Um dos brasileiros no card do UFC 203, marcado para este sábado, em Cleveland, EUA, é o meio-pesado Francimar Bodão. Escalado para enfrentar C.B. Dollaway, que acumula três derrotas consecutivas, o atleta da Nova União precisa vencer par se recuperar do revés de sua última apresentação, em maio deste ano, e ainda fazer uma boa apresentação, o que ele mesmo admite que está devendo desde que estreou no Ultimate. Em entrevista ao PVT, o dono de um dos nocautes mais rápidos do mundo – apenas três segundos – analisou a diferença de postura que tinha antes e que tem agora no maior evento de MMA do planeta.
“A gente costuma falar que lutar no Brasil a gente enfrenta vários monstros. Primeiro que a gente tem que conseguir treinar, depois ter uma estrutura para viajar, pagar treinador, preparação física, enfim… São muitas coisas que pesam muito. Além disso, os adversários são duros, têm muita vontade de vencer, todo mundo quer ir para um evento internacional, então você sai na porrada, briga mais, dá mais o sangue. Já no UFC, você está lutando entre os melhores, lutadores que passaram por várias peneiras pelo mundo para estarem no UFC, e você sabe que precisa vencer bem para continuar dentro da organização. São dois pesos equilibrados: no Brasil você luta para sair e no UFC você luta para ficar, então aqui você tem que estar sempre vencendo e provando para o público que você quer continuar no evento”, explicou Bodão.
Em relação ao mau momento do oponente, o brasileiro prefere não contar com a pressão que ele possa estar sentindo, já que o fato desta luta definir o contrato de C.B. Dollaway com a organização, pode deixá-lo mais receoso ou então mais agressivo.
“Ele pode sentir essas derrotas que ele vem acumulando nas lutas, isso não deixa nenhum lutador confortável, mas por outro lado ele pode vir com as facas nos dentes querendo vencer de qualquer jeito. Enfim, são dois lados. Acredito que as coisas acontecem lá dentro, lá a gente vai saber quem está bem de cabeça, quem está bem preparado, quem está forte, então eu deixo essa parte para ver dentro do octógono”, prefere.
Francimar Bodão possui um cartel de 23 lutas, tendo saído vitorioso em 18 delas – oito nocautes, seis finalizações e quatro decisões. C.B. Dollaway tem o mesmo número de combates, mas venceu 15 – seis nocautes, três finalizações e seis decisões. Para o brasileiro, os estilos se equiparam e o duelo será decidido no detalhe.
“Ele enfrentou caras bem duros da categoria até 84kg, é completo, tem chão, joga bem para baixo e já provou que troca bem. Vendo por esse lado, ele é bem parecido comigo, que também gosto de colocar para o chão, gosto de trocar e sou faixa preta de jiu-jitsu. É uma luta bem casada, tem tudo para ser uma guerra. Vai vencer quem estiver uma estratégia melhor, quem estiver mais preparado. Ele até pode estar preparado, mas eu estou bem mais preparado do que ele, mais confiante e mais focado. Sei que será uma luta dura, mas o meu jogo vai funcionar mais uma vez”, afirmou.
UFC 203
Cleveland, EUA
Sábado, 10 de setembro de 2016
CARD PRINCIPAL (a partir das 23h, horário de Brasília):
Peso-pesado: Stipe Miocic x Alistair Overeem
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Travis Browne
Peso-médio: CM Punk x Mickey Gall
Peso-galo: Urijah Faber x Jimmie Rivera
Peso-palha: Jéssica Bate-Estaca x Joanne Calderwood
CARD PRELIMINAR (a partir de 19h15, horário de Brasília)
Peso-galo: Jessica Eye x Bethe Correia
Peso-leve: Nik Lentz x Mairbek Taisumov
Peso-médio: Caio Monstro x Brad Tavares
Peso-mosca: Ian McCall x Ray Borg
Peso-leve: Yancy Medeiros x Sean Spencer
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x CB Dollaway
Peso-leve: Drew Dober x Jason Gonzalez
Peso-leve: Damir Hadzovic x Yusuke Kasuya