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Pedro Corrêa diz em delação que Russomanno recebeu ‘mensalão’

O ex-deputado federal Pedro Corrêa afirmou em depoimento para obter acordo de delação premiada que o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) recebia “mensalão”. Russomanno foi do PP, partido de Corrêa, até 2011 e, segundo o delator, era um dos beneficiários da propina distribuída por José Janene. A informação foi publicada nesta terça (21) pelo Valor Econômico e confirmada pelo G1.

“Celso Russomanno recebia mensalão. Era um dos que o partido dividia as propinas, recebendo os recursos de José Janene”, diz trecho do relatório de depoimento de Pedro Corrêa.

Em nota, Celso Russomanno afirmou que era adversário de Janene, e que as acusações contra ele são levianas. Leia a nota na íntegra abaixo.

O Partido Progressista reiterou que não admite a prática de atos ilícitos e reafirma confiar no trabalho da Justiça para que a verdade prevaleça.

Os depoimentos de Corrêa já foram prestados, mas a delação ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). São mais de 70 anexos de colaboração. O ex-parlamentar já foi condenado em primeira instância pela Lava Jato a mais de 20 anos de prisão, além de outros 7 anos e dois meses pelo processo do Mensalão – ele cumpria em regime semiaberto quando foi preso pela Lava Jato. Ele segue preso no Paraná.

Conforme os depoimentos de Corrêa e de outros delatores, como o doleiro Alberto Youssef, José Janene, que morreu em 2010, era responsável pela arrecadação e distribuição de propina dos esquemas de corrupção para parlamentares do PP.

Ainda de acordo com o delator, Russomanno “era famoso em solicitar vantagens indevidas a empresários utilizando a televisão como forma de intimidar e ameaçar”. Corrêa disse que Russomanno utilizava as comissões de defesa do consumidor, a qual presidiu algumas vezes, para fazer requerimentos e, assim, pressionar os empresários.

“Certa feita, tentou extorquir Fernando Santos (filho de João Santos, dono do grupo de cimentos Nassal), amigo do Colaborador, mas o requerimento de sua convocação foi indeferido, porque o Colaborador tratou de mobilizar votação em sentido contrário ao requerimento”, diz trecho do anexo da delação de Corrêa intitulado “Celso Russomanno”.

Russomanno foi deputado federal e chegou a ser candidato ao governo de São Paulo em 2010 pelo PP. Ele foi para o PRB, pelo qual foi candidato a prefeito da capital paulista em 2012, sendo novamente derrotado. Ele voltou à Câmara dos Deputados em 2015 com a segunda maior votação da história para o cargo, e a maior da eleição daquele ano.

Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, ele registrou 26% das intenções de voto para o cargo em pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (21). Os candidatos precisam ser registrados até o dia 15 de agosto, mas Russomanno pode ter a candidatura impugnada porque responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato.

Leia a nota de Russomanno na íntegra:

“Os meus sigilos fiscal, bancário e telefônico estão à disposição desde que ingressei na vida política. Inclusive para este site.

Fui adversário de José Janene quando fui filiado ao PP, sempre fui oposição de declarada a ele, inclusive disputei a liderança como adversário dele, portanto não faz sentido supor que tenha recebido recursos de Janene.

Como profissional de televisão, com mais de 30 anos de ofício, considero um desrespeito a mim, e aos profissionais que trabalham e trabalharam comigo, a alusão a supostas tentativas de ameaçar a quem quer que seja em meus programas.

Da mesma forma, repudio a leviana acusação de que teria usado a Comissão de Defesa do Consumidor para pressionar este ou aquele.

Na suposta citação, trazida a público por este jornal, da qual ainda não tenho conhecimento, é mencionada uma investigação, de minha autoria, baseada na alta do preço do cimento, que subiu de R$ 6 em 1999 para R$ 15 em 2005, o que mostra a prática cartelizada do setor de cimentos.

Ainda em 2005, com base em denúncia minha, a SDE anunciou investigação sobre o cartel de cimento em São Paulo. Posteriormente, o Cade abriu processo, em 2006, que resultou numa multa de R$ 3,1 bilhões ao setor.

Quanto à suposta tentativa de suposta extorsão, devo esclarecer que não há um requerimento sequer sobre fabrica de cimento A,B ou C. O que fiz foi um requerimento geral convocando o setor para audiência pública, documentos que seguem em anexo e que devem ser publicados. São acusações falsas, mentirosas, caluniosas e difamatórias.

De acordo com o artigo 156 do código de processo penal, a prova da alegação incumbirá quem a fizer. Portanto, vou oficiar o Ministerio Público para que proceda todas as investigações possíveis a respeito dos fatos a mim imputados, pois a maior prova de seriedade, decencia e ética virá da conclusão da apuração dos fatos”.

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