Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
zEntretenimentos Brasil / Mundo

Marc Spence garante que house e drum’n’bass andam juntos em “Nasty” e além…

Quando um produtor com bagagem de dez anos em uma cena prolífica como a do Reino Unido acerta a mão é tiro certo, como Marc Spence fez em “Nasty”. Não à toa, depois de inúmeros lançamentos fortes em sua discografia, com a faixa dá a volta ao mundo e quebra barreiras entre diferentes gerações do house de acento grave em 2016.

Um novo clássico low frequencies, que esbanja um certo retorno do fidget house britânico, e para nossa surpresa “o grave veio de um sample picotado de drum’n’bass”, como contou na entrevista Marc Spence, em São Paulo.

Afinal, na velocidade em que o hit entrou na coletânea da Ministry Of Sound, “The Sound of Bass House”, seu autor desembarcou pela primeira vez no Brasil e tocou por três estados diferentes em turnê organizada pela Kolletiv. Aproveitamos sua passagem e batemos um papo exclusivo. Confira!

Hey Marc, como foi a primeira turnê no Brasil? Já tem planos de retornar?

Foi incrível, conheci uma cultura contagiante nas festas e em contato direto com as pessoas com quem convivi diretamente no período. Muita gente acha a Inglaterra cool e moderna, mas não imagina como as vezes é difícil morar lá. Eu vivo praticamente isolado dentro do estúdio e só saio para dar aulas e quando toco fora do país a logística me coloca sozinha em hotel, etc. No Brasil foi insano! Estarei de volta na primeira semana de julho para ficar mais 10 dias no país.

Quais novidades vai trazer para a nova turnê?

Continuo colaborando com o Hervé na Inglaterra e vão sair novidades nossas em breve. Estou levando ideias pra finalizar em estúdio que surgiram no Brasil com o duo Jack’n’Jane, Kush 3D e Gabriel Boni. Acredito que na próxima vez vai rolar algo também com Illusionize.

Como a ideia de “Nasty” apareceu pra você no estúdio?

Esse dia foi louco, rolou há dois anos atrás na verdade. Comecei pela bateria, porque sou um retardado por ritmos, sabe? Cara, é isso que move as pessoas na pista, definitivamente. Fiz um loop de drums que me agradou na mesma hora e então fui testar a linha de baixo. Também sou especialista em basslines sujos. Costumo usar analógicos pra deixar o grave mais encorpado, mas por incrível que pareça, o baixo de “Nasty” rolou através de um micro-sample de drum’n’bass. Cortei o final da onda e modulei-a aproveitando aquele timbre mais ácido. Tipo, isso é natural pra mim porque eu vim dessa praia, em Londres fui DJ de d&b no começo da minha carreira e sempre acompanhei o trabalho do DJ Zinc.

“Nasty/Stop Interrupting” tem essa marca registrada que dialoga com o fidget de 2006…

Cara, sinceramente eu sou avesso a citar subgêneros: it’s all about house music. Mas você se refere a uma fase que foi muito inovadora pra house inglesa.  Quando ouvi o som de Dave Taylor aka Switch, aquilo abriu meus olhos de uma maneira muito significante. Todos os produtores londrinos em torno da label dele, a Dubsided, e caras como Studip Fresh, Jesse Rose e Trevor Loveys, estavam colocando o funky house em um outro patamar. Era diferente de tudo o que havia sido feito na Inglaterra, tinha muita identidade. O louco de olhar é que o próprio Dave Taylor começou fazendo drum’n’bass, cara. Essa é uma cultura que influenciou muita gente e das mais diversas maneiras.

Cite 3 faixas com essa atitude e que as pessoas deveriam conhecer:

UNKLEJAM – LOVE YA (HERVÉ REMIX)

SOLID GROOVE E SINDEN – DIM DA DA

SOLID GROOVE – THIS OS SICK

Conhecer a história da música é um fato importante na hora de criar um grande hit?

Repertório cultural é importante, mas eu produzo há 10 anos e entendo que não devem existir regras para se fazer música como também para se criar arte quando você quer expressar seus sentimentos.

É interessante notar, você mesmo sendo inglês teve poucas nuances com o UK Garage, exceto o EP que produziu com o Low Stepa “Quarantine”… Como viu o boom do Disclosure de dentro da cena britânica em 2013?

Eu aprecio a música deles, mas não tenho muita ligação na verdade. Acredito que naturalmente o Disclosure ajudou comercialmente a colocar o bass house 4×4 pra cima, mas sinceramente eu sou mais ligado no drun’n’bass, eu vejo o UK Garage mais pelas raízes que o gênero tem, coisas de 1996, speed garage, two-step e as batidas quebradas.

 

phouse

Posts Relacionados

Fernanda Lacerda vai até o chão em novo vídeo clipe de MC Fabinho

Em julho o projeto Cia Mútua 25 anos oferece duas oficinas

Kiev Ballet apresenta “Dom Quixote” e “Paquita” em Curitiba

Bota do Mundo 2018

VEM AÍ A QUARTA EDIÇÃO DO BEATNESS

Na’amat Pioneiras de Porto Alegre realiza bazar anual beneficente

Paulo Miklos faz pocket show gratuito em Curitiba

Rafa Brites realiza workshop em prol da ONG Projeto Camaleão: Autoestima Contra o Câncer na capital gaúcha

Atriz internacional de cinema Cris Lopes visita São Miguel Arcanjo no Brasil

Inverno exige cuidados extras com as doenças respiratórias nos pets