O surpreendente resultado do referendo pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia piorou o cenário econômico para a recuperação do Brasil e, por consequência, também para a economia catarinense. Isto porque os países europeus, todos com economias em crescimento, terão mais dificuldades e, assim, tenderão a importar menos, inclusive do Estado. A balança comercial entre SC e o Reino Unido –Inglaterra, Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia – não está entre as mais importantes. De janeiro a maio, as exportações alcançaram US$ 112 milhões e as importações, US$ 39,8 milhões. Os itens mais exportados são carnes e blocos de motores; e os mais importados, toxina para saúde (botox), uísques e carros de luxo.
Um efeito positivo dessa decisão pode ser a facilitação de uma mudança no Mercosul que permita ao Brasil negociação de acordos comerciais independentes. Essa posição foi defendida pela presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamente; pelo consultor de negócios internacionais e ex-diretor da Fiesc, Henry Quaresma, e por mim no Fórum CBN de sexta-feira, que teve como âncora o jornalista Paulo Branchi. Maria Teresa disse que este assunto poderá ser tratado na Cúpula do Mercosul nos próximos dias.