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Por que denúncias contra Aécio (PSDB) só vieram depois do impeachment?

captura-de-tela-2016-06-26-axxs-23.56.35-e1466999851740Aécio e sua turma: Eduardo Azeredo, Marcos Valério, Oswaldinho e os Perrella, passando por Furnas e a Cidade Administrativa

Da Redação

O deputado estadual Rogério Correia, do PT de Minas, lamentou em sua página no Facebook: “Aécio está em toda denúncia de corrupção. Avisei e denunciei às autoridades desde o início. Por que só após o impeachment saem notícias?”

Ele tem razão. Aécio Neves foi um dos líderes da campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff. Nunca aceitou a derrota nas eleições de 2014. Articulou o bloco tucano que aderiu às manobras de Eduardo Cunha assim que o ex-presidente da Câmara ficou sem os votos do PT no Conselho de Ética.

Se Aécio tivesse sido atingido por denúncias antes da autorização da Câmara para abertura do processo, não teria força política para alvejar Dilma.

O timing dos vazamentos, acordos de delação e denúncias ao longo da Operação Lava Jato merece um estudo de caso. Pode ser coincidência, provavelmente não é.

A última operação da Polícia Federal prendeu um ex-ministro do PT na casa de uma senadora do PT e colocou homens armados diante da sede do PT justamente às vésperas da votação do afastamento definitivo de Dilma Rousseff no Senado.

É verdade que Rogério Correia denunciou Aécio às autoridades. Faz tempo. Por conta disso, a bancada aescista na Assembleia Legislativa tentou cassá-lo em 2012.

O deputado petista resistiu. “Se tudo for investigado, ele acaba preso“, disse Rogério em entrevista ao Viomundo em 8 de outubro de 2014. “Ele” era o senador Aécio.

Isso foi bem antes da mais recente denúncia contra o ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas Gerais, a de que um preposto de Aécio teria recebido 3% de propina nas obras da Cidade Administrativa, orçadas inicialmente em R$ 500 milhões mas que acabaram custando mais de R$ 2 bi aos cofres públicos.

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Cidade Administrativa, com prédios de Niemeyer, surgiu onde um dia ficou o hipódromo de Belo Horizonte

Delator vai relatar propina em obra da Cidade Administrativa

No diário mineiro O Tempo, 25.06.2016

Segundo Léo Pinheiro, da OAS, suborno chegou a 3% do custo total do serviço da empreiteira

O empreiteiro Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS, vai relatar, com base em documentos, que pagou suborno a auxiliares do então governador de Minas Gerais, o hoje senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, durante a construção da Cidade Administrativa.

Trata-se da mais cara obra do tucano nos oito anos em que permaneceu à frente do Estado, entre 2003 e 2010.

O relato de Pinheiro sobre o centro administrativo, um complexo inaugurado em 2010 para abrigar 20 mil servidores, faz parte do acordo de delação premiada que está sendo negociado com a força-tarefa da Lava Jato. O acordo ainda não foi assinado.

Segundo Pinheiro, a OAS pagou 3% sobre o valor da obra a um dos principais auxiliares de Aécio, Oswaldo Borges da Costa Filho.

Conhecido como Oswaldinho, ele é apontado por tucanos e opositores como o tesoureiro informal de seguidas campanhas de Aécio, entre 2002 e 2014.

Léo Pinheiro relatou a investigadores que tem provas do caminho que o dinheiro percorreu até chegar ao assessor do tucano.

Aécio nega que tenha recebido qualquer recurso ilícito e que tenha havido irregularidades na obra.

Estimada em R$ 500 milhões, a obra da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 949 milhões, mas acabou custando R$ 1,26 bilhão, segundo documentos do governo de Minas obtidos pela Folha de S. Paulo, mas que a atual administração, do PT, não comenta.

Esse foi o custo das obras de engenharia. Com mobiliário e outros itens, o gasto total alcança R$ 2,1 bilhões, ainda de acordo com os dados obtidos pela Folha.

Junto com Odebrecht e Queiroz Galvão, a OAS fez um dos três prédios do complexo, o Edifício Gerais. No consórcio, a Odebrecht era a líder, com 60% do contrato. A OAS respondia por 25,71% e a Queiroz Galvão, por 14,25%. Como a OAS recebeu R$ 102,1 milhões, os 3% da suposta propina seriam equivalentes a pouco mais de R$ 3 milhões.

Tesoureiro. Oswaldo é contraparente de Aécio: ele é casado com uma filha do padrasto do senador, o banqueiro Gilberto Faria (1922-2008).

Após vencer a eleição para o governo em 2002, o tucano colocou-o para presidir a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, a Codemig, empresa pública dona de mineradoras, hotéis e fontes de água mineral.

Foi a Codemig que fez a licitação em 2007 e cuidou da obra da Cidade Administrativa, o que foi considerado incomum, já que Oswaldinho teve papel na arrecadação da primeira campanha de Aécio ao governo.

A família de Oswaldo também é proprietária de uma empresa de táxi-aéreo. Ele tem uma coleção de carros raros, entre eles um Rolls-Royce que Aécio costumava usar quando era governador.

‘Declarações falsas e absurdas’

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em nota enviada à Folha de S. Paulo que desconhece os relatos feitos pelo empresário Léo Pinheiro sobre suposta propina em sua administração e que considera as declarações “falsas e absurdas”.

A nota afirma que acusações como essas precisam de provas, “sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade”.

O senador afirma estranhar o que chama de vazamento “deste trecho” da delação de Pinheiro, da OAS, que o cita como beneficiário de propina.

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa do senador, as obras da Cidade Administrativa foram contratadas por R$ 948 milhões em 2007 e tiveram custo final de R$ 1,26 bilhão, em 2010.

Entre as razões do aumento está a construção de um túnel que não estava previsto no projeto inicial e que demandou uma nova licitação.

O comunicado aponta que os aditivos firmados na construção da Cidade Administrativa “corresponderam a 10% do valor inicial, percentual inferior aos 25% autorizados pela Lei 8.666 para obras públicas”.

A assessoria de Aécio reitera que “a obra foi conduzida com absoluta transparência e controle da sociedade”, inclusive com aprovação de órgãos de controle do Estado.

A nota afirma ainda que, antes da abertura da licitação, os editais foram submetidos a avaliação prévia do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

“Todas as especificações técnicas do projeto tiveram acompanhamento e monitoramento da empresa de auditoria externa, atestando e assinando juntamente com a gerência da obra”, diz a nota divulgada.

A assessoria de imprensa do senador não quis se pronunciar sobre os relatos de que Oswaldo Borges da Costa atuou como “tesoureiro informal” das campanhas do tucano.

Procurado, o empresário Oswaldinho, como é conhecido, não atendeu as ligações nem retornou.                                             viomundo.com.br

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