Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
DESTAQUES

Número de casos de “varíola dos macacos” continua crescendo no Brasil; Especialista esclarece cinco dúvidas

Infectologista do Hcor acredita que a epidemia no país possa ser controlada com a disseminação de informação
São Paulo, agosto de 2022 — O primeiro caso de Varíola Símia no Brasil foi confirmado no início de junho, na cidade de São Paulo. Quase dois meses depois, a capital paulista também anunciou a contaminação de crianças entre 4 e 6 anos. Em 29 de julho, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro óbito pela doença, de um homem de 41 anos, em Belo Horizonte (MG), ocorrido em 28 de julho. Com o aumento no número de pessoas infectadas, que se aproxima da marca de mil — a maioria no estado de São Paulo –, cresce a preocupação sobre uma epidemia no país.

 

Segundo o Dr. Ingvar Ludwig, infectologista do Hcor, o aumento de casos no Brasil segue um ritmo semelhante ao de países europeus, como Espanha, Alemanha e Reino Unido, sinalizando um avanço do surto em escala global. “Trata-se de um vírus com potencial epidêmico. Entretanto, diferentemente do que foi observado com a Covid-19, a Varíola Símia exige contato muito próximo e/ou prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação. Ainda, o quadro clínico é rotineiramente autolimitado e complicações graves não são frequentes”, explica.

 

A melhor forma de controlar o avanço da doença, de acordo com o especialista, é por meio da informação. “É fundamental que a população saiba reconhecer os sintomas e procurar atendimento. Os serviços de saúde também precisam estar atentos e preparados para lidar com casos suspeitos, além de notificar os órgãos de saúde para que medidas sejam instituídas, como o isolamento e o rastreio de contatos próximos”, orienta.
Para ajudar a disseminar o conhecimento sobre a Varíola Símia, também denominada MonkeyPox (MPX) ou “varíola dos macacos”, o infectologista esclarece cinco dúvidas:
1. O uso de máscaras previne a transmissão da varíola símia?

Sim, apesar de o principal mecanismo de transmissão entre humanos ser o contato direto com lesões de pele ou mucosas infectadas, também pode ocorrer a partir de gotículas respiratórias de um indivíduo com infecção ativa. Este tipo de transmissão geralmente requer uma exposição mais prolongada. Desta forma, a utilização de máscaras, cobrindo adequadamente o rosto, pode auxiliar na não disseminação do vírus.

 

2. Como saber se estou com varíola dos macacos?

Pessoas que apresentem lesões compatíveis com a doença, ou que tiveram contato próximo com um caso confirmado, devem procurar atendimento médico para avaliação adequada.

 

Habitualmente, as lesões seguem um padrão típico: iniciam-se como manchas bem delimitadas que progridem para vesículas (bolhas), que se rompem e posteriormente se transformam em crostas. A partir da lesão inicial, novas progridem rapidamente para outras partes do corpo. Além do acometimento da pele, pacientes também podem manifestar sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar, prostração e adenomegalia (presença de gânglios/ínguas).

 

3. Como é o tratamento da doença?

Não existe um tratamento específico para a infecção pelo vírus Monkeypox. O manejo é sintomático e envolve a prevenção e o tratamento de infecções bacterianas sintomáticas. Alguns antivirais, atualmente não disponíveis no Brasil, podem ser utilizados em casos muito específicos.
Os pacientes devem ser instruídos a manter as lesões de pele limpas e secas para prevenir infecção bacteriana secundária. Recomenda-se lavar as mãos com água e sabão ou usar desinfetante à base de álcool antes e depois de manipular as lesões, que devem ser limpas suavemente com água. A erupção não deve ser coberta, mas deixada ao ar livre para a cicatrização.
4. As lesões na pele deixam cicatrizes permanentes?

Após a queda das crostas, é possível observar a presença de cicatrizes planas e/ou alteração da tonalidade da pele das regiões acometidas. No entanto, elas tendem a se resolver espontaneamente. A presença de infecções bacterianas secundárias pode agravar o quadro clínico e a possibilidade de cicatrizes mais graves. Por isso, a avaliação médica é fundamental para a escolha do tratamento mais adequado.

 

5. A vacina da varíola comum protege contra a “dos macacos”?

A vacina contra a varíola (Smallpox) pode proporcionar proteção cruzada contra o vírus Monkeypox, uma vez que ambos pertencem à mesma família e gênero. O Brasil recebeu o certificado de erradicação da varíola em 1973, sendo a vacinação estendida até 1975. Pessoas que nasceram antes deste período foram vacinadas para a varíola, devido à campanha de erradicação da doença, iniciada em 1966, que atingiu toda a população brasileira.

 

Sobre o Hcor

O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.

Posts Relacionados

Balneário Camboriú Sedia 30ª BNT Mercosul nos Dias 24 e 25 de Maio

Diário da Cidade

UBS Central estará aberta para vacinação contra a gripe neste sábado

Diário da Cidade

Mais de 700 tainhas são capturadas em Taquaras

Abertas as inscrições para o Encontro de Bateristas em Itajaí

3ª Virada Afrocultural de Itajaí será dia 25 de maio com 12 horas de programação

Prefeituras de Bombinhas e Penha e concessionárias Águas de Bombinhas e Águas de Penha emprestam Estações de Tratamento de Água para o RS em ação solidária

4ª edição do Degusta Camboriú revela 16 estabelecimentos que irão promover uma viagem gastronômica pelas cinco regiões do Brasil

Projeto oferece oficina gratuita de teatro para crianças em Balneário Camboriú: inscrições estão abertas

Festival em SC apresenta 8 espetáculos gratuitos e traz 4 artistas internacionais

Com etapa em Itajaí, cartórios iniciam maior ação de regularização de moradias no Estado