Carros elétricos estão em ascensão no Brasil, especialmente para quem busca por opções mais sustentáveis
Com o aumento da preocupação por opções mais amigáveis ao ambiente que prezam pela sustentabilidade, a compra de carros elétricos está crescendo cada vez mais. No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE), em relação a 2022 e 2023, a venda de veículos que se enquadram nessas características teve um aumento significativo de 76%.
A popularização dos carros elétricos no Brasil é algo cada vez mais comum. Inclusive, estão surgindo modelos cada vez mais acessíveis. Entretanto, algumas dúvidas podem surgir a respeito. Entre elas, a do seguro. Isso porque, visto que os veículos elétricos funcionam e possuem especificações diferentes dos comuns, há o questionamento se os seguros veiculares operam da mesma maneira.
Como funcionam os seguros de veículos elétricos?
No que diz respeito a valores, o critério para o orçamento é o mesmo aplicado em veículos convencionais. Isso significa que o preço a ser pago irá depender do modelo do carro, do ano, idade e gênero do motorista, quantas pessoas usam o automóvel, etc. No caso das coberturas, ou seja, quais danos o seguro cobre, elas são escolhidas pela pessoa que está fechando o seguro e também interferem no valor final.
Existem vários tipos de coberturas e, no que diz respeito aquelas incluídas na apólice de um carro elétrico, elas não se diferem das existentes para veículos convencionais. O proprietário do automóvel pode escolher tanto pelas mais comuns que protegem contra o “básico” — como colisão, incêndio e roubo/furto —, quanto pelas mais completas, como seguro para terceiros, assistência 24 horas, carro reserva, cobertura para acessórios, etc.
O que muda em relação a um convencional?
Por ter um funcionamento diferente do carro convencional, o elétrico precisa de alguns cuidados especiais, visto que demandas específicas podem surgir. Quando falamos sobre um veículo elétrico, um dos pontos essenciais é buscar por assistências técnicas de qualidade. Mesmo que a compra desse tipo de veículo ainda esteja em ascensão, é importante buscar por mão de obra qualificada e oficinas especializadas na manutenção desses veículos.
Sendo assim, é importante buscar por um seguro que tenha parceria com técnicos especialistas em carros elétricos. Nesse caso, empreendedores do ramo que pretendem abrir oficinas especializadas em veículos desse tipo devem se atentar aos valores das franquias. Por serem carros mais caros e ainda não tão comuns no Brasil, abrir uma franquia de manutenção pode ser um investimento de alto custo. Para um BYD Dolphin — um dos modelos mais baratos de automóveis elétricos —, por exemplo, os valores para abrir franquias podem variar de 14 mil a 21 mil reais.
É mais caro?
Isso depende de alguns fatores, como dito anteriormente. Assim como acontece em carros novos e seminovos, o valor da apólice pode ser influenciado pelos mais variados aspectos de um veículo. Em algumas empresas de seguro, o carro ser elétrico ou convencional não interfere no preço final. Entretanto, em outras, essa diferença pode ter uma variação em cerca de 10% a 20% mais cara do que a aplicada em veículos convencionais movidos à combustão.
Como é uma tecnologia relativamente nova, o mercado ainda está se adaptando, o que também afeta o ramo dos seguros. Sendo assim, os valores para as apólices de carros movidos à eletricidade podem ser mais altos. Mas, com o crescimento, a tendência é que se torne algo cada vez mais comum e, consequentemente, faça com que os preços dos seguros fiquem mais acessíveis e padronizados, assim como nos veículos convencionais.
Créditos: David Gyung/iStock