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Parentes de Morato têm até o dia 7 de julho para retirar corpo do IML

A família do empresário Paulo Cesar Barros Morato tem a quinta-feira (7) para ir à sede do Instituto de Medicina Legal (IML) no Recife providenciar os preparativos para o sepultamento. O prazo de 15 dias começou a ser contado a partir da entrada do corpo no local, que ocorreu na madrugada de 23 de junho, após o foragido da Operação Turbulência, da Polícia Federal (PF) ser encontrado morto em um motel em Olinda, no Grande Recife, na noite anterior.

O corpo de Morato, que tinha 49 anos, está liberado para ser retirado do IML desde a sexta-feira (1°), mas, até o início da noite deste domingo (3), ainda continuava no local. Caso os parentes não retirem o corpo do empresário no prazo citado, ele poderá ser enterrado pelo governo do estado mediante uma autorização judicial. Exames toxicológicos constataram no cadáver a presença de chumbinho, um popular veneno utilizado para matar ratos, mas ainda não se sabe se a morte de Morato foi suicídio ou homicídio.

 

Paulo Cesar Barros Morato é alvo de Operação Turbulência, deflagrada no dia 21 de junho pela PF. De acordo com a corporação, ele integraria um grupo responsável pelo desvio de dinheiro público para pagamento de propinas. O grupo é suspeito de ter movimentado R$ 600 milhões.

O esquema teria ligação com a compra do avião usado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) durante a campanha presidencial de 2014. O jato caiu em Santos (SP) e matou o presidenciável e a comitiva.

Perícias e polêmicas
Dez dias após a morte de Morato, uma nova perícia foi realizada no motel onde o corpo do empresário foi encontrado. Segundo a delegada Gleide Ângelo, responsável pela investigação da morte dele, a perícia feita no sábado (2) teve como objetivo permitir que peritos da área de informática coletassem informações sobre as câmeras de segurança do estabelecimento para entender o que aconteceu no dia do óbito. Com esse trabalho, será possível estabelecer quantas câmeras estavam funcionando, quais os ângulos de visão e se alguma cena foi cortada.

Desde o início do caso, o trabalho dos peritos foi alvo de polêmica. O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) denunciou que a investigação foi prejudicada por ingerência de autoridades do estado, que teriam impedido a execução de uma segunda vistoria no local, um dia depois de o cadáver ser encontrado. Em coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) em 27 de junho, as polícias Civil, Federal e Científica descartaram a possibilidade de interferências externas ou de falhas na perícia nas investigações.

Porém, a polêmica continua. No sábado (2), quando o Sinpol publicou uma carta aberta nas redes sociais em que solicita a saída do secretário de Defesa Social de Pernambuco.  “Diante do momento de desgoverno pelo qual passa a Secretaria de Defesa Social, realidade que interferiu diretamente nos rumos da investigação do caso P.C. Morato, a imagem da Polícia Civil de Pernambuco esta sendo arranhada. […] Para nós do Sinpol, fica insustentável, diante de todos esses fatos, a permanência de Alessandro Carvalho à frente da Secretária de Defesa Social de Pernambuco”, diz o sindicato no texto. O G1procurou a SDS para falar sobre  a carta do Sinpol e aguarda a resposta.

A polêmica sobre o caso também aumentou após um dos exames no corpo de Morato precisar ser feito na Paraíba. Um dos equipamentos da Polícia Científica estava quebrado, obrigando o envio de parte das vísceras para o estado vizinho. Por causa desses problemas, partidos de posição ao PSB em Pernambuco solicitaram ao Ministério Público Federal a federalização das investigações. Durante evento no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, o governador Paulo Câmara (PSB) disse que era contrário ao processo de federalização. Garantiu confiar no trabalho da Polícia Civil. A PF disse que aguarda o fim da apuração feita pelos policiais do estado.

 

Turbulência
A Operação Turbulência investiga uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro, que pode ter financiado a campanha política do ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014. Quatro pessoas foram presas – Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal, Apolo Santana Vieira e João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho. O inquérito aponta que Campos e o senador Fernando Bezerra Coelho receberam propina do dono do avião, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho.

psb corrupção
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Na sexta-feira (1º), os quatro detidos na Operação Turbulência foram levados para uma ala de presos comuns no Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Em nota, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que a transferência aconteceu uma vez que expirou o prazo para a entrega de documentação que comprove a conclusão de ensino superior.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Morato era o “verdadeiro responsável pela empresa Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem LTDA”. Segundo o inquérito da PF, por meio desta e outras pessoas jurídicas, Morato teria “aportado recursos para a compra da aeronave PR-AFA (que caiu com Campos, em 2014) e recebido recursos milionários provenientes de empresas de fachada utilizadas nos esquemas de lavagem de dinheiro, engendrados por Alberto Yousseff, Rodrigo Morales e Roberto Trombeta, além de provenientes da construtora OAS”.

A Câmara & Vasconcelos é apontada pelo inquérito como a empresa que recebe da OAS o montante de R$ 18.858.978,16. O documento afirma que “chama a atenção” o repasse de recursos milionários de quase R$ 19 milhões para “uma empresa fantasma, a qual possui ‘laranjas’ confessos em sua composição societária, o que representa um claro indicativo de lavagem de dinheiro”.

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