Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
ENTRETENIMENTO

Obesidade infantil x aprendizado: qual é a relação?

*Psicopedagoga Luciana Brites

 

Um fato conhecido por muitos é que a obesidade pode desencadear diversos problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos e até câncer. Mas, você sabia que a obesidade infantil está relacionada a um desempenho acadêmico preocupante das crianças?

 

Além de fatores socioeconômicos, estudos indicam que o mau desempenho acadêmico está também relacionado à autoestima. O fato da criança se ver ou não com excesso de peso está ligado potencialmente ao aprendizado. Sinais de ansiedade, tristeza e solidão também foram analisados no estudo, indicando que os estudantes acima do peso apresentam mais dificuldades emocionais e consequentemente, afetam as notas escolares.

 

Não fica claro, porém, que a obesidade por si só é motivo para as crianças terem problemas emocionais. O que se entende é que as “consequências” de estar acima do peso, acabam trazendo sofrimento. O bullying e a estigmatização prejudicam a interação social, causando tristeza e determinando, em alguns casos, que as crianças mudem seus hábitos alimentares de forma inadequada para satisfazer um grupo social e ser vista com outros olhos. Esses sentimentos, obviamente, podem inibir a participação dos estudantes em aula e consequentemente, atrapalhar o desempenho escolar.

No entanto, é fato que os problemas de saúde relacionados à obesidade também podem atrapalhar no aprendizado. O distúrbio do sono, por exemplo, uma doença desencadeada pela obesidade e que provoca uma interferência na qualidade do sono, prejudica consideravelmente o desempenho escolar. A falta de atividade física ainda pode diminuir a capacidade do cérebro, causando inflamações e outros processos biológicos prejudiciais.

 

Mesmo que os estigmas não sejam sempre comparados ao bullying, a representatividade é um papel na segurança e confiança da criança obesa. Ou seja, quando um comportamento ou característica se torna algo normal, os estigmas tendem a diminuir. Se o número de crianças obesas cresce, o efeito negativo no desempenho cai, pois o estigma se torna normalizado.

 

Para alguns profissionais, a falta de interação da criança acontece por uma característica de personalidade. Porém, nem sempre o problema deve ser encarado desta maneira. O ideal é incentivar a criança a participar e construir laços com os colegas. Para os pais, a opção ideal é incentivar os pequenos a praticarem atividades físicas. Além de, claro, promover o bem-estar, conforto e cuidado da saúde mental da criança.

 

(*) CEO do Instituto NeuroSaber(www.neurosaber.com.br), Luciana Brites é autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestra em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie.    

Posts Relacionados

SC se consolida como palco para grandes eventos de fisiculturismo e vai receber a 3ª edição do Eduardo Corrêa Classic em maio

Warung Day Festival chega à nona edição anual com 21 atrações

Banda argentina Star Beatles celebra 15 anos com show único em Blumenau

Festival Best of Blues and Rock traz o astro do blues-rock Joe Bonamassa ao Brasil, em junho

Lages ganha o seu primeiro McDonald’s

Família Santina protagoniza Campanha de Dia das Mães da Karsten

O quão popular é o bingo online no Brasil?

Festival de Outono de Jurerê in_ promove arte, dança, música e cultura

Orquestra Filarmônica Catarinense Apresenta: “Música para a Mudança” no Festival Cidade Aberta

Drag Queen resgata brincadeira e vira febre na noite da Grande Florianópolis