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Uma escada Magirus vale mais que o alargamento da Praia Central

É patética a preocupação de administradores municipais com elaboração de obras monumentais desnecessárias, que visam a atender exclusivamente a interesses corporativistas e do próprio administrador, sequioso por deixar chancelado o nome de sua gestão.

Causa perplexidade saber que uma cidade repleta de altos espigões residenciais e comerciais, do porte de Balneário Camboriú/SC, até hoje os seus administradores não tiveram a responsabilidade de suprir o município com um veículo de escada Magirus, para combater incêndios ou ser empregado em outras necessidades.

Enquanto não se investe, por exemplo, em prevenção, pretende-se, desatinadamente, alargar a praia com dinheiro (municipal, estadual e federal) do contribuinte. Assim, em contraposição à administração do prefeito Fabrício, quero parabenizar a vereadora Juliethe Nitz (PR), que, recentemente na capital federal, formulou pedido de recursos, com a intercessão dos senadores Dalário Beber (PR) é Dário Berger (PMDB), para que Balneário Camboriú possa dispor de importante equipamento.

Os administradores públicos são irremediáveis em gastar mal o dinheiro do contribuinte. Na administração passada ocorreu a extravagante construção da passarela do Piriquito e agora, mais uma vez, o atual prefeito quer torrar dinheiro do contribuinte com o alargamento desnecessário da Praia Central, mas se esquece de aparelhar o Corpo de Bombeiros de importante equipamento no combate de incêndio e outras ocorrências.

Balneário Camboriú é um somatório de pequenos problemas ainda não resolvidos, ou executados de forma negligente para não dizer incompetente.

O prefeito não precisa se preocupar em deixar cunhado o seu nome em obras de impacto. Pois, quando o senhor Fabrício ainda nem sonhava ingressar na política, já havia interesses outros pelo alargamento da Praia Central.

O prefeito ao apresentar imagens de satélite para justificar o alargamento da praia, esqueceu-se de que não está tratando com pessoas incautas ou ignorantes para embarcar na sua lábia. Como já disse, bem antes de o prefeito imaginar entrar para a política, a questão do alargamento já era uma peça de ficção sonhada.

Não é verdade afirmar que se trata de obra de sobrevivência econômica, ou que recupera e oferece à praia as condições necessárias para a manutenção do turismo. Vamos falar sério, senhor prefeito, e devagar com o andor porque santo é de barro.

Balneário Camboriú até hoje sobreviveu e muito bem com dinheiro do turismo sobre as belezas naturais de que dispõe, como também pelo volumoso montante de impostos que arrecada de seu comércio e de centenas de prédios de apartamentos.

Nenhum turista deixou de vir ou de voltar a este município porque ele não tem alargamento da praia. A maior parte do ano a praia apresenta-se com a faixa de areia perfeitamente normal. Qual a autoridade oceanógrafa de renome nacional e internacional que tenha endossado a necessidade premente da obra?

BC sempre foi atraído por sua beleza natural. O turista pode recusar esta cidade por outros motivos, como: poluição do mar – que deveria sofrer uma dragagem para limpar a sujeira acumulada em seu leito – e da areia da praia, repleta de impurezas; cachorros passeando com seus donos na areia; quantidade enorme de mendigos recolhendo latinhas e outros apetrechos pela cidade e utilizando a ciclovia com suas carrocinhas; a aberração dos altos espigões desrespeitando o meio ambiente; o Canal do Marambaia, poluído, desaguando infecto no mar; as calçadas da cidade e da Avenida Atlântica todas esburacadas, dificultando a acessibilidade de cadeirantes e idosos, sem esquecer de que muitas calçadas não têm rampa ou são precariamente construídas; o congestionamento constante de carros na Avenida Brasil e outras vias, decorrente do inchaço irresponsável dos administradores da cidade que permitiram e continuam a permitir a voracidade desmedida comercial da construção civil; a passarela de madeira da Barra Norte sempre mal conservada, com estrutura podre e perigosa aos usuários; a falta de policiamento constante ao longo da passarela da Barra Norte e praia do Buraco; a ausência de muitas cestas de lixo nas esquinas das ruas; muito lixo nas calçadas e falta de capina, principalmente nas vias transversais etc. etc.

Por acaso, a imagem de satélite, com a qual o senhor prefeito tentou nos engabelar, não mostrou tudo isso acima? A cidade tem outras prioridades para empregar o dinheiro dos munícipes, mormente em educação, saúde (hospital e postos de saúde), segurança pública, saneamento básico etc. BC não tem que se adequar à população flutuante para amentar a sua faixa de areia.

Por fim, mede-se a falta de seriedade e incompetência de uma administração pela política de tapa-buraco executada na calçada da Avenida Atlântica, que deveria ser recuperada totalmente, de uma ponta a outra, pois está muito estragada, e não como vem sendo mal elaborada, tampando-se um buraco aqui e outro acolá, ou seja, sem começo, meio e fim.
Servidor federal aposentado

* Autor : Júlio César Cardoso
Formação: Bacharel em Direito, Servidor Público Federal Aposentado
E-mail: juliocmcardoso@hotmail.com
Site: http://JCopiniao.blogspot.com

 

A opinião do autor, NÃO CORRESPONDE A OPINIÃO DO SITE/EDITOR E ADMINISTRADOR.

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