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Para a população do Sul, problemas psicológicos são a maior consequência do bullying, revela pesquisa Observatório FEBRABAN

Na região, 68% apontam o desenvolvimento de problemas psicológicos — tais como insegurança, ansiedade, distúrbio alimentar, depressão e até suicídio — como a principal consequência para as vítimas de bullying. No país, a média dessa constatação é de 66%

A maioria dos sulistas (68%) aponta o desenvolvimento de problemas psicológicos — tais como insegurança, ansiedade, distúrbio alimentar, depressão e até suicídio — como a principal consequência para as vítimas de bullying.

Essa é uma das principais conclusões para a região Sul da 11ª Edição do Observatório FEBRABAN — Pesquisa FEBRABAN-IPESPE Bullying e Cancelamento: Impacto na Vida dos Brasileiros. Realizada entre os dias 21 de maio e 2 de junho, a pesquisa traça um amplo panorama a respeito do grau de conhecimento dos brasileiros sobre bullying e cancelamento no país.

Outras consequências citadas foram a evasão escolar ou desinteresse pela escola (9%), o aumento da violência nas escolas (também 9%) e a queda do rendimento escolar (6%).

Ainda na região, a expressão “bullying” é de conhecimento de 81% da população. Como situações caracterizadas como “bullying”, foram citadas agressões que visam humilhar ou ridicularizar alguém (78%) e as agressões repetitivas, verbais ou físicas, feitas na intenção de ofender ou ferir a outra pessoa (63%).

Afirmaram terem sido vítimas, visto ou tomado conhecimento sobre pessoas próximas que foram alvo de bullying 32% das pessoas. Os comportamentos e situações de bullying mais citados foram os xingamentos, provocações e humilhações (64%) e a propagação de boatos negativos sobre a pessoa ou sua família (36%).

A pesquisa revela que 62% afirmam ter a percepção de que as pessoas que sofrem esse tipo de ocorrência preferem ficar caladas. Para os entrevistados, as vítimas preferem recorrer às próprias redes sociais em que o cyberbullying ocorreu (21%) ou a pais, responsáveis e familiares (20%).

Entre as razões que fazem as vítimas de bullying ou cyberbullying não denunciarem nem procurarem ajuda, foram citadas a vergonha (48%), o medo de retaliação (43%) ou a descrença em obter apoio (42%).

 

Para 59% dos entrevistados, o ambiente escolar (escola ou faculdade) é o local onde o bullying ocorre com mais frequência. O ambiente digital (celular/ internet/ redes sociais/ e-mail) foi lembrado por 29% das pessoas.

Os principais alvos de bullying e cyberbullying citados foram a cor ou raça (33%) e a orientação sexual (22%).

De acordo com o levantamento, a motivação mais comum de quem pratica bullying é a busca de popularidade, com 26% das citações; outros afirmaram que a motivação maior é apenas brincar, sem pensar nas consequências ou a afirmação de poder (ambas com 21%).

A frase relacionada ao bullying que mais alcançou concordância entre os entrevistados foi “se a brincadeira discrimina, humilha ou ridiculariza alguém ou grupo, já não deve mais ser encarada como brincadeira” (85% concordam).

Para 75% dos sulistas, a ocorrência de bullying aumentou muito no Brasil; quanto ao cyberbullying, essa percepção de maior ocorrência é ainda maior (84%). Aqueles que acham que o bullying e cyberbullying são tratados no Brasil de forma insuficiente somam 45%.

Quanto à expectativa sobre a evolução do problema do bullying no país nos próximos cinco anos, 30% acreditam que ela vai melhorar, outros 32% acham que não vai se alterar e mais 32% apostam que vai piorar.

Foram apontadas entre as ações mais importantes para prevenir e combater o bullying e o cyberbullying entre os jovens as campanhas de conscientização e informação (41%) e o apoio psicológico, educativo e judicial (36%).

Cancelamento — sobre a cultura de cancelamento, 18% dos entrevistados disseram conhecer a expressão.

Os principais alvos de cancelamento apontados foram qualquer pessoa nas redes sociais (35%); e os famosos e celebridades (33%); 65% acham que as situações de cancelamento aumentaram.

Ao serem perguntados se haviam sido vítimas, viram ou tomaram conhecimento sobre pessoas que foram alvo de cancelamento nas redes sociais, 30% disseram que sim; outros 34% responderam afirmativamente que cancelaram ou conhecem pessoa próxima que tenha cancelado alguém na internet.

A frase relacionada ao cancelamento que mais alcançou concordância entre os entrevistados foi “o cancelamento é uma forma de chamar as pessoas à responsabilidade sobre como se comportam e o que publicam nas redes sociais” (75% concordam).

Para 51% dos entrevistados, as redes sociais e seus canais de denúncia são as responsáveis por prevenir ou coibir a cultura do cancelamento: a sociedade, por meio associações e serviços especializados, recebeu 45% das menções.

Entre os famosos mais citados como “cancelados” nas redes sociais estão Karol Conká (22%) e Juliana Paes (7%).

 

Pesquisa nacional – Na média nacional, 35% dos respondentes disseram já terem sido vítimas ou tomaram conhecimento de pessoas que foram alvo de bullying.

A maioria dos entrevistados (62%) ressalta o silêncio das vítimas, que não denunciariam os agressores por falta de apoio (48%), medo de retaliação (46%) e vergonha (também 46%).

As situações de bullying consideradas mais recorrentes, em pergunta de múltiplas respostas, são principalmente xingamentos, provocações e humilhações (61%). Também foram citados boatos negativos (44%), promoção do isolamento (33%), ameaças, intimidações e chantagem (27%) e perseguição (26%).

Em todas as regiões, como primeira resposta sobre a quem as vítimas costumam recorrer em casos de bullying, destaca-se a procura por familiares e amigos (32%). Em seguida, vêm as delegacias, que somam 28%. As próprias redes onde houve as ocorrências são citadas por 23% do total da amostra.

“O bullying e o cyberbullying tornaram-se um grave problema de saúde pública. Depressão, baixa autoestima e tentativas de suicídio são alguns exemplos de consequências dessas condutas, evidenciando a necessidade de ampliar o esclarecimento e a discussão sobre o tema”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE. Para ele, esse conhecimento se torna especialmente importante em uma sociedade contemporânea, “mais intolerante e onde a privacidade quase inexiste, mas que, ao mesmo tempo, demanda por mais empatia, ética, responsabilidade e transparência nas relações pessoais e corporativas”.

O Observatório Febraban ouviu 3 mil pessoas em todas as regiões do país, das quais 53% são do sexo feminino. O perfil dos entrevistados tem ainda 43% na faixa dos 25 a 44 anos; ensino médio (41%) e renda familiar de até dois salários mínimos (48%).

 

Sobre o OBSERVATÓRIO FEBRABAN

O OBSERVATÓRIO FEBRABAN — Pesquisa FEBRABAN IPESPE, foi lançado em junho de 2020 com objetivo de se tornar uma fonte de informações sobre as perspectivas da sociedade e o potencial impacto econômico-financeiro, ouvindo a população e estimulando o debate em diversos setores. Com periodicidade trimestral, a iniciativa é parte de uma série de medidas da Febraban para ampliar a aproximação dos bancos com a população e a economia real, de forma cada vez mais transparente.

 

Sobre o IPESPE

O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), fundado em 1986, é uma das instituições mais respeitadas do Brasil no setor de pesquisas de mercado e opinião pública. E conta com um conselho científico formado por especialistas de diversas áreas, o qual é presidido por Antonio Lavareda, mestre em sociologia e doutor em ciência política.

Tem equipes operacionais e consultores em todos os estados do País e atuação em âmbito nacional e internacional, sempre atualizado com o que há de mais inovador em técnicas e sistemas de pesquisas. A experiência, o rigor técnico e a agilidade do IPESPE têm se transformado em ferramentas fundamentais para que empresas privadas, governos e organizações possam conhecer melhor o seu público e o mercado.

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