Após dia histórico de greve, servidores de Navegantes decidem por nova paralisação no dia 9
A força e a união dos servidores públicos de Navegantes na luta pelos seus direitos foi comprovada nesta quarta-feira, dia 27, quando centenas de trabalhadores aderiram a greve organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz). Após um dia inteiro de manifestação na praça em frente a Prefeitura, incluindo uma caminhada pelas ruas do centro e um protesto em frente a Secretaria de Educação, os servidores optaram por marcar uma nova paralisação para o dia 9 de outubro, no mesmo local, desta vez por tempo indeterminado.
Mesmo mostrando grande mobilização, o Sindicato não foi atendido pelo governo municipal nesta quarta-feira para tratar da pauta de reivindicações da categoria. Logo pela manhã os representantes do Sindifoz foram até o gabinete do prefeito em exercício, Donizete José da Silva, e se colocaram a disposição para debater os pleitos da categoria, mas foram informados de que o chefe do executivo não se encontrava no paço municipal. Como até o final da tarde não houve uma resposta por parte da prefeitura, uma Assembleia Geral foi realizada com todos os servidores, em que foi decidida pela greve a partir do dia 9.
“Foi um dia histórico para os servidores públicos de Navegantes. Um momento em que os servidores mostraram que são a maioria, estão unidos e decidiram realizar esta greve. Um grande número de servidores esteve aqui presente, participou o dia todo do movimento e fizemos no final do dia uma caminhada para mostrar para a sociedade porque estamos lutando pelos nossos direitos. A categoria sai fortalecida após este dia de paralisação”, comenta o presidente do Sindifoz, Francisco Johannsen.
Desde cedo os servidores se concentram na praça, vestindo as camisetas do movimento “Nenhum Direito a Menos”, e portando muitas faixas e cartazes de protesto. Ao longo do dia, o espaço esteve aberto para os grevistas falarem ao movimento das reivindicações de cada setor do funcionalismo público, compartilhando experiências e problemas vividos a anos em seus locais de trabalho no município.
A pauta de reivindicações inclui correções no auxílio-doença e licença maternidade, no qual a prefeitura enviou para a Câmara projetos sem efeito retroativo – descumprindo um acordo que havia feito com o próprio Sindicato, além de instituição de vale-alimentação e revisão geral nos cargos e salários do município, para corrigir várias distorções existentes. Ao todo são 40 itens visando melhores condições para os servidores de diversas áreas.
Fotos: Divulgação/Sindifoz