Até o final da primavera e nos meses de janeiro e fevereiro a chuva estará abaixo da média climática na maior parte das regiões de Santa Catarina. O litoral catarinense terá melhor distribuição de chuva, porém o Litoral Norte pode terminar o trimestre com valores acima do esperado. Nos meses de dezembro e janeiro os volumes mensais de chuva diminuem em relação à primavera e com a La Niña podem ocorrer períodos com menos chuva, ou volumes bem abaixo do esperado. Ressalta-se que no verão, os temporais ocorrem com mais frequência, com maior chance de chuvas acompanhadas de forte atividade elétrica (raios), granizo e vento localizado.
Destaque: Eventos de chuva intensa, em curto espaço de tempo, podem ocorrer em qualquer época do ano. Por isso, ressalta-se a importância do acompanhamento diário da previsão do tempo.
Climatologia (o que se espera para época do ano):
A chuva é mais frequente a partir da segunda quinzena de dezembro, concentrando-se especialmente no período da tarde e noite, em forma de pancadas passageiras, típicas de verão. A média mensal em Dezembro e Janeiro varia de 140 a 200 mm no Estado.
Durante o trimestre, os episódios de precipitação normalmente ocorrem associados à passagem de frentes frias e influência dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) e Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs) que provocam chuvas mais intensas em SC, especialmente no Oeste e Meio Oeste. E também pelo processo convectivo (trovoadas da tarde) em dezembro.
Ciclones extratropicais em dezembro são menos frequentes, intensificam o vento no litoral e deixam o mar agitado com ressaca e perigo para a navegação no litoral catarinense.
Em dezembro ocorrem períodos favoráveis à formação de nevoeiros, principalmente na madrugada associados à nebulosidade baixa causam redução de visibilidade.
Temperatura
No trimestre a temperatura estará próxima da média climática em SC. Os últimos dias de novembro e na primeira quinzena de dezembro a temperatura no período noturno continua baixa em relação ao esperado para a época do ano. Em dezembro, no Planalto Sul, algumas madrugadas ainda terão temperaturas favoráveis à formação de geada fraca nas áreas altas da região. No verão de 2017 de duas a três ondas de calor devem manter alta a temperatura diurna, por vários dias consecutivos. Massas de ar seco, nos seus primeiros dias de atuação no Sul do Brasil, favorecem maior amplitude térmica diária (diferença entre a temperatura mínima e máxima do dia), com temperatura amena na madrugada e inicio do dia e mais alta à tarde.
Temperaturada Superfície do Mar (TSM):
Em outubro anomalias negativas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) ampliaram a sua área de abrangência com – 0,5 a -1,0°C no Pacífico Equatorial. No mês de Novembro a TSM permanece negativa no Pacífico Central configurando o fenômeno La Niña. A anomalia negativa no Oceano Pacífico Equatorial, registrada durante a primavera no Hemisfério Sul, persiste nos próximos meses e os modelos climáticos indicam 55% de probabilidade para a persistência da La Niña no verão de 2017.
Fonte: Epagri / Ciram.