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Dia Mundial dos Oceanos – Startup e artesã fazem duas toneladas de redes de pesca virarem produtos ecológicos

Segundo dados da ONU, cerca de 10% do lixo marítimo é proveniente da indústria pesqueira

Nara Guichon nasceu em Santa Maria e atualmente reside em Florianópolis. Com 65 anos ela é artista plástica, ambientalista e designer têxtil. Há mais de 40 anos desenvolve e fomenta a moda ética e sustentável em seu atelier, fundado em 1983 no sul da Ilha de Santa Catarina.

Em 1998, Nara percebeu o grande número de redes de pesca industrial que eram jogadas na natureza, poluindo todo um ecossistema em larga escala no Brasil. As redes de poliamida são tão resistentes que levam centenas de anos para se decompor. Quando descartadas nos oceanos, representam uma ameaça à fauna e à flora marítima. De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO), aproximadamente 10% do lixo marítimo são provenientes da indústria pesqueira. Foi assim que ela começou um projeto de reaproveitamento do material composto por poliamida, que até então não é reciclado no Brasil.

A partir desse projeto surgiram os esfregões ecológicos, produto ideal para limpeza pesada e que substitui produtos de plástico e com menor durabilidade – mesmo após 6 anos de uso contínuo, o esfregão mantém a mesma gramatura, o que comprova que, neste período, não libera microplásticos.

“Numa sociedade cada vez menos conectada aos valores naturais, o artesanato feito com materiais que, de outro modo seriam descartados, se mostra como uma forma de retorno às origens. O contato com os elementos minerais e vegetais, assim como o novo olhar sobre objetos descartados ou indesejados, pode revolucionar a nossa economia e a forma como interagimos como sociedade”, explica a artesã.

Em 2014, Marcella Zambardino, co-Ceo da Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza, conheceu a Nara em um Festival de Alimentação Orgânica. Elas firmaram uma parceria para que a Positiv.a se tornasse o representante exclusivo dos esfregões e de lá para cá, a parceria só trouxe resultados benéficos. No total, a Positiv.a já vendeu 476,3 kg de produtos feitos a partir da rede de pesca reutilizada e a Nara e sua equipe reusam em média 2 toneladas de rede de pesca ao ano.

Além do esfregão, a Positiv.a vende saquinhos produzidos pela artesã também com a reutilização das redes de pesca. Com eles, o objetivo é substituir as embalagens comuns de plástico e podem ser utilizados para fazer compras a granel, como necessaire, porta acessórios ou até como separador de roupas em malas de viagem. A empresa pretende aumentar essa linha de produtos. Já no atelier de Nara, as redes de pesca também se transformam em esponjas, colares, roupas e xales.

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