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TRT-SC lança campanha de arrecadação para combater a pobreza menstrual

Você sabe o que é pobreza menstrual? É a falta de acesso a recursos e até conhecimento por parte de pessoas que menstruam para cuidados envolvendo a própria menstruação. De acordo com o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

Com o objetivo de combater essa triste realidade, o TRT-SC, por meio do seu Comitê de Incentivo à Participação Feminina Institucional, e em parceria com a Amatra12 (Associação dos Magistrados do Trabalho da 12ª Região) e o Sintrajusc (Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina), lança a campanha “Ciclo Digno – Combate à Pobreza Menstrual”. O objetivo é arrecadar absorventes higiênicos e recursos financeiros para serem doados a mulheres em situação de vulnerabilidade.

Como ajudar

Quem quiser contribuir poderá entregar os donativos nas sedes do Tribunal, Sintrajusc, Amatra12 e nas Varas do Trabalho. Os produtos arrecadados na Capital serão destinados a três projetos não governamentais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social: o Instituto Padre Vilson Groh, a Rede com a Rua e o Instituto Arco-Íris de Direitos Humanos.

Há também a alternativa de realizar pix, depósito ou transferência para a conta corrente da Amatra12 utilizada para este fim – no caso do pix, a chave é feminina2030@gmail.com. Neste mesmo endereço de e-mail também serão recebidos questionamentos sobre a campanha. Já os dados da conta corrente são: Caixa Econômica Federal – Banco 104 – Operação 013 – Agência 2375 – Conta poupança 725-8.

Live
Para falar sobre o tema e explicar a campanha, foi realizada na tarde desta sexta-feira (10) uma live com a participação de uma especialista e de duas magistradas do Tribunal.

A presidente da Amatra12, juíza Patrícia Pereira de Sant’Anna, abriu o evento e falou sobre a campanha, que está alinhada ao cumprimento de diversos objetivos de desenvolvimento sustentável previstos na Agenda 2030 da ONU, como os de n. 1 (erradicação da pobreza) e 5 (desigualdade de gêneros).

A psicóloga e mestre Ursula Maschette, ativista em saúde menstrual, falou sobre as dificuldades enfrentadas por mulheres pobres pela dificuldade de acesso a produtos que ajudam no gerenciamento da menstruação.

“Pessoas pobres que menstruam passam por uma experiência muito particular de menstruação. Além da falta de recursos para adquirir os produtos necessários, a ausência de infraestrutura como acesso a um banheiro privativo ou até à água tratada também impacta essa experiência. Uma em cada quatro mulheres no Brasil não têm acesso a saneamento básico adequado”, alertou a especialista, falando também da importância do desenvolvimento de políticas públicas para resolver o problema.

“Eu sempre tive essa dúvida, sobre como as mulheres em situação de rua faziam quando estavam menstruadas, se conseguiam comprar calcinha, sobre como era a vida delas nesse ponto”, comentou a juíza Ana Rick, uma das fundadoras do grupo Calcinha Exocet, criado em 2020 e que compra e distribui absorventes e calcinhas para mulheres em situação de vulnerabilidade. A magistrada falou sobre o surgimento do grupo e de atividades realizadas, como quando suas integrantes se mobilizaram para levar itens de higiene para quem não tem acesso, em locais como penitenciárias e comunidades carentes.

A magistrada também falou sobre como diversos aspectos influenciam para o quadro de pobreza menstrual no Brasil. “Os absorventes são taxados de formas diferentes conforme o estado. No Rio de Janeiro, por exemplo, eles são isentos dos impostos estaduais, mas não existe nada ainda no âmbito federal ou municipal. Com isso, acontece que um absorvente é taxado entre 25% e 34,5%, pois é considerado um item supérfluo, em vez de item básico de higiene. Isso o deixa com um custo muito caro”, ressaltou.

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