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A história ao sul do mundo

LIVRE

Por Joacir Dal Sotto *

A cada dia que passa nos campos e serras, na costa litorânea e divisa, a cada dia que passa ao sul do mundo é possível chorar. Uma luta pacífica e democrática está sendo travada pelos integrantes do movimento “O sul é o meu país”. É claro que na história existem provas da humilhação sofrida pelos sulistas. Um caso triste que devemos lembrar para as futuras gerações, é a guerra do contestado.

De dezembro de 1913 à agosto de 1916, muito sangue correu em Porto União e em Taquaruçú (hoje Curitibanos). Não é preciso citar todas as cidades, é que em cada cidade existe uma lágrima de quem teve seus familiares assassinados. Naquela época dependíamos do que diziam ser uma nova república. Na inocência de alguns sulistas era melhor depender da monarquia.

Os nossos antepassados ou simples conterrâneos, tiveram quinze quilômetros de cada lado do coração arrebentado, trilhos em nome do progresso e um exército em nome da ordem. Retiraram a nossa madeira, as nossas casas e a vida de milhares de camponeses, de comerciantes, de religiosos, de sulistas que queriam apenas o direito de receberem algo em troca do “progresso da república”.

Hoje falam da república federativa do Brasil, como se tal bandeira representasse igualdade, progresso e liberdade. Deixamos de Portugal e somos sufocados pelo poder centralizador da união. Estamos cansados de distorcerem a memória de nossos filhos. Queremos independência para os três estados do sul, queremos formar um novo país, o qual será constituído por Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

A missa de José Maria talvez não seja mais da mesma maneira, é que respeitamos uma diversidade religiosa que aqui prevalece. A guerra do contestado é como se fosse um fruto proibido em nossas escolas. Somos um único grupo que exige a imediata emancipação política e administrativa, a autodeterminação dos povos é indiferente ao que dizem ser cláusula pétrea. Em nome da memória das milhares de vidas perdidas em nome da “ordem e progresso”, queremos liberdade. Levantamos uma bandeira com três estrelas, três estrelas que representam uma humilhação sofrida e três estrelas que carregam o sonho que está sendo materializado no coração de cada separatista ao sul do mundo.

* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro “Curvas da Verdade” e secretário na comissão de Lages (SC) do movimento “O sul é o meu país”.

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