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Triste país onde é Gilmar Mendes quem tem de denunciar delírio do MP

É deplorável que o Brasil tenha uma imprensa e uma suprema corte completamente avassaladas diante dos espasmos autoritários que tomaram conta do Ministério Público e do Judiciário desde que fomos colocados sob a autoridade infalível de Sua Majestade Sérgio Moro e sua corte de procuradores e delegados.

Chegamos a uma situação em que é preciso que um personagem como Gilmar Mendes seja único que diz o óbvio, como fez através deMonica Bergamo, na Folha:

Sobre (o vazamento da) a citação a (José Carlos Dias)Toffoli feita pela OAS, ele afirma: “Não é de se excluir que isso esteja num contexto em que os próprios investigadores tentam induzir os delatores a darem a resposta desejada ou almejada contra pessoas que, no entendimento deles, estejam contrariando seus interesses“.

Finalmente alguém  diz o que todos já sabem.

É tão óbvio que até este obtuso blog o escreveu assim que apareceu a edição de Veja onde a capa estampava a “delação” de Leo Pinheiro em que Tóffoli era delatado por crime algum, exceto o de ter revogado uma decisão que a república curitibana queria ver mantida.

Assim como é óbvio que Rodrigo Janot não pode, simplesmente, invalidar uma delação porque vazou, a menos que tivesse a mesma atitude com as dúzias de vazamentos que ocorreram. como registra outra (rara) voz lúcida nos jornais, a de Bernardo Melo Franco:

É a primeira vez que o vazamento de informações é usado como motivo para melar um acordo de delação. As acusações de Delcídio do Amaral, Sérgio Machado e Ricardo Pessoa jorraram à vontade antes de os três se livrarem da cadeia.

Dramático que este país tenha chegado ao ponto de que até o truculento Gilmar Mendes esteja vendo que “já estamos nos avizinhando do terreno perigoso de delírios totalitários”, por conta de uma cruzada histérica, onde, nas palavras dele, “estão defendendo até a validação de provas obtidas de forma ilícita, desde que de boa-fé. O que isso significa? Que pode haver tortura feita de boa-fé para obter confissão? E que ela deve ser validada?”

Onde estão nossos juízes garantistas, aqueles que a história de defesa da legalidade e dos direitos civis serviu-lhes de suporte para chegarem ao cargo de Ministro do Supremo? Ou seu garantismo era apenas gazua para alcançarem o posto de supremos magistrados da nação?

Estão como coelhos, assustados, reduzidos a verificar as formalidades, se foram colados os selos, estampilhas e reconhecimento de firmas que “validam” monstruosidades?

Quem, a esta altura, pode duvidar que os que discordam da fúria moralista tenham seus direitos garantidos, que não estejam sendo vítimas de bisbilhotagem, escutas, armações contidas, por “sugestões amigas”, em delações?

É desanimador ter de dizer que Gilmar Mendes, o tosco ministro a todos desrespeita, seja aquele que pede o respeito aos direitos legais.

O resto gagueja. Isso quando chega a abrir a boca.

PS. Sobre outros vazamentos não terem provocado reações de Janot, registro o cuidadoso levantamento de Patricia Faerman, no GGN, mostrando que por pelo menos 13 vezes delações vazaram sem reação da PGR.

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