Problemas no parque eólico de Bom Jardim da Serra, na Serra Catarinense, estão afetando a geração de energia elétrica no local.
Segundo os proprietários dos terrenos onde está instalado o parque, a maioria das torres do empreendimento está parada. Com isso, o município está perdendo arrecadação, além de deixar de contribuir com a geração de energia para o setor elétrico nacional.
Em atividade desde 2011, o parque possui 62 torres espalhadas numa área de aproximadamente 3 mil hectares, com capacidade para gerar 93 megawatts (MW) de potência – energia o suficiente para abastecer uma cidade como Lages ou Criciúma, por exemplo.
Acontece que, ao longo dos anos, algumas torres foram paralisando de forma gradual. Segundo o morador Jorge Rodrigues, um dos proprietários que cede espaço para a instalação do parque, das 62 torres do parque, apenas 18 estão funcionando atualmente.
Perda
Houve uma redução da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O secretário municipal de Administração, Nelson Schmoeller lembra que, em 2015, quando a prefeitura começou a faturar com o parque, o ICMS teve um incremento de 45,9%.
Porém, este ano caiu para 23,9% e, para 2017, a previsão é de uma redução de 13,7%. A arrecadação total do município é de cerca de R$ 1,3 milhão por mês. O prejuízo com as torres paradas é em torno de R$ 280 mil/mês.
Proprietários continuam recebendo aluguel
Jorge afirma que as torres estão paradas por problemas técnicos. Ele lembra que, recentemente, técnicos chineses estiveram avaliando a situação dos aparelhos, porém, até agora a situação ainda não foi resolvida.
Ele garante, por outro lado, que a paralisação não afetou o pagamento do aluguel aos proprietários que cederam espaços para a instalação do parque. O empreendimento está instalado em 16 propriedades rurais.
Em troca, os donos desses terrenos recebem aluguel das terras que foram usadas para a instalação dos aerogeradores. O valor é cerca de um salário mínimo por cada torre.