Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
Noticia SC

Seminário da Faesc discute violência rural e rumos da economia brasileira

Seminário da Faesc discute violência rural e rumos da economia brasileira

Um novo e aguçado olhar sobre a violência rural foi um dos destaques do Seminário Estadual de Líderes Rurais organizado na última semana pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) em Florianópolis, reunindo dirigentes de Sindicatos Rurais. O seminário foi coordenado pelo presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo e também teve a participação do presidente do Instituto CNA e ex-ministro da Previdência Social Roberto Lúcio Rocha Brant.

O estudo sobre a criminalidade no campo elaborado pelo Observatório da Criminalidade no Campo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi apresentado pelo diretor geral da Faculdade CNA e secretário-executivo do Instituto CNA André Sanches.

O documento aponta o grave quadro de insegurança no meio rural e apresenta propostas para o combate e o efetivo enfrentamento da violência. O trabalho levantou os tipos mais frequentes de ocorrência, sendo furto 49%, roubo 33%, depredação 12%, assassinato 3% e queima 3%. A distância onde ocorreu o crime em relação à sede do município também foi objeto de estudo: 37% das propriedades rurais estão a menos de20 quilômetros, 28% entre 21 e 50 quilômetros, 3% entre 51 e 100 quilômetros e 1% a mais de 100 quilômetros de distância. Em 32% das ocorrências não foi informado a distância.

Das infrações praticadas, 54% ocorreram em propriedades de pecuária de corte e leite. Em seguida vêm grãos (13%), frutas (3%) e verduras e legumes (1%). Outro dado relevante constatou que 74% dos crimes foram praticados em propriedades de até 500 hectares.

O estudo propõe ações e programas específicos para a zona rural, projetos de prevenção e controle da criminalidade, além da criação de unidades especializadas de prevenção e combate às infrações. Sugere a criação de uma Ouvidoria Nacional específica para o campo para esclarecer dúvidas e fazer críticas e sugestões à atuação dos órgãos envolvidos com segurança pública nas esferas federal, estadual e municipal.

Segundo Sanches, apesar da realidade extremamente dramática vivida na segurança pública nacional, pode surgir agora uma grande oportunidade de correção de erros históricos com a apresentação de uma política consistente e integrada de prevenção e combate à violência contra produtores e trabalhadores rurais.

         “É necessário inserir na política nacional de segurança pública programas e projetos específicos voltados para a prevenção e controle da criminalidade nas regiões rurais, considerando suas singularidades e a necessidade de ações específicas. Os Estados devem criar unidades especializadas de prevenção e combate à criminalidade rural dentro das estruturas das Polícias Civil e Militar”.

O presidente Pedrozo destacou que a Faesc vem discutindo esse tema com o Governo do Estado nos últimos anos a quem pediu a criação de um programa emergencial de segurança nas áreas rurais. Uma das propostas é dar à Polícia Ambiental a missão adicional de reprimir a criminalidade e investigar bandidos e organizações criminosas que agem nas áreas rurais. Justificou que a Polícia Ambiental, braço da Polícia Militar, mantém equipes volantes que percorrem as regiões agrícolas para combater crimes ambientais com excelente estrutura, equipamento e armamento. “Esses mesmos agentes poderiam desenvolver ações de inteligência policial e repressão aos demais crimes com grande resultado para a paz social no campo”.

Informou que também está em estudo a elaboração de uma cartilha destinada a orientar a população rural. Para o dirigente, “a qualidade de vida no campo e as condições ideais de trabalho e produção dependem do combate eficiente da violência que flagela famílias e empresas rurais”.

         ESTADO EXCESSIVO

O presidente do Instituto CNA, Roberto Lúcio Rocha Brant falou sobre tendências econômicas e perspectivas para a o agronegócio brasileiro. Destacou que o Brasil vive uma de suas piores crises. “Oitenta por centro de todas as disponibilidades financeiras do mercado estão nas mãos do Estado brasileiro, ficando apenas 20% para financiar empreendimentos e investimentos no setor privado”, relatou.

         Avaliou que o Estado brasileiro é ineficiente e que a Constituição Federal de 1988 criou condições excessivamente privilegiadas para determinadas categorias profissionais instaladas no aparelho estatal. “O único segmento da sociedade brasileira que tem segurança econômica e jurídica é o funcionalismo público que goza de muitos privilégios:   absorve mais de R$ 250 bilhões por ano dos cofres públicos em salários e benefícios e tem baixo nível de produção e produtividade”, salientou.

         Brant observou que a previdência e o salário representam 75% dos gastos primários do governo, tirando os juros e que o País estava indo ao precipício em razão de políticas econômicas equivocadas. “Em dois anos de governo, Temer devolveu a racionalidade para a economia brasileira”. O ex-ministro é pessimista: a quatro meses das eleições e diante de um cenário de incertezas, o quadro geral é de pura desordem política.

Posts Relacionados

Palestra na ExpoGestão vai ajudar executivos a comunicar com confiança

Sebrae/SC alerta a população sobre golpes virtuais aplicados sobre MEIs

Conheça histórias de sucesso de mães empreendedoras em Florianópolis

Obra no canal do Rio Águas Vermelhas pretende amenizar enchentes em Joinville

Oporto, em Porto Belo, é ponto de coleta de doações para vítimas das enchentes no RS

Projeto itinerante leva música para escolas da Grande Florianópolis

Declaração de Imposto de Renda pode apoiar projetos sociais em Santa Catarina

Empreende Brazil Conference reunirá grandes nomes de empresas líderes de mercado

Concessionárias Aegea em SC investem 250 milhões em abastecimento e esgotamento sanitário

Diário da Cidade

MEIs agora têm até agosto para se cadastrar no Domicílio Eletrônico Trabalhista