A empresa Peixe Urbano começa a operar em Florianópolis a partir da próxima segunda-feira (6), no prédio Techno Towers, no bairro João Paulo. Atraída pela menor carga tributária que a do Rio de Janeiro, qualidade de vida e mão de obra do setor tecnológico, a expectativa é de expandir os negócios e crescer, em 2017, 40%. No ano passado, a Peixei Urbano também cresceu 40%, com um faturamento de R$ 1 bilhão.
O anúncio oficial da mudança de sede da Peixe Urbano foi feito na quinta-feira (2), na sede da Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia), com a presença do CEO da empresa, Alex Tabor, o CEO do Baidu no Brasil, Yan Di (principal acionista da empresa), o presidente da Acate, Daniel Leipnitz, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira e o prefeito Gean Loureiro.
Alex Tabor acredita que o Peixe Urbano possa ser como um embaixador da vinda de novos empresários para o Estado. “Como fizemos uma análise que fez sentido para gente, imagino que também vá fazer sentido para outras empresas de tecnologia virem para cá. Aqui se formam muitos engenheiros de software, tem um estilo de vida parecido com o Rio de Janeiro, há uma eficiência maior de impostos, então foi um conjunto de benefícios que convenceu a gente de que era a cidade certa”, afirma ele.
A vinda da empresa para a cidade teve participação ativa da prefeitura de Florianópolis, que agilizou as conversas com a Peixe Urbano e conseguiu antecipar a vinda da empresa em cerca de um ano. De acordo com o prefeito Gean Loureiro, a chegada da Peixe Urbano na cidade vai aumentar em 1,5% a receita total dos recursos do município.
No Rio de Janeiro, a empresa desembolsava 5% de ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). Em Florianópolis, a alíquota é de 2,4%. “O potencial da gente é muito grande. Pretendemos ter participação cada vez maior nos mercados em que atuamos e a ideia é fazer integrações com outros sistema para otimizar a experiência para o usuário”, afirma Tabor.
Marco para Santa Catarina
Parte da diretoria da Peixe Urbano começou a morar em Florianópolis nesta semana. A expectativa é que cerca de 50 se mudem do Rio de Janeiro para cá nas próximas semanas, além de 105 novos colaboradores. A empresa está com muitas vagas abertas, sendo a maioria em Florianópolis e espera ter até 400 funcionários nos próximos anos.
Para o presidente da Acate, Daniel Leipnitz, a troca da Peixe Urbano do Rio de Janeiro para Florianópolis é um marco para o Estado. “Esse ecossistema vem crescendo cada vez mais e agora sai de ter só empresas locais na sua grande maioria, mas também começa a atrair empresas com a envergadura de um Peixe Urbano”, afirma.
Criado em 2010, o Peixe Urbano introduziu no país o conceito de “compras coletivas”. No início, o modelo foi um sucesso e a empresa chegou a ter 2.000 concorrentes no país. Com a saturação do mercado, a empresa reiventou seu negócio em 2014, e transformou-se em uma plataforma de ofertas, retomando o crescimento. Na mudança, a empresa foi em busca de um novo sócio e acionista majoritário: a chinesa Baidu, segundo segundo maior serviço global de buscas na web e uma das maiores empresas de internet do mundo.