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Ana Maria Braga relembra situação de assédio: “Quebrei o braço”

No momento em que se discutem leis mais rigorosas para quem comete qualquer tipo de violência sexual contra mulheres, uma das apresentadoras de maior credibilidade no país revela que já foi vítima de assédio moral e sexual. Ana Maria Braga conta com exclusividade a QUEM de que forma lidou com as investidas de um homem com quem trabalhava na extinta TV Tupi, de 1977 a 1980. “Quando comecei lá (aos 28 anos), sofri preconceito. Naquela época, a maioria das mulheres que trabalhava em TV era considerada presa fácil”, relata. Em um dos episódios, ao fugir do agressor, caiu da escada e quebrou um braço.

O assunto ganha contornos ainda mais fortes desde que, nas últimas semanas, ruas e redes sociais foram tomadas por campanhas que exigem medidas para coibir a violência contra a mulher. Os manifestos foram motivados pelo estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no final de maio, no Rio de Janeiro. “Sempre acham que a culpa é da agredida. É difícil quebrar a cadeia do machismo burro e absoluto”, analisa Ana, em sua sala atrás dos estúdios do Mais Você, programa que apresenta há 17 anos, nos Estúdios Globo, no Rio.

Com a mesma sinceridade com a qual, em dezembro, revelou que se recuperara de um câncer no pulmão direito, a apresentadora agora faz esse desabafo como alerta a tantas mulheres que se calam diante da violência masculina. “Aprendi com a vida que o meu passado é composto da escolha que faço todo dia na hora em que acordo”, diz.

EMPODERAMENTO
“A sensação que tenho é que a palavra ‘empoderamento’ assusta muito aquela mulher lá do interior do país que não sabe o que é isso. Há uma exclusão. Em muitos lugares, as mulheres ainda são submissas, nunca trabalharam fora e, por incrível que pareça, são em grande número. Esse sistema paternalista que existia na época do meu pai, por exemplo, ainda não foi rompido.”

PRECONCEITO
“Quando comecei lá na TV Tupi (em 1977, aos 28 anos), sofri preconceito, sim. Era uma TV totalmente diferente desta com os executivos de hoje. Naquela época, a maioria das mulheres que trabalhava em TV era considerada presa fácil. Era um meio mais liberto do que a sociedade normal, por haver artistas, cantores… Para você galgar algumas posições dentro da hierarquia do lugar onde se trabalhava… Eu recebi muitas propostas, tipo: ‘Te dou tal coisa se você me der tal coisa’. Não foi diferente à regra.”

ASSÉDIOS
“Sofri assédio moral e sexual em várias situações. Aconteceram situações de partir para o pessoal mesmo, para o físico, e outras só de sugestão. Tipo, no fim de uma reunião: ‘Vamos jantar?’. E você tem a proposta de ser uma estrela, a Hebe Camargo da vida! Isso já existia. E não foi só meio de TV. Porque já trabalhei em grandes empresas também.”

Ana Maria Braga (Foto: Fabio Cordeiro/Ed. Globo)

CHORO
“Tenho uma desilusão muito grande que tem relação com um trabalho. Nessa ocasião pedi para apresentar um projeto de um produto que eu queria. Aí falaram: ‘Escreve o projeto e tal…’. Escrevi toda a ideia, explicando que programa era aquele. Tive um trabalho danado para descrever as ideias que queria colocar em prática e aí, quando fui entregar, ele não olhou o que eu tinha escrito e fez a proposta (pausa)… ‘Isso aqui está aprovado’. Sem ler! Enfim… Me pediu algo em troca. Aí você chora bastante sozinha, e tem duas opções: ou atende a isso e vira amante do infeliz, o que não vai ter um caminhar muito bom, porque aquilo acaba; ou realmente briga para achar um caminho de verdade.”

FUGA
“Para você ter uma ideia, eu saí correndo, porque o cara tentou me agarrar… Eu saí correndo! Estava no 12º andar e havia duas entradas. Ele tinha trancado a porta de entrada da secretária e eu não tinha percebido… Quando bati lá e não consegui, não tinha chave, fui para uma outra sala – que eu não sabia, mas era uma copa que dava em outra porta e, desabalada, rolei escada abaixo do 12º, do 8º para o 7º… Caí de pernada, quebrei o braço e fui bater na porta do Severino, que já morreu e era diretor comercial da TV Tupi. Quebrei o braço.”

 

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