Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
DESTAQUES

Ansiedade atinge 9,3% da população brasileira e traz prejuízos também para crianças e adolescentes

Pais precisam ficar atentos para acolher os filhos e procurar ajuda especializada  

 

 ansiedade tem se tornado um assunto cada vez mais discutido, principalmente com a pandemia da Covid-19, em que o isolamento e a preocupação agravaram ainda mais o quadro de pessoas que já sofriam com o transtorno, ou até acabaram desencadeando outras. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados no final de 2020, o Brasil é apontado como o país com a maior taxa de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. A estimativa apontava que 9,3% dos brasileiros possuem algum transtorno de ansiedade e 5,8% de depressão.  

É preciso entender que a ansiedade, em até certo ponto, é algo normal, como um mecanismo de defesa do nosso corpo, conforme explica a psicóloga Nayra de Paiva Oliveira. “A ansiedade é como se fosse o alarme do nosso corpo. Ela está ali, pronta para quando acontecer algo novo, diferente. Então ela avisa: opa, tem coisa diferente por aí! Imagina, o dia que você viu o amor da sua vida, marido, namorado, filho, aquele friozinho na barriga, aquele nervosinho, era ela, indicando que algo novo estava para acontecer! Por isso, ela não é ruim, é algo normal e faz bem para nossa vida, quando está na quantidade certa”, afirma. 

O problema acontece quando esse alarme fica disparando o tempo todo. Algumas sensações são consideradas sintomas de que a ansiedade não está normal e que pode trazer prejuízos para a vida da pessoa. É preciso ficar atento se uma atividade simples do dia a dia faz, por exemplo, você sentir que algo muito ruim vai acontecer, que não vai dar certo, o coração acelera, a garganta seca, dá tontura, um medo de perder o controle, de “ficar louco”, sensação de paralisia e desespero.

 

 Ansiedade não é coisa só de adulto 

Temos o hábito de pensar que só adultos sofrem com ansiedade, mas isso não poderia estar mais longe da verdade. “Quando a criança ou jovem se mostra ansioso, porque está na expectativa das férias, de uma viagem, com um presente que vai ganhar ou com a faculdade que vai começar e isso não traz nenhum prejuízo para a vida dele ou dela, quer dizer que a ansiedade está equilibrada, dentro do normal. Porém, quando, por exemplo, é sexta-feira e os responsáveis falam: segunda-feira é dia de ir para a escola; e essa criança começa a falar que está passando mal, com dor de cabeça, chora, entra em desespero, algo está diferente”, explica Nayra. 

No caso de jovens, por exemplo, um sinal de alerta é quando o adolescente vai fazer um vestibular e não consegue estudar três meses antes da prova porque só fica pensando que não vai passar e não vai conseguir fazer a prova. Ele não consegue se concentrar para estudar e chega até a passar mal fisicamente. Ou seja, a rotina dessa pessoa passa a ser afetada em atividades que antes eram realizadas normalmente e, agora, trazem sofrimento. “Um incômodo frente a diferentes situações, demonstrando um comportamento diferente: “não quero sair de casa, não quero ir à festa, não quero fazer a prova, etc.” É uma emoção muito intensa e desproporcional porque não tem uma ameaça real.  Em todos os casos é importante buscar auxílio para que a vida escolar e outras atividades possam ser desenvolvidas de forma prazerosa e que a ansiedade esteja presente, mas equilibrada, cumprindo sua função”, ressalta a psicóloga, que é especializada no atendimento de adolescentes e adultos. 

  

 O que pode desencadear crises de ansiedade em crianças e jovens  

            As pessoas costumam usar o discurso que criança e adolescente não têm com o que se preocupar. Porém, os fatores que podem fazer com que a ansiedade se torne algo prejudicial e a pessoa tenha então uma crise de ansiedade são muitos e diferentes. Pode-se dizer que existem basicamente três fatores que são a base, conforme aponta o Doutor Leandro Teles: fatores genéticos, história de vida e estilo de vida. O fator genético pode estar na família e ser passado para outras gerações, mas, não é determinante. Depois, existe a história de vida, quais foram as escolhas que a pessoa fez diante das situações que se apresentaram na vida dela. E, por último, como a pessoa vive no momento, as escolhas que faz no dia a dia. Mesmo que seja uma criança, ou jovem, estes são os fatores que podem desencadear crises de ansiedade. “Nos últimos anos, pode-se dizer que a pandemia e todas as mudanças que ela trouxe na rotina e estilo de vida de todos, com certeza, intensificaram e desequilibraram a ansiedade para muitas pessoas. Foram muitas situações novas e um futuro incerto, e este com certeza é um fator que contribuiu para desencadear crises de ansiedade”, complementa Nayra. 

 Como pais ou responsáveis podem ajudar 

Primeiro, para ajudar com a dificuldade que a criança ou adolescente está vivendo, é necessário reconhecer que o problema existe. “É necessário perceber que a ansiedade não está em equilíbrio e a qualidade de vida está sendo prejudicada. Em seguida, é fundamental acolher, abraçar, reconhecer e validar os sentimentos dizendo: “eu sei que dói, sei que está difícil, mas nós vamos encontrar uma solução, estou com você”. Estas palavras já trazem o primeiro alívio, ufa, eu tenho apoio e tenho alguém que vai me ajudar a não sentir mais isso. E por último, procurar profissionais habilitados em psiquiatria, psicologia para auxiliar no processo de recuperação”, orienta.

Psicóloga Nayra de Paiva Oliveira

Posts Relacionados

Mais1.Café lança bebidas geladas de chá mate nos sabores de Limão e Cranberry

Inscrições para a 11ª edição do ‘Juntos pelo Rio contra o Aedes Aegypti’ já estão abertas em Santa Catarina

Garoto de 10 anos de Balneário Piçarras é bicampeão sul-americano de jiu-jitsu

Itajaí e BC ganham “juiz de garantias”

Marcílio Dias faz festão de aniversário no sábado

Amor em quatro patas: FUCAM realizará feira de adoção

Halsten promove ação para ajudar Abrigo Animal

Angeloni e ONG Amor Animal promovem feira de adoção de pets em Itajaí no sábado

Balneário Camboriú estará representado na 10ª Maratona Cultural de Florianópolis

Balneário Camboriú recebe Circuito Mundial de Beach Tennis pelo terceiro ano consecutivo