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Yagê Araújo, Marcos Corrêa, Cristiano Bins e Pedro Neves avançam no QS1.500 em Arica, Chile.

As ondas subiram na terça-feira e o mar ficou clássico em El Gringo, com tubos incríveis de 8 a 10 pés para fechar a primeira fase do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour no Chile. As condições ficaram ainda mais desafiadoras para os competidores e os brasileiros ganharam a maioria das seis baterias disputadas, mas também teve vitória da Austrália, dos Estados Unidos e do Peru no segundo dia em Ex-Isla Alacrán. Os destaques da terça-feira foram o brasileiro Marcos Corrêa, o australiano Dean Bowen e o argentino Juan Arca, que fizeram os recordes da etapa mais antiga do calendário 2016 da WSL South America.

O australiano competiu no melhor momento do mar em El Gringo. Ele ganhou notas 8,57 e 4,83 para totalizar 13,40 pontos, maior placar do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour até ali. E nesta mesma bateria, o argentino Juan Arca surfou o melhor tubo do campeonato até agora. Ele saiu ileso de uma das maiores ondas do dia para receber nota 9,0 dos juízes, mas não conseguiu outra pelo menos regular para somar e ficou em segundo lugar com 11,00 pontos, com o peruano Adrian Garcia terminando em último com 7,37.

“Foi uma bateria difícil, mas eu me senti bem, procurei me divertir e consegui pegar bons tubos”, disse Dean Bowen. “O Juan (Arca) pegou um tubão de nove pontos e o Adrian (Garcia) surfou um que parecia bom também, então eu sabia que precisava de boas notas. Tive a sorte de ganhar aquele 8,57 para vencer a bateria. As ondas estão incríveis e meu objetivo é chegar nas finais aqui para subir no ranking o máximo possível. Eu adoro competir em eventos com esse tipo de onda, estamos sendo tratados aqui igual aos atletas do CT e isso é maravilhoso”.

O placar da vitória de Dean Bowen só foi batido no último confronto do dia, quando o brasileiro Marcos Corrêa atingiu 13,73 pontos. Ele já começou bem com uma nota 8,40 e depois conseguiu um 5,33 para superar os 13,40 pontos do australiano. O francês William Aliotti ficou com a última vaga para a rodada dos cabeças de chave do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro e Camilo Hernandez foi mais um chileno eliminado na primeira fase.

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Australiano Dean Bowen manda bem na estreia em El Gringo, Chile. Foto: Pablo Jimenez.

VITÓRIAS BRASILEIRAS – Com as condições muito difíceis do mar, nenhum surfista conseguiu computar duas notas boas nas seis baterias disputadas na terça-feira em El Gringo. O segundo dia começou e terminou com vitórias brasileiras. A primeira foi conquistada por Cristiano Bins, que surfou o primeiro tubaço do dia que valeu nota 8,0 para vencer por 11,17 pontos. A briga pela segunda vaga foi nivelada por baixo, com o norte-americano Nate Dorman ganhando a disputa por apenas 3,93 pontos, contra 3,50 do chileno Christopher Herold e 2,13 do peruano Jean Pierre Quiroz.

“Estou muito contente porque consegui achar um bom tubo para avançar para a próxima fase”, disse Cristiano Bins. “O nível dos competidores está super alto, com vários tube-riders, big-riders, então estou feliz só por estar aqui junto com eles. Sei que a competição vai ficando cada vez mais difícil, mas vou continuar procurando surfar bons tubos para seguir avançando o máximo que puder”.

CLASSIFICAÇÃO CHILENA – Depois veio a bateria dos recordes do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour e na seguinte a primeira e única classificação chilena na primeira fase, do veterano Renato Aguirre de 44 anos idade, que é de Arica e conhece muito bem as ondas de El Gringo. Só que o peruano Joaquin Del Castillo fez o terceiro maior placar do campeonato, 12,80 pontos, para vencer a bateria e Aguirre passou em segundo lugar com 6,27, barrando o argentino Julian Iturralde. O peruano venceu uma etapa do QS 1000 na África do Sul esse ano e já se apresentou como um dos candidatos ao título do QS 1500 do Chile.

“Estou bem feliz pela vitória e me sinto em casa aqui em Arica e nas ondas de El Gringo”, disse Joaquin Del Castillo. “Gosto muito de competir aqui e as ondas estão incríveis hoje (terça-feira). O nível dos atletas está altíssimo e esse evento é sensacional. As condições estão boas, tem momentos com altos tubos e estou orgulhoso por estar representando o meu país no Circuito Mundial. Quero fazer o melhor possível nesse evento e aproveitar ao máximo os tubos que certamente vão rolar durante toda a semana aqui em Arica”.

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Argentino Juan Arca arranca 9.00 pontos dos juízes. Foto: Rodrigo Farias.

SUFOCO EM EL GRINGO – A disputa seguinte foi uma das mais dramáticas do dia. O norte-americano Myles Laine-Toner errou o drop numa onda gigante, foi varrido até as pedras e sua prancha se partiu ao meio. Ele teve que trocar o equipamento, perdeu bastante tempo para retornar ao outside, mas ainda surfou um bom tubo que valeu nota 6,5 para ganhar a bateria por 7,67 pontos. Vice-campeão na primeira edição do Desafio de Arica em 2009 e campeão em El Gringo em 2013, o peruano Alvaro Malpartida se classificou em segundo com 6,37 pontos e o chileno Erik Bustos só pegou uma onda, terminando em último com apenas 1,80.

“Estou amarradão em vencer um ex-campeão aqui”, disse Myles Laine-Toner. “As condições estão complicadas e tive dificuldade de escolher as ondas certas. Fiquei mais triste ainda por ter quebrado a minha prancha nova logo na primeira onda. Dropei atrasado, embiquei e já era. Mas, as condições estão boas e todo mundo está surfando bem, um show de surfe. Surfei várias ondas boas no free-surf antes do campeonato começar e achei que ia pegar os mesmos tubos na bateria, só que não rolou, mas estou feliz pela classificação”.

O penúltimo confronto do dia foi 100% brasileiro e o baiano Yagê Araujo também passou um sufoco como o norte-americano Myles Laine-Toner na bateria anterior. Ele tomou várias séries na cabeça, saiu pelas pedras, mas retornou para surfar um tubaço nos minutos finais. Os juízes deram nota 7,00 para ele conquistar a vitória por 9,73 pontos, com o carioca Pedro Neves passando em segundo com 6,53 e Michael Dias terminou em 33.o lugar no Chile.

“Apesar da direção do swell continuar de sudoeste, dificultando a saída em alguns tubos, as condições hoje (terça-feira) ficaram clássicas para El Gringo”, analisou Roberto Perdigão, Tour Manager da WSL South America no Maui and Sons Arica Pro Tour. “Por conta das condições do mar estarem mais fortes do que ontem, houve a necessidade de colocar em prática todo o protocolo de segurança que a WSL South America acertou com os organizadores do evento, visando dar toda a segurança para os atletas nas difíceis e extremas condições de El Gringo”.

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Peruano Joaquin Del Castillo também se destaca nos tubos chilenos. Foto: Pablo Jimenez.

CABEÇAS DE CHAVE – Na quarta-feira, os principais concorrentes ao título do QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour vão estrear nos tubos de El Gringo. A apresentação dos cabeças de chave, surfistas mais bem ranqueados na World Surf League, já vai começar com o líder do ranking sul-americano da WSL South America, Leandro Usuna, disputando as duas primeiras vagas para a rodada classificatória para as quartas de final.

Os adversários do argentino serão o atual campeão mundial Pro Junior da WSL, Lucas Silveira, do Brasil, o chileno Danilo Cerda e o peruano Sebastian Correa. Também nessa segunda fase, entram os principais surfistas do Chile, para tentar apagar a má participação dos donos da casa na rodada inicial. Campeão do Maui and Sons Arica Pro Tour em 2011, Guillermo Satt vai estrear na sexta bateria com mais dois chilenos, Nicolas Vargas e Renato Aguirre, além do americano Myles Laine-Toner.

Outro chileno que é forte candidato ao título em El Gringo é Manuel Selman, um dos quatro surfistas que chegaram no último dia do campeonato no ano passado, quando as finais foram canceladas devido às condições extremas e muito perigosas do mar, para preservar a integridade física dos atletas. Ele é um dos cabeças de chave da quarta bateria e seus primeiros oponentes são o argentino Nahuel Amalfitano, o australiano Dean Bowen e o norte-ameriano Nate Dorman.

O QS 1500 Maui and Sons Arica Pro Tour é a terceira etapa do WSL Qualifying Series realizada na América do Sul esse ano. A vitória no verdadeiro desafio numa das melhores e mais perigosas ondas do mundo vale um prêmio de 10.000 dólares, 1.500 pontos para o ranking mundial e 1.000 para o sul-americano da WSL South America. A primeira chamada da quarta-feira foi marcada para as 7h30 no Chile e a competição está sendo transmitida ao vivo pelo www.worldsurfleague.com

 

 

waves.com.br

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