Sob aplausos, muitos flashes e gritos de alegria, foi com um pouco de alívio que a Superlua resolveu das as caras no Morro das Pedras, em Florianópolis. Prevista para nascer às 19h56min, foram necessários pelo menos nove minutos para que o público, sempre com o celular e câmeras a postos, pudesse ver os primeiros vestígios do satélite, que tentou se esconder no meio das nuvens.
— Está grande mesmo — alguns comentavam entre si, enquanto tentavam fazer selfies com a lua. Mais ousados levaram espumante para brindar no mirante, lotado de curiosos. Outros percorreram cerca de 25 quilômetros de bicicleta para ter o melhor ângulo.
A administradora Giselle Ramos pedalou junto com o analista de suporte Marcos Ricardo desde o bairro Estreito:
— Eu pensei que não ia aparecer, mas valeu a pena — diz Giselle, enquanto se preparava para fazer uma volta de mais uma hora de exercício.
A aluna Olga Maria Panhoca resolveu adiar a aula de ioga e foi junto com a instrutora, Anneliese Maia, curtir a maior e mais brilhante dos últimos 70 anos. Chegaram por volta das 19h no local e especulavam, assim como os demais presentes, onde nasceria. Não sabia dizer se realmente estava 14% maior e 30% mais luminosa, mas aprovou o que chamou de espetáculo:
— Fiquei com medo que “ela” nos desse um bolo, mas no final foi maravilhoso — disse a moradora de Coqueiros, Olga.
Os turistas que aproveitavam o feriadão na Capital também foram dar uma olhada. Pesquisaram qual era o melhor lugar para observação e esperaram ansiosos:
— O irmão do meu marido indicou e viemos conferir de perto — disse Cristiane Schuller, de Porto Alegre.
O movimento continuou intenso no local, pelo menos até as 20h30min. Com tripés e câmeras profissionais ou mesmo smartphones, dezenas de pessoas tentavam enquadrar a Superlua ou usar de truques de perspectiva para “segurá-la”. Os que perderam o fenômeno terão que esperar um longo tempo, pelo menos 18 anos, até dia 25 de novembro de 2034, para ver outra Lua cheia tão próxima.