Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
z.Destaques zEntretenimentos Brasil / Mundo

‘Barata Ribeiro, 716’ é o grande vencedor do Festival de Gramado

O filme “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos de Oliveira, foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado, em premiação realizada na noite deste sábado (3) na cidade da serra gaúcha. Além de melhor filme, o cineasta ganhou o kikito de melhor direção e melhor trilha musical. O mesmo longa levou ainda o troféu de melhor atriz coadjuvante, para Glauce Guima.

A atriz Andreia Horta foi premiada pela atuação em “Elis” e Paulo Tiefenthaler ganhou o kikito de melhor ator pela comédia “O Roubo da Taça”. O filme “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra, saiu com três troféus.

Domingos de Oliveira subiu ao palco três vezes. Ainda no início da premiação, quando o vencedor na categoria de melhor trilha musical em longa-metragem brasileiro foi anunciado, ele foi receber o troféu acompanhado de Caio Blat.

“Sou o alterego do Domingos. Aliás, sou pequeno em estatura, mas na verdade sou o ego do Domingos”, brincou o ator, que é o protagonista da trama inspirada na história de vida do diretor.

Ao receber o prêmio de melhor direção, Domingos levou Caio novamente até o palco. “Não consigo falar se não for pelo Caio”. O ator então leu uma carta escrita pelo cineasta, que sofre de Mal de Parkinson e tem dificuldades para caminhar e falar. Foi aplaudido de pé pelo Palácio dos Festivais, lotado. No último discurso, ao receber o kikito de melhor filme, Domingos contou até 79, sua idade, depois de dizer: “A vida não é curta. É curtíssima”. Ele completa 80 anos no final de setembro.

Domingos de Oliveira é quase uma instituição da dramaturgia no país. Em quase 60 anos de carreira, ele esteve, além do cinema, no teatro e na televisão, atuando como escritor e roteirista. Já escreveu 26 peças e dirigiu 57, publicou cinco livros e participou de 50 telefilmes. “Barata Ribeiro, 716” é o 18º longa-metragem na carreira do diretor.

Outros kikitos
O kikito de melhor atriz foi para Andreia Horta, pelo papel em “Elis”, cinebiografia da cantora gaúcha Elis Regina, e cuja performance foi muito elogiada em Gramado. “A vida pode ser mais bonita mesmo quando a gente tem coragem né? Meu coração está batendo mais rápido… eu acredito no trabalho e acredito no artista. Foi uma convocação extraordinária, das deusas e dos deuses. Quero agradecer a todos que acreditaram que eu podia fazer esse trabalho”, discursou ela, bastante aplaudida.

“Foi lindo entregar a Elis aqui, na terra dela, no Sul. O nosso ofício é uma declaração de amor à humanidade, né?” continuou, já em lágrimas. “Como diz Elis: ‘No presente a mente, o corpo é diferente, e precisamos todos rejuvenescer’. É tempo de luta, vamos juntos”, completou ela, citando a canção “Velha Roupa Colorida”.

O anúncio dos ganhadores foi feito em cerimônia no Palácio dos Festivais (confira a lista completa abaixo). Neste ano, os troféus foram entregues aos vencedores agrupados por cada categoria, entre curtas e longas-metragens nacionais e estrangeiros.

Em meio às premiações, o evento também foi marcado por algumas críticas políticas nos discursos, basicamente contra o presidente Michel Temer.

O melhor ator foi Paulo Tiefenthaler, por “O Roubo da Taça”, filme que saiu de Gramado com os kikitos de melhor roteiro, direção de arte e fotografia. Ele foi um dos que fez críticas, incluindo em seu discurso um “fora Temer”.

Aliás, o clima político foi percebido em outras situações, também contra o atual governo. Ao anunciarem os apoiadores e patrocinadores do evento, parte do público vaiou a menção ao Ministério da Cultura.

Entre os estrangeiros, os destaques foram “Guarani”, de Luis Zorraquín, com os troféus de melhor ator, roteiro e filme, e o chileno “Sin Norte”, de Fernando Lavanderos, com os kikitos de melhor filme, eleito pelo júri da crítica, e direção.

Curtas premiados
O primeiro kikito foi entregue a Bruno Polidoro, pelo gaúcho “Horas”. Mas foi “Rosinha”, do brasiliense Gui Campos, o grande vencedor entre os curtas.

Ao subir ao palco para receber o principal prêmio, ele também se manifestou contra a posse de Temer como presidente, inclusive com mensagens escritas em faixas. Recebeu aplausos e o apoio de outras pessoas na plateia que também reforçaram o coro de “fora Temer”.

“Nós aqui presentes nos pronunciamos contra o golpe e a favor da democracia brasileira”, disse ele.

Na noite fria e chuvosa em Gramado, o tapete vermelho foi menos tumultuado que nos dias anteriores. Pouca gente aguentou o clima adverso na expectativa de ver alguma celebridade por ali.

Do lado de dentro do Palácio dos Festivais, antes da entrega dos prêmios, o cinema lotava aos poucos. Por isso, a cerimônia começou 50 minutos após o horário previsto inicialmente. O trio de apresentadores Leonardo Machado, Marla Martins e Renata Boldrini deu início à cerimônia perto das 22h, encerrando a festa por volta das 23h45.

Todos os vencedores da 44ª edição do Festival de Cinema de Gramado:

Longas-metragens brasileiros

Melhor fotografia: Ralph Strelow, por “O Roubo da Taça”

Melhor trilha musical: Domingos de Oliveira, por “Barata Ribeiro, 716”

Melhor direção de arte: Fábio Goldfarb, por “O Roubo da Taça”

Melhor desenho de som: Daniel Turini, Fernando Henna, Armando Torres Jr e Fabian Oliver, por “O Silêncio do Céu”

Melhor montagem: Tiago Feliciano, por “Elis”

Melhor ator coadjuvante: Bruno Kott, por “El Mate”

Melhor atriz coadjuvante: Glauce Guima, por “Barata Ribeiro, 716”

Melhor roteiro: Lucas Silvestre e Caíto Ortiz, por “O Roubo da Taça”

Melhor atriz: Andreia Horta, por “Elis”

Melhor ator: Paulo Tiefenthaler, por “O Roubo da Taça”

Melhor direção: Domingos de Oliveira, por “Barata Ribeiro, 716”

Prêmio especial do júri: “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra

Melhor filme, eleito pelo júri da crítica: “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra

Melhor filme, eleito pelo júri popular: “Elis”, de Hugo Prata

Melhor filme: “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos de Oliveira

Curtas-metragens brasileiros

Melhor fotografia: Bruno Polidoro, por “Horas”

Prêmio especial do júri: Elke Maravilha, por “Super Oldboy, e Maria Alice Vergueiro por “Rosinha”

Melhor trilha musical: Kito Siqueira, por “Super Oldboy”

Melhor desenho de som: Jeferson Mandu, por “O Ex-Mágico”

Melhor montagem: André Francioli, por “Memória da Pedra”

Melhor roteiro: Gui Campos, por “Rosinha”

Prêmio Canal Brasil: Gui Campos, por “Rosinha”

Melhor atriz: Luciana Paes, por “Aqueles Cinco Segundos”

Melhor ator: Allan Souza de Lima, por “O Que Teria Acontecido ou Não Naquela Calma e Misteriosa Tarde de Domingo no Jardim Zoológico”

Melhor direção: Felipe Saleme, por “Aqueles Cinco Segundos”

Melhor filme, eleito pelo júri da crítica: “Lúcida”, de Fabio Rodrigo

Melhor filme, eleito pelo júri popular: “Super Oldboy”, de Eliane Coster

Melhor filme: “Rosinha”, de Gui Campos

Longas-metragens estrangeiros

Melhor fotografia: Andrés Garcés, por “Sin Norte”

Prêmio especial do júri: “Esteros”, de Papu Curotto

Melhor roteiro: Luiz Zorraquín e Simon Franco, por “Guarani”

Melhor atriz: Veronica Perotta, por “Las Toninhas Van al Leste”

Melhor ator: Emilio Barreto, por “Guarani”

Melhor direção: Fernando Lavanderos, por “Sin Norte”

Melhor filme, eleito pelo júri da crítica: “Sin Norte”, de Fernando Lavanderos

Melhor filme, eleito pelo júri popular: “Esteros”, de Papu Curotto

Melhor filme: “Guarani”, de Luis Zorraquín

Posts Relacionados

Fernanda Lacerda vai até o chão em novo vídeo clipe de MC Fabinho

Em julho o projeto Cia Mútua 25 anos oferece duas oficinas

Kiev Ballet apresenta “Dom Quixote” e “Paquita” em Curitiba

Bota do Mundo 2018

VEM AÍ A QUARTA EDIÇÃO DO BEATNESS

Na’amat Pioneiras de Porto Alegre realiza bazar anual beneficente

Paulo Miklos faz pocket show gratuito em Curitiba

Rafa Brites realiza workshop em prol da ONG Projeto Camaleão: Autoestima Contra o Câncer na capital gaúcha

Atriz internacional de cinema Cris Lopes visita São Miguel Arcanjo no Brasil

Inverno exige cuidados extras com as doenças respiratórias nos pets