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William Aliotti conquista título do Maui and Sons Arica Pro Tour 2016

Com um tubo fantástico que valeu a única nota 10 do ano nas ondas desafiadoras de El Gringo, William Aliotti conquistou a primeira vitória da França nas sete edições do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour no Chile. A bateria final foi eletrizante. O australiano Dean Bowen também surfou ótimos tubos na sexta-feira e quase conseguiu virar o resultado no último minuto, mas os 10.000 dólares e os 1.500 pontos no ranking mundial do WSL Qualifying Series ficaram mesmo com o francês, no placar encerrado em 17,50 a 15,00 pontos. Os peruanos Alonso Correa e Tomas Tudela perderam nas semifinais e dividiram o terceiro lugar no show de tubos da etapa mais antiga do calendário da WSL South America.

Eu estava me sentindo superbem na final, só curtindo cada momento, porque as ondas estavam incríveis“, disse William Aliotti. “Eu vi o Dean (Bowen) pegar umas boas também, então eu sabia que ia ser uma bateria bem disputada. Arica é um lugar fantástico, as ondas estão sempre grandes e bastante fortes com altos tubos muito consistentes em qualquer tipo de swell (ondulação). As pessoas aqui são demais, muito amáveis, a comida é deliciosa e me diverti muito. Com certeza quero voltar nos próximos anos“.

Os finalistas do Maui And Sons Arica Pro Tour. Foto Rodrigo Farias

Os finalistas do Maui And Sons Arica Pro Tour. Foto Rodrigo Farias

Esta foi a primeira vez que William Aliotti esteve no Chile, que certamente ficará marcado na sua vida com a primeira vitória importante no circuito mundial: “As ondas estavam muito boas todos os dias e é por isso que venho para esse tipo de evento. Tentei ir aumentando minhas notas a cada bateria e finalmente consegui um dez na final. Eu estava muito profundo no tubo, então precisei acelerar muito, tive que passar da espuma, tinha umas partes quase fechando, então quando eu saí, eu sabia que ia ser uma nota boa e fiquei muito feliz pelo dez“.

O francês falou mais de Arica e do seu planejamento para o restante da temporada, já que essa foi apenas a primeira etapa que ele participou esse ano: “Eu cheguei antes aqui em Arica e peguei um swell grande, então sabia que a onda tinha potencial para um bom campeonato. Vim dirigindo desde Santiago e parando para surfar pelo caminho. Eu quero continuar competindo em ondas de qualidade como essas. Esse é o meu primeiro evento do ano porque não queria surfar em ondas ruins, somente em condições incríveis como aqui, mas devo participar de algumas etapas na Europa ainda esse ano“.

Dean Bowen. Foto Pablo Jimenez

Dean Bowen. Foto Pablo Jimenez

DECISÃO DO TÍTULO

A grande final foi iniciada ao meio-dia e as primeiras ondas surfadas pelos dois competidores fecharam rápido. O mar estava difícil, as ondas baixaram para 4-6 pés e ficaram ainda mais perigosas, quebrando muito próximas da bancada de pedras. Mas, El Gringo nunca falha e os tubos apareceram para o último espetáculo do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour. William Aliotti conseguiu uma melhor sintonia com as séries e surfou três tubos seguidos. O primeiro valeu 7,5, o segundo 7,07 e o terceiro foi o mais perfeito de todo o campeonato na avaliação dos juízes, que deram nota 10 unânime para o francês totalizar 17,50 pontos.

O australiano Dean Bowen também surfou um tubaço nota 9,17 e ficou precisando de 8,34 pontos para vencer. No último minuto, ele dropou dentro de um canudo incrível, foi acelerando, passando as sessões e, quando ia sair com o spray, acabou se chocando com o fotógrafo do evento. Ele até poderia conseguir a virada se completasse o tubo, mas não teve como trocar o 5,83 da sua segunda nota computada e terminou como vice-campeão, recebendo 5.000 dólares e 1.125 pontos para o ranking mundial do WSL Qualifying Series.

Alonso Correa. Foto Pablo Jimenez

Alonso Correa. Foto Pablo Jimenez

Foi um campeonato incrível e a final também“, disse Dean Bowen. “Já faz um tempão que eu e o William (Aliotti) somos amigos e a gente estava conversando no outside. Eu tentei pegar as maiores ondas das séries e ficar o mais profundo possível, mas eu não saí de alguns tubos. Eu consegui sair daquela onda louca no final, mas eu estava tão rápido que perdi o controle e caí. A visão que eu tive no tubo foi espetacular e nunca mais vou esquecer dessa final. Não ganhei, mas estou amarradão porque foi show de surfe“.

Sobre o que pretende fazer do seu futuro, Dean Bowen respondeu: “Eu adoraria continuar competindo nos eventos do QS. Fiquei alguns anos sem participar, só treinando e melhorando a minha performance, mas agora estou achando um bom ritmo e gostaria de competir em um outro evento grande. Eu vim aqui para Arica porque meus amigos Owen Wright e Anthony Walsh (campeão no Chile em 2012), me disseram que era o tipo de evento que eu poderia me dar bem e eles estavam certos (risos). Eu queria mostrar que sou um bom tube-rider e as ondas daqui me deram essa oportunidade“.

Tomas Tudela. Foto Pablo Jimenez

Tomas Tudela. Foto Pablo Jimenez

RANKING QS

Este foi o primeiro campeonato que William Aliotti disputou esse ano e o francês já aparece em 150.o lugar na classificação geral das 29 etapas do WSL Qualifying Series completadas no Chile. Dean Bowen tinha participado de oito provas na Austrália, Indonésia e Japão, mas o vice-campeonato no Maui and Sons Arica Pro Tour foi o seu melhor resultado na temporada. Ele entraria no grupo dos top-100 se vencesse o campeonato, mas ficou em segundo e subiu de 202 para 119 no ranking. O único que entrou na lista dos 100 primeiros colocados foi o peruano Alonso Correa, que estava em 118.o e foi para a 86.a posição com o terceiro lugar no Desafio de Arica.

As ondas estão mais difíceis do que pareciam aqui de fora“, disse Alonso Correa. “Hoje (sexta-feira), estão um pouco menores e quebrando bem em cima das pedras, mas ainda tem ondas muito boas. Estou feliz com meu desempenho, pois foi um ótimo resultado para mim. Eu queria ter chegado na final, mas o (Dean) Bowen e o (William) Aliotti surfaram bem no evento inteiro, então parabéns para eles“.

William Allioti. Foto Mauricio Lazo

William Allioti. Foto Mauricio Lazo

Alonso abriu a sexta-feira vencendo o duelo peruano das quartas de final contra Martin Jeri. Depois foi barrado pelo campeão William Aliotti numa bateria fraca de ondas. O francês só surfou uma e foi um tubaço que valeu nota 9,70 e garantiu a segunda vaga na grande final. Na bateria anterior, El Gringo bombou altas ondas e o australiano Dean Bowen comandou o espetáculo surfando tubos incríveis para tirar notas 9,00, 8,77 e 8,00 nas três primeiras ondas que pegou. O peruano Tomas Tudela também surfou bem, conseguindo quatro notas na casa dos 7 pontos, mas acabou eliminado pelo maior placar do campeonato, 17,77 a 15,27 pontos.

SUL-AMERICANO

O QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour foi a terceira etapa do WSL Qualifying Series realizada na América do Sul esse ano, todas valendo 1.000 pontos para o ranking regional da WSL South America. O resultado no Chile não alterou os ponteiros na corrida pelo título de campeão sul-americano da temporada, com o argentino Leandro Usuna permanecendo em primeiro lugar, seguido pelos brasileiros Flavio Nakagima em segundo e Bino Lopes em terceiro. Já o peruano Alonso Correa assumiu a quarta colocação ao chegar nas semifinais em El Gringo, com o brasileiro Marcos Correa fechando o seleto grupo dos top-5 do ranking da WSL South America.

William Aliotti. Foto Pablo Jimenez

William Aliotti. Foto Pablo Jimenez

FINAL GRINGA

Esta foi apenas a segunda vez em sete anos de história do Maui and Sons Arica Pro Tour, que nenhum sul-americano decidiu o título de campeão nos tubos de El Gringo. A outra foi em 2012, quando o australiano Anthony Walsh derrotou o havaiano Eala Stewart na grande final. A primeira edição em 2009 foi encerrada com uma decisão peruana vencida por Gabriel Villarán. Em 2010 não teve o campeonato. Em 2011, ele terminou com uma final chilena e Guillermo Satt foi o campeão. Em 2013, Alvaro Malpartida conquistou a segunda vitória do Peru e em 2014 Jessé Mendes ganhou o único título do Brasil. No ano passado, as finais foram canceladas por causa das condições extremas e muito perigosas do mar no último dia e agora a França entra na Galeria dos Campeões do Desafio de Arica com William Aliotti.

Mais informações, fotos e vídeos do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour podem ser acessadas no www.worldsurfleague.com que transmitiu a competição ao vivo do Chile.

CAMPEÕES DAS SETE EDIÇÕES DO MUNDIAL DE ARICA NO CHILE:
2016: William Aliotti (FRA) no QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour – 2.o-Dean Bowen (AUS)
2015: QS 1500 Maui and Sons Arica World Star – finais canceladas no mar storm do último dia
2014: Jessé Mendes (BRA) no 3-Star Maui and Sons Arica World Star – 2.o-Marco Giorgi (URU)
2013: Alvaro Malpartida (PER) no 3-Star Maui and Sons World Star – 2.o-Anthony Walsh (AUS)
2012: Anthony Walsh (AUS) no 3-Star Maui and Sons Arica World Star – 2.o-Eala Stewart (HAV)
2011: Guillermo Satt (CHL) no 3-Star Arica World Star Tour – 2.o-Camilo Hernandez (CHL)
2009: Gabriel Villarán (PER) no 3-Star Rusty Arica Pro Challenge – 2.o-Alvaro Malpartida (PER)

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO QS 1500 MAUI AND SONS ARICA PRO TOUR:
Campeão: William Aliotti (FRA) 17,50 pontos (10,00+7,50) – US$ 10.000 e 1.500 no QS
Vice-campeão: Dean Bowen (AUS) 15,00 pontos ( 9,17+5,83) – US$ 5.000 e 1.125 pontos

SEMIFINAIS – 3º lugar com 840 pontos no QS e US$ 2.250 de prêmio:
1ª: Dean Bowen (AUS) 17.77 x 15.27 Tomas Tudela (PER)
2ª: William Aliotti (FRA) 11.63 x 5.76 Alonso Correa (PER)

QUARTAS DE FINAL – 5º lugar com 630 pontos no QS e US$ 1.100 de prêmio:
Baterias que fecharam a quinta-feira:
1ª: Tomas Tudela (PER) 11.67 x 11.53 Lucas Chianca (BRA)
2ª: Dean Bowen (AUS) 8.50 x 7.73 Manuel Selman (CHL)
Baterias que abriram a sexta-feira:
3ª: Alonso Correa (PER) 13.04 x 12.60 Martin Jeri (PER)
4ª: William Aliotti (FRA) 15.96 x 9.16 Alvaro Malpartida (PER)

TOP-10 DO RANKING SUL-AMERICANO DA WSL SOUTH AMERICA – 3 etapas:
1º: Leandro Usuna (ARG) – 1.610 pontos
2º: Flavio Nakagima (BRA) – 1.465
3º: Bino Lopes (BRA) – 1.000
4º: Alonso Correa (PER) – 960
5º: Marcos Correa (BRA) – 945
6º: Marco Fernandez (BRA) – 750
7º: Lucas Chianca (BRA) – 725
8º: David do Carmo (BRA) – 700
9º: Joaquin Del Castillo (PER) – 620
9º: Samuel Igo (BRA) – 620
9º: Yage Araujo (BRA) – 620

G-10 DO WSL QUALIFYING SERIES – 29 etapas:
1º: Leonardo Fioravanti (ITA) – 17.530 pontos
2º: Connor O´Leary (AUS) – 14.700
3º: Joan Duru (FRA) – 13.040
4º: Deivid Silva (BRA) – 11.530
5º: Ezekiel Lau (HAV) – 10.120
6º: Ethan Ewing (AUS) – 9.100
7º: Dion Atkinson (AUS) – 9.050
8º: Evan Geiselman (EUA) – 8.900
9º: Cooper Chapman (AUS) – 8.260
10º: Patrick Gudauskas (EUA) – 7.990

Sul-americanos até 100º lugar:
13º: Bino Lopes (BRA) – 6.810 pontos
22º: Jessé Mendes (BRA) – 5.700
23º: Krystian Kymerson (BRA) – 5.675
25º: Santiago Muniz (ARG) – 5.505
26º: Tomas Hermes (BRA) – 5.420
29º: Victor Bernardo (BRA) – 4.680
30º: Michael Rodrigues (BRA) – 4.650
33º: Marco Fernandez (BRA) – 4.430
34º: Hizunomê Bettero (BRA) – 4.360
36º: David do Carmo (BRA) – 4.300
39º: Marco Giorgi (URU) – 4.180
42º: Heitor Alves (BRA) – 4.085
55º: Robson Santos (BRA) – 3.470
56º: Willian Cardoso (BRA) – 3.425
58º: Leandro Usuna (ARG) – 3.345
64º: Thiago Camarão (BRA) – 3.200
65º: Ian Gouveia (BRA) – 3.180
68º: Messias Felix (BRA) – 3.110
73º: Flavio Nakagima (BRA) – 2.940
74º: Rafael Teixeira (BRA) – 2.925
83º: Miguel Tudela (PER) – 2.740
86º: Alonso Correa (PER) – 2.680
90º: Luel Felipe (BRA) – 2.580
90º: Lucas Silveira (BRA) – 2.580

João Carvalho – WSL South America Media Manager

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