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Testes rápidos, que vão custar R$ 7 milhões a BC, podem ser inúteis

Balneário Camboriú anunciou que pretende investir cerca de R$ 7 milhões na compra de testes rápidos para o diagnóstico do coronavírus.

O objetivo do prefeito Fabrício Oliveira (PSB) é testar toda a população, ou seja, 142 mil habitantes, para saber quem está com o vírus. Só que a aplicação dos testes de maneira massiva pode não ter o resultado esperado, demonstrou a experiência de países europeus e também alertou o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva na tarde de ontem.

A Espanha, segundo país com maior número de mortes no mundo, comprou um lote com nove mil testes importados da China e os devolveu após os primeiros testes demonstrarem que não entregavam os resultados com a segurança prometida. Testes rápidos mostraram uma sensibilidade de 30% aos anticorpos do coronavírus, quando o ideal seria superior a 80%.

Segundo o ministério da Saúde do Brasil, existem dois tipos de testes pra diagnosticar o Covid-19. Aqueles que detectam o vírus na amostra, RT-PCR/ biologia molecular, que precisa ser feito em laboratório, e os testes rápidos, que verificam a resposta do organismo ao vírus, através de sorologia [IgM/IgG], quando são medidos os anticorpos. Esse segundo teste é o do modelo que Balneário Camboriú planeja comprar.

Ministro fez alerta
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre os testes rápidos ontem. Ele reforçou que o teste rápido é para ser usado quando o corpo já criou anticorpos à doença. Ele só identifica a doença a partir do sexto ou sétimo dia de contágio. Pessoas que estejam no início do processo de infecção, com poucos dias de contágio, podem testar falsamente negativo.

O teste rápido é indicado para os profissionais da Saúde e da Segurança verificarem se há segurança para voltar ao trabalho. “Esse teste é para saber como estão os anticorpos da população. Quando todo mundo tiver com os anticorpos, o problema vai para níveis menores. Pode até ter caso, mas não tem epidemia. Esse teste serve pra isso”, comentou o ministro da saúde.

Já com o teste de laboratório RT-PCR, o profissional coloca um bastão no nariz, tira a secreção e envia pro laboratório. Esse teste já identifica no primeiro dia, no começo da infecção, se a pessoa está contaminada pelo coronavírus. Nos laboratórios, os testes RT-PCR são vendidos, em média, a R$ 300. Já o teste rápido custa, em média, R$ 75.

Infectologista explica

A médica infectologista Regina Célia Santos Valim, professora da Univali, adverte que antes de comprar o teste rápido à população, é preciso ser definido o objetivo que se busca. “O que você vai esperar de resposta com esse teste sabendo que pode ter um número importante negativo e esse exame negativo não quer dizer que não tenha circulação do vírus naquela população? Para valer a pena o gasto que se terá com um exame desses”, questionou.

Regina ainda reforça que o teste servirá apenas pra ter ideia de como o vírus tá circulando naquele momento. “Precisa ter um conhecimento bem apurado do emprego do exame. Não é que ele não sirva para nada, ele serve, mas o gestor tem que entender muito bem que ele estará aplicando um teste num determinado momento e que esse teste está avaliando só aquele momento específico”, diz.
Regina explica que o teste rápido é interessante para investigar a exposição de pessoas ao coronavírus, naquele determinado local, com determinada população. “Ele é um exame que pode dar um falso negativo, porque o vírus tem o tempo determinado que fica contaminando pelas vias aéreas superiores, depois via aérea inferiores e depois ele se dissemina. Ele tem todas as etapas da infecção, pode ser que quando a pessoa fizer o teste rápido, ela ainda não esteja acusando a infecção pelo coronavírus, mas ela já se expôs a ele”, explica.

O prefeito Fabrício Oliveira (PSB) não quis comentar os testes rápidos. Ele espera a Anvisa liberar a compra, para depois falar sobre como pretende fazer a testagem.
O ministério Público alertou que todas as medidas adotadas de prevenção ao coronavírus precisam estar fundamentadas em estudos técnicos e científicos sobre a eficácia e a necessidade. Isso vale tanto pras medidas de quarentena quanto pra adoção de estratégias de saúde públicas .

Fonte: Diarinho

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