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Programa do SENAR/SC transforma a vida de mulheres do campo em São Domingos

O Programa Mulheres em Campo, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de São Domingos e o Poder Público Municipal, é destaque no Estado. Isso porque a iniciativa deu origem à Feira de Produtos da Agricultura Familiar, realizada mensalmente, na Praça Central do município. No último fim de semana ocorreu mais uma edição do evento que reuniu, junto com as empreendedoras que já fazem parte da ação, um novo grupo que concluiu recentemente o programa.

A Técnica em Atividades de Formação Profissional do SENAR/SC, Nayana Setubal Bittencourt, explica que o programa auxilia no desenvolvimento de competências de gestão e empreendedorismo, orienta na descoberta do potencial de cada participante e da propriedade, além de mostrar como planejar e transformar uma atividade em negócio. A carga horária é de 40 horas, dividida em cinco encontros de 8 horas, com intervalos de sete dias. Os encontros contam com discussões, dinâmicas, atividades de grupo, individuais e com as famílias, além de estudos de caso, exposição e comercialização de produtos.

A prestadora de serviços de instrutoria para o SENAR/SC, Rosa Marina Seghetto, lembra que a primeira turma do programa em São Domingos ocorreu há dois anos com um grupo de 17 mulheres. A feira, que faz parte de uma dinâmica do quarto módulo do programa, deu tão certo que as mulheres foram desafiadas a promoverem uma exposição mensal. “Elas contam com o apoio da Prefeitura e, além destas, outras mulheres concluíram o programa, totalizando nove turmas em São Domingos. Todas as turmas realizaram a dinâmica da feira com as feirantes que as motivaram a permanecer e persistir no grupo. O evento cresce constantemente, tanto que chama a atenção de pessoas de outras Administrações Municipais, que se deslocam até São Domingos para conhecer o projeto, o que indica que novas turmas surgirão”.

Segundo Marina, a transformação dessas mulheres é incrível. “Elas passam a se valorizar mais como pessoas e chegam a se emocionar quando veem os resultados que o programa traz para suas vidas. Muitas dizem que, ao vender seus produtos, estão realizando um sonho”.

As atividades contam com o acompanhamento da supervisora do SENAR/SC na região, Grasiane Viêra, que também avalia de forma positiva o crescimento das mulheres têm conquistado protagonismo no campo como empreendedoras. “Observamos uma evolução surpreendente tanto nos negócios quanto na autoestima das mulheres que participam do programa”. 

O superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, ressalta que São Domingos é um case de sucesso que serve de inspiração para outros municípios. “O programa amplia horizontes, auxilia na implementação de tecnologias e técnicas de gestão para aperfeiçoar as atividades nos mais diversos segmentos e, com isso, aumenta a produtividade, a renda e melhora a qualidade de vida das famílias”.

O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, complementa que o programa contribui para que as mulheres percebam que suas propriedades são empresas com diversas oportunidades para explorar. O impacto que o programa trouxe para São Domingos é um grande exemplo de que é possível implementar novas possibilidades de renda com sucesso nos negócios no campo”. 

VIDAS TRANSFORMADAS 

Elaine da Silva Oliveira Giachini e a família têm uma propriedade de gado leiteiro e lavoura de milho e soja em São Domingos, oeste catarinense. Há um ano ela e a cunhada Cássia Giachini participaram do Programa Mulheres em Campo e, desde então, suas vidas mudaram. Todos os meses elas comercializam seus produtos na feira. 

“Foi uma vizinha que nos convidou para conhecer o programa. Participamos da feira que faz parte da conclusão do curso e não paramos mais. Nas primeiras edições o movimento era calmo, mas a cada novo evento foi aumentando o número de clientes”, destaca Elaine que comercializa bolachas, pães, lasanhas, frutas, verduras, salgados, entre outros.

A empreendedora conta que o Programa Mulheres em Campo superou todas as suas expectativas. “Fomos só para conhecer, mas começamos a participar da feira e tivemos bons resultados. Além disso, temos pedidos todas as semanas para entregar. A participação no programa foi essencial para valorizarmos mais o que temos em nossas propriedades. Hoje tenho minha própria renda e isso foi possível porque aprendi a ter um olhar diferente para o nosso negócio”. 

O programa também transformou a vida de Ivonete Aparecida Correria de Mello Zatta que atua na produção de hortaliças (alface, chicória, pimentão, brócolis, couve folha, repolho, entre outros). Ela comenta que participou da segunda turma do Mulheres em Campo e que a iniciativa foi essencial para melhorar sua autoestima, trazer mais confiança para o desenvolvimento das atividades, além de render boas amizades.

“Não tenho nem palavras para falar. Sabe quando a gente está cansada, pensando em desistir do que você está fazendo? Mas, aí apareceu o curso Mulheres em Campo. Foi tudo de bom! O programa está me ajudando muito. Mudou tudo, pois me mostrou uma força que eu não sabia que tinha”, enfatiza a empreendedora que levou para a última feira produtos como pipoca, beterraba, rabanete, alface, chicória, cebolinha, salsinha, ovos de codorna e repolho. “Foi uma injeção de ânimo na minha vida”, resume Ivonete.

A microempreendedora Rita Marmentini possui, com sua família, um minimercado e um bar no interior. Ela também participou da segunda turma do programa e realça que foi essencial para ajudar a conquistar novos clientes. “Além de participar da feira, faço entregas todos os sábados. Hoje me sinto mais confiante e minha renda aumentou. É muito bom receber elogios dos produtos”, ressalta Rita que costuma levar para as feiras vários tipos de bolachas, grostolis, salgados, cucas sovadas e recheadas, pães, biscoitos sem glúten, entre outros.

Ivanir Terezinha Guidolin também conta sua experiência com o programa. Ela atua com hortaliças e tem certificado de produtos orgânicos. “Planto repolho, alface, couve, alho, tomate, brócolis, cenoura, entre outros. Sempre gostei muito de participar da feira. O pessoal já conhece a qualidade dos meus produtos, vendo muito bem e me sinto muito feliz com isso. O Mulheres em Campo me ajudou muito no planejamento e na organização das minhas atividades. Foi um curso ótimo!

Adriana Peruzzo Trevelin Zaremski e família atuam na produção de grãos (milho e soja) e na produção de gado leiteiro com cria e recria de bezerros para reposição do plantel. Ela conta que participou da primeira turma do programa e, desde então, participa da feira. “Quando recebi o convite para participar da primeira edição curso acertei de primeira. Foi um desafio aprender mais sobre o programa e só tenho a agradecer o SENAR/SC porque aprendi a fazer os cálculos, atender ao público, entre outros conhecimentos. São dois anos que formamos o grupo das Mulheres em Campo que promove a feira em a cada edição, novos grupos se juntam a nós, além de aumentar a participação do público que vem conhecer”.

Para Adriana, a metodologia do programa ajudou muito no dia a dia de trabalho. “Os aprendizados nos desafiam a melhorarmos cada vez mais, inovando nos produtos, nas variedades, atendendo ao pedido do consumidor, sem contar na renda extra que levamos para nossa propriedade. Isso nos tornou independentes e ajudou a mostrar a força que nós mulheres temos. Tenho muita gratidão por fazer parte do grupo e sempre que converso com as pessoas incentivo a participarem do Mulheres em Campo para buscarem novos horizontes. A mulher tem que mostrar seu valor e suas conquistas”, finaliza.

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