Aos 22 anos, Jonas Junias foi o porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura da Rio 2016, na última semana. De acordo com a camareira que fez a denúncia, o pugilista tentou beijá-la e depois ofereceu dinheiro para fazer sexo com ela. A funcionária deixou o local correndo e foi até a delegacia fazer a denúncia.
De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de estupro se configura se o autor forçar a vítima a ter conjunção carnal, praticar ato libidinoso (qualquer um que vise prazer sexual) ou obrigar a vítima a permitir que se pratique ato libidinoso com ela. Portanto, qualquer ato com sentido sexual praticado sem consentimento é considerado estupro.
Preso, Jonas foi levado para a 42ªDP do Recreio dos Bandeirantes, bem próximo da Vila Olímpica. Depois, foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Bangu. Além dele, outro boxeador havia sido preso por estupro. Hassan Sada, do Marrocos, foi suspeito de cometer o crime contra duas camareiras. Ele também conseguiu um habeas corpus, mas neste caso a liberação veio tarde demais e o atleta perdeu por W.O por não comparecer à pesagem oficial do evento.
O site “The Namibian” traz em sua manchete a liberação de Jonas. Uma fonte ouvida pela publicação garante que o atleta está bem e pronto para o duelo.
– Falei com ele pelo telefone. Aparentemente ele está bem e disse que está focado em cumprir seu objetivo, que é conseguir uma medalha aqui. Ele disse que o que aconteceu não afeta ele e vai lutar como planejado – disse a fonte, que garantiu que a polícia brasileira o levou até a pesagem e também faz vigília no seu quarto na vila Olímpica.