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ENTRETENIMENTO

Especialista alerta sobre a importância da vacina contra o HPV para evitar alguns tipos de câncer em homens e mulheres

O papilomavírus humano (HPV) é responsável por 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da mulher. Altamente transmissível, é o principal causador do câncer de colo de útero, o segundo tipo de câncer mais comum nas brasileiras, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Desde que o Brasil incluiu a vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI), as escolas foram as principais aliadas para alcançar meninas e meninos nas idades contempladas pelo SUS. Mas sem as aulas presenciais no ano passado, a cobertura vacinal [que já estava em queda] despencou. Para a especialista em vacinação humana Miriam Regina Fuck, é preciso agir rapidamente. “Com a queda da vacinação contra o HPV, podemos esperar um aumento nos casos de câncer evitável para os próximos anos”, alerta. A vacina contra o HPV é recomendada para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26.

Estima-se que metade dos homens e mulheres sexualmente ativos vão contrair HPV em algum momento de suas vidas. Um estudo conduzido pela Universidade Laval, no Canadá, com financiamento da Organização Mundial da Saúde, projetou que seria possível erradicar o câncer de colo de útero nas próximas décadas se todos os países atingissem a meta da cobertura vacinal. Apesar de recomendada até os 45 anos para mulheres e 26 para homens, no SUS a oferta gratuita tem como foco os adolescentes.

Mesmo para quem já teve contato com o vírus, a vacina ajuda a evitar as lesões pré-cancerosas que, se não identificadas e tratadas, podem progredir para câncer.  Além do câncer do colo do útero, mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos cânceres de pênis são atribuíveis à infecção pelo HPV. O HPV também tem potencial para causar cânceres de orofaringe, boca e pulmão. Quanto antes for feita a vacinação, mais cedo a pessoa estará protegida.

Mas a enfermeira Miriam Regina Fuck, idealizadora da Bravacinas Clínica de Vacinação, comenta a dificuldade de vacinar os adolescentes sem a ajuda das escolas. “Se a gente olhar os gráficos da cobertura vacinal do Brasil nos últimos anos, vamos ver que desde 2015 diversas vacinas estão em queda de adesão. No caso do HPV, como o foco do SUS são os adolescentes, fica ainda mais difícil atingir a meta. O bebê tem um pediatra que cobra a vacina. Mas sem conscientização dos pais e campanhas fortes nas escolas, o adolescente é um público difícil de aderir”.

No SUS a vacina contra HPV é oferecida em duas doses para meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos de idade, ou com 15 que já tenham tomado a primeira dose. Além dos adolescentes nessas faixas etárias, podem se vacinar no SUS quaisquer pessoas de 9 a 26 anos, de ambos os sexos, desde que convivendo com HIV/Aids, pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.

A meta para os adolescentes é que 80% recebam as duas doses ofertadas pelo SUS. Mas segundo dados do Datasus, levantados pela Sociedade Brasileira de Imunização, apenas 40% das meninas de 9 a 15 anos e 30% dos meninos de 11 a 14 anos completaram as duas doses no ano passado.

Segundo Miriam Regina Fuck, a tomada de consciência acerca da importância da vacina contra a COVID-19 deveria ser levada às outras vacinas disponíveis para a população. “Assim como a COVID, o câncer também mata. E há anos temos uma vacina segura e eficaz, capaz de praticamente erradicar o câncer de colo de útero e tantos outros causados por HPV. Precisamos que as pessoas adquiram a consciência do que essa vacina representa em suas vidas”, reforça.

Ela destaca, ainda, que apesar de o Sistema Público de Saúde não contemplar todas as faixas etárias para quem a vacina do HPV é recomendada, é possível se imunizar nas clínicas privadas. “Todas as mulheres entre 9 e 45 anos, assim como todos os homens entre 9 e 26 anos, podem tomar essa vacina, mesmo que já tenham tido contato com HPV. Não é porque você não está contemplado pelo calendário do SUS, que não deve se vacinar. A imunização é um investimento na nossa vida”, completa a especialista.

 

Foto: Divulgação / Huna Comunicação

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