Foto: Divulgação / IGP
O Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP) iniciou, nesta semana, as atividades do Laboratório de Análise de Água e Efluentes, incorporado ao Instituto de Criminalística (IC). O diretor do IC, Tiago Petry, ressalta que o projeto já estava há alguns anos em construção e agora parte para as ações da atividade-fim.
As análises feitas pelo laboratório permitirão constatar se um efluente está ou não em conformidade com os parâmetros estabelecidos na legislação, bem como se está provocando poluição.
“As análises do laboratório são indispensáveis para verificar os níveis de contaminantes, para que a perícia possa materializar o crime de poluição”, explica o perito criminal João Pedro Pinheiro, que está à frente do laboratório.
Ele ressalta que neste primeiro momento o laboratório irá trabalhar com as seguintes variáveis: oxigênio dissolvido, pH, temperatura, demanda química de oxigênio, demanda bioquímica de oxigênio, sólidos totais, sólidos sedimentáveis e turbidez.
“Essas análises nos permitirão caracterizar fontes de contaminação de origem orgânica, principalmente esgotos sanitários”, detalha.
Benefícios
“De forma mais direta, os principais beneficiados serão delegados, promotores e juízes, que contarão com laudos mais robustos para instruir os procedimentos e tomar suas decisões. Mas, de forma geral, toda a sociedade se beneficia, pois os crimes de poluição atingem o meio ambiente, que é considerado um bem de uso comum. Portanto, direta ou indiretamente, toda a sociedade é prejudicada por este tipo de crime”, diz o perito.
O laboratório atenderá a demanda do IGP de todo o estado, já que os peritos ambientais de cada núcleo farão as coletas e encaminharão as amostras para o laboratório. Para os próximos meses, há um planejamento para ampliar os tipos de análises realizadas.
Sonho
O perito-geral do IGP, Giovani Eduardo Adriano, afirma que o funcionamento do laboratório é um sonho de muitos anos. “Mas graças ao empenho e à dedicação do nosso corpo técnico está se tornando realidade. Parabéns aos nossos servidores por mais essa ferramenta, e quem ganha é a sociedade catarinense”, finaliza.