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Levantados custos de produção da maçã em São Joaquim

O Painel do Projeto Campo Futuro, realizado nessa quinta-feira (5), com os produtores da região de São Joaquim (SC) oportunizou levantar os custos de produção da maçã. A iniciativa também possibilitou apresentar aos produtores a metodologia de análise de custos adotada no projeto que é desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Inteligência em Gestão e Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), com a parceria do Sistema FAESC/SENAR-SC e Sindicato Rural da região. Também estiveram presentes representantes da Associação Catarinense de Maçã e Pêra de SC (AMAP).

 A abertura do evento foi conduzida pelo vice-presidente de finanças da FAESC e presidente do Sindicato Rural de São Joaquim, Antônio Marcos Pagani de Souza, que destacou a importância da fruticultura para o município e região e falou sobre expressão do painel com foco para a maçã. “Tivemos a oportunidade de realizar o Campo Futuro em 2018 nesta região produtora de maçã e, na época, observamos que o custo médio de 40 toneladas por hectare era de R$ 0,82. Esse levantamento dos custos é muito importante porque o produtor consegue planejar, fazer investimentos e evoluir. Conhecer o real custo de produção é fundamental para o produtor saber se está tendo resultados. Também é essencial para garantir segurança no momento de investir”, observou.

Pagani também reconheceu o importante trabalho da coordenadora do Departamento Sindical da FAESC, Andreia Barbieri Zanluchi, dos Sindicatos Rurais envolvidos e, principalmente, dos produtores rurais e técnicos que contribuíram para o sucesso do Painel de Fruticultura e dos demais realizados até o momento. Desde junho ocorreram eventos sobre grãos (milho, arroz e soja), suinocultura, avicultura de corte, horticultura (alho e cebola) e por fim o de fruticultura (maçã).

O painel de fruticultura foi conduzido pela assessora técnica de frutas, hortaliças e flores da CNA, Letícia Fonseca e pelo coordenador do setor agropecuário do CIM, Matheus Mangia. “A análise de custos foi feita com base em uma propriedade modal, àquela que melhor representa a realidade das propriedades da região. Assim, o modelo adotado foi, uma propriedade com quatro hectares cultivados com maçã, com produção de 45 toneladas/hectares”, explicou Letícia.

Segundo ela, a propriedade possui cultivo não irrigado e produção semimecanizada. As principais variedades plantadas são Fuji (60%) e Gala (40%). A maioria da comercialização é feita diretamente às empresas, que por sua vez classificam os lotes recebidos em Standard e Clone, Categorias 1, 2 e 3, e em menor proporção, categoria indústria. Para esta análise, foi definido como preço médio pago ao produtor o valor de R$ 1,52/kg”, destacou ao complementar que com uma produção de 45 toneladas por hectare o custo parcial de produção ficou em ficou em aproximadamente R$ 1,14/Kg produzido.

A metodologia adotada, segundo Letícia, permitiu trazer informações sobre: os Custos Operacionais Efetivos (COE), que incluem todos os itens considerados variáveis ou gastos diretos representados pelo dispêndio em dinheiro, tais como insumos, mão de obra e serviços terceirizados; o Custo Operacional Total (COT), que é formado pela soma do COE, depreciação dos equipamentos, maquinário e outros bens e o pró-labore, que corresponde à remuneração dos proprietários; além do Custo Total (CT), que representa a soma do COT com o custo oportunidade de uso do capital e da terra.

De acordo com Matheus, no cenário proposto, as atividades de colheita e pós-colheita representam 28% do COE. Já as atividades de condução representam 56,4% do COE, dos quais 6,6% são para aquisição de fertilizantes e 18% de defensivos. “A produção agrícola e a manutenção do empreendimento ao longo do tempo é um desafio ao produtor. Deve-se analisar a capacidade de arcar com os custos desembolsáveis – àqueles que tocam a atividade no curto prazo, mas também os relacionados ao custo da terra e depreciação, por exemplo, pois são estes que irão direcionar o empreendimento à longo prazo”.

O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, destacou a importância que São Joaquim exerce em todo o País com a produção de maçã. “Nosso Estado é o maior produtor da fruta do Brasil e sabemos que uma quantidade expressiva está concentrada em São Joaquim. Com a realização do Painel Campo Futuro conseguimos avaliar o atual cenário, o que é fundamental para pensarmos estratégias que fortaleçam ainda mais a atividade, gerando renda justa aos produtores e, consequentemente, mantendo a posição de destaque que essa cultura tem no País”.

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