Estudar, planificar, estruturar e interagir Poder Público com empresários e empreendedores para fomentar o desenvolvimento econômico com talentos e capitais locais é o objetivo do programa Cidade Empreendedora lançado nesta semana em São José do Cedro, município do extremo oeste de Santa Catarina.
Resultado de parceria entre a Prefeitura e o Sebrae/SC, o lançamento do programa reuniu mais de uma centena de lideranças e foi prestigiado pelo prefeito Antônio Plínio de Castro Silva e seu secretariado e pelos diretores do Sebrae/SC Carlos Guilherme Zigelli (superintendente) e Sérgio Cardoso (administração e finanças).
Em uma detalhada preleção, o coordenador regional extremo oeste do Sebrae/SC, Udo Trennepohl, explicitou o conjunto de 34 soluções previstas no pacote do programa Cidade Empreendedora para melhorar o ambiente de negócios e implantar um plano de desenvolvimento com a participação de todos os agentes econômicos locais – empresários, produtores rurais, microempresas – além de sindicatos, associações e entidades empresariais.
Disse que São José do Cedro é um dos municípios com maior número de programas desenvolvidos pelo Sebrae/SC e tem mais de 700 microempreendedores individuais (MEIs) formalizados, o que demonstra o seu perfil empreendedor.
“As ações do programa serão desenvolvidas em 18 meses e iniciam com diagnóstico, alinhamento interno com a equipe da Administração municipal, divulgação do programa para a comunidade e uma ampla atuação da equipe de consultores”. Entre as linhas de ação programadas para a implantação de políticas de desenvolvimento estão a desburocratização, a Sala do Empreendedor, as compras governamentais, a gestão de projetos, a educação empreendedora, o levantamento de oportunidades de investimentos, planejamento estratégico para a gestão municipal, plano de desenvolvimento econômico, entre outros.
Entre as inovações que o programa pode trazer estão um plano de fomento à indústria de móveis e a instalação de uma incubadora. “O Cidade Empreendedora produzirá efeitos sociais e econômicos, como a redução do analfabetismo, melhoria do índice de desenvolvimento humano (IDH), aumento da oferta de emprego, aumento do nível de consumo e melhoria geral da qualidade de vida”, enfatizou Trennepohl.
VAZIO A PREENCHER
“Temos vários vazios a preencher e setores a dinamizar”, expôs o prefeito Antônio Plínio de Castro Silva ao destacar a vocação empreendedora do Município e a capacidade de trabalho e produção dos pequenos empresários e dos produtores rurais. Mencionou a importância da integração entre os agentes econômicos e a Administração municipal para o sucesso das ações que iniciarão a partir de agora. “Temos que dar o exemplo para o Brasil sair do atoleiro”, assinalou. O gestor municipal também abordou a importância da capacitação para o sucesso econômico, citando o programa QT Rural que tem o apoio das cooperativas e a metodologia do Sebrae.
O diretor superintendente do Sebrae/SC Carlos Guilherme Zigelli focalizou as características de Santa Catarina como um Estado dinâmico que, com apenas 1,1% do território nacional e pouco mais de 6 milhões de habitantes, apresenta uma sólida cultura empresarial. Parte desse sucesso se deve ao fato de 99% das empresas serem de micro e pequeno porte.
“Legar um Estado melhor aos nossos descendentes é um dos compromissos do programa Cidade Empreendedora”. Sublinhou que São José do Cedro é um exemplo de comunidade de vanguarda para Santa Catarina e o Brasil.
Com cerca de 14 mil habitantes e um PIB (produto interno bruto) de 312,5 milhões de reais, São José do Cedro tem duas preponderantes atividades econômicas: bovinocultura de leite e produção de móveis. No extremo oeste quatro municípios aderiram ao projeto: Maravilha, Anchieta, Descanso e São José do Cedro.