desenvolve efetivamente sem ela,” enfatizou.

Pesquisa realizada pelo Porvir em parceria com a Rede Conhecimento Social, com 132 mil jovens do Brasil com idade entre 13 e 21 anos mostra que a cada 10 jovens apenas quatro estão satisfeitos com as aulas e os materiais pedagógicos. Os dados também apontam que sete em cada 10 jovens acreditam que as relações dos alunos com a equipe escolar e com seus colegas precisam melhorar e, ainda, metade considera a estrutura de suas escolas inadequadas.

A mesma pesquisa indagou sobre a escola dos sonhos, onde para aprender mais de 36% dos pesquisados indicaram que gostariam de realizar atividades práticas e resolução de problemas – 27% gostariam de usar tecnologia – para serem mais felizes, 25% apontaram a vontade de ter algumas disciplinas obrigatórias e a opção de escolher outras e 18% preferem disciplinas obrigatórias no horário da aula e escolher as do contraturno (aulas especiais). Para que a individualidade de todos seja respeitada 16% dos estudantes esperam que a escola desenvolva habilidades de relacionamento e 10% querem ter acesso a conteúdos de política, cidadania e direitos humanos. A escola dos sonhos também precisa ser inovadora, para 19% é necessário oferecer ambientes internos externos e 32% apontaram ambientes e móveis variados, como pufes, bancadas, almofadas e sofás.

MOVIMENTO TRANSFORMADOR

A estudante Ana Carolina Correa, do nono ano do ensino fundamental, demonstrou a preocupação com o futuro profissional. Ela participou do Conexão Jovem para buscar mais conhecimento e salientou a necessidade da participação dos jovens para discutir a educação do País e as exigências do mercado de trabalho.

O evento também contou com palestra sobre as competências necessárias para o profissional do século 21, com o diretor de Infraestrutura da Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec) Fernando Mangold. Ele frisou que 30% dos empregos atuais não existiam há 10 anos e 65% das crianças executarão empregos que não existem hoje. Foi enfático e orientou os jovens a sair da zona de conforto e ter atenção com as escolhas da internet. “É importante saber o que buscar e a forma de utilizar a informação, os conteúdos devem ser importantes e utilizados para aprendizado”.

Também houve painel sobre o fortalecimento do ecossistema em prol de uma melhor educação, tendo como painelistas Almeri Dedonatto, Fernando Mangold e o prefeito de Nova Itaberaba Marciano Pagliarini. A pesquisa a respeito do olhar do jovem sobre a educação catarinense ouviu os participantes e contribuirá para a busca de um sistema de educação mais atrativo e voltado às necessidades atuais e futuras.

Allan Rony Carniel contou a experiência e escolha como embaixador da educação, o envolvimento em trabalhos voluntários e a inserção no SENAI, em 2013, através de um curso técnico na área de eletrônica pelo Pronatec. O estudante acredita que aproveitou as oportunidades e destacou a educação como imprescindível. “Na época desenvolvi uma bengala eletrônica para deficientes visuais e em 2015, fui convidado para participar do Movimento SC pela Educação. Foi um convite muito especial em algo intrínseco que é a base de tudo”.

Os participantes preencheram o questionário “A educação catarinense pelo olhar dos jovens”, com perguntas como quais práticas de ensino mais contribuem para melhor aprendizagem; qual a importância da vivência escolar na educação básica para carreira profissional e para execução do plano de vida; quão importante considera a participação da família na vida escolar; se pudesse inserir um tema na matriz curricular de sua escola, qual escolheria.

Foram apoiadores do evento a ADR GERED, ALT – Acessoline Telecomunicações, Cartola Fotografias, Codecal Home Center, Colégio Marista São Francisco, Grupo Dass, Prefeitura Municipal de Chapecó, Secretaria Municipal de Educação, Unoesc, FAESC, Fecomércio, Fetrancesc, FIESC, SESI, SENAI e SENAR.

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