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ENTRETENIMENTO

Por que o autismo em meninas é menos comum?

*Dr. Clay Brites é pediatra, neurologista infantil e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber

 

As diferenças existentes normalmente quando comparamos comportamentos típicos de homens e mulheres podem fazer com que as meninas tenham o diagnóstico de autismo com mais atraso do que os meninos. Isso faz com que pais, cuidadores e profissionais procurem menos os sintomas de autismo em meninas. Elas têm mais autoconsciência, senso de empatia e tenta “se encaixar” mais socialmente que eles. Isso pode significar que elas têm a capacidade de ‘esconder’ os sintomas do autismo na infância.

Entretanto, quando ficam mais velhas e as normas sociais e as amizades se tornam mais difíceis, elas podem encontrar dificuldades para se relacionar e os sintomas passam a ficar mais evidentes. Assim, podem não receber um diagnóstico de autismo até a adolescência. Essa demora no diagnóstico alimenta o mito de que autismo não existe em meninas ou é mais raro. Vale ressaltar que mesmo sendo menos comum, a verdade é que existe, sim, autismo em garotas! Porém, elas conseguem “camuflar” os sintomas do TEA por mais tempo que os meninos.

Meninas são naturalmente mais calmas e preferem brincar compartilhando coisas mais do que os meninos. Portanto, meninas preferirem ficar sozinhas pode ser sintoma de autismo. Nos meninos, comportamentos repetitivos e dificuldade em controlar os impulsos podem aparecer com mais frequência do que em meninas autistas.

Alguns dos sintomas de dificuldades de comunicação no autismo são: não responder ao seu nome por volta dos 12 meses de idade; preferir não ser segurado ou abraçado; dificuldade em explicar o que eles querem ou precisam; evitar contato visual, entre outros. Outras características do comportamento autista são rotinas rígidas e ações repetidas. Além de dificuldade para se adaptar a uma mudança na rotina; preferir lidar com objetos ou brinquedos do que pessoas; ficar se balançando de um lado para o outro.

Após as garotas autistas receberem o diagnóstico correto, elas podem receber terapia comportamental e planos de aula especializados, mas são essencialmente os mesmos serviços oferecidos a um menino na mesma situação. Mas mulheres com autismo são fundamentalmente diferentes dos homens com autismo pois elas ficam mais preocupadas com seu entorno e mais depressivas.

Os sintomas do TEA podem ser os mesmos para ambos, mas quando se cruzam com o gênero, a experiência de vida de uma mulher com autismo pode ser diferente da de um homem com a mesma condição trazendo sofrimentos diferentes e desfechos distintos. O diagnóstico precoce é sempre melhor opção. Por isso, ao notar qualquer sinal relacionado ao autismo questione o pediatra sobre a necessidade de uma pesquisa mais profunda para evitar um diagnóstico tardio.

 

(*) Dr Clay Brites é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); Speaker of Neurosaber Institute.

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