Notícias Balneário Camboriú Esportes Entretenimento Eventos Política Empregos Camboriú Itajaí Itapema Navegantes Santa Catarina Brasil e Mundo
z. z.Destaques zz Esporte BR

Gabriel Medina arrebenta na primeira fase em Jeffreys Bay; Adriano de Souza, Italo Ferreira e Caio Ibelli também estreiam com vitória e Filipe Toledo passa pela repescagem.

A World Surf League (WSL) aproveitou um swell com ondas de 1 metro e séries pouco maiores nesta quarta-feira para dar início ao J-Bay Open 2016, sexta etapa do Championship Tour.

Os brasileiros não decepcionaram na primeira fase e venceram quatro das 12 baterias, com destaque para a excelente performance de Gabriel Medina.

Embalado pela vitória em Fiji e pela vice-liderança do ranking, Medina mostrou um backside pra lá de afiado, arrancando 8.17 e 9.10 dos juízes em suas duas melhores ondas.

Sempre muito ativo na água, o atleta surfou um total de dez ondas e ainda descartou 7.17 na última onda.

Suas vítimas foram o havaiano Dusty Payne e o compatriota Alex Ribeiro, terceiro colocado com 5.17 e 7.10.

“Eu gosto de J-Bay. É uma onda complicada, mas ao mesmo tempo é boa”, diz Medina. “Encontrei uma boa prancha e tentei ir nas ondas das séries. Estou me sentindo bem. Depois de Fiji e não surfei e este é o meu segundo ‘surfe’, então é bom surfar bem e passar a bateria”, conclui o brasileiro.

Também avançaram direto à terceira fase os brazucas Adriano de Souza, Italo Ferreira, Caio Ibelli e Filipe Toledo, que perdeu na estreia, mas reagiu na fase seguinte.

Atual campeão mundial, Adriano fez uma boa escolha de ondas e dominou seu duelo com 7.33 e 7.43, deixando para trás os aussies Kai Otton e Josh Kerr.

“Antes de o evento começar, vi a previsão e surfei muito nessa onda nos últimos 10 dias”, revela Adriano. “Tenho aprendido muito aqui e sei que preciso colocar em prática o que tenho feito nas últimas semanas. Estou feliz por avançar. Foi uma bateria complicada contra Kai e Josh, ambos com uma história incrível aqui em J-Bay”, comemora o campeão mundial.

1400x933

Adriano de Souza manda bem em J-Bay. Foto: © WSL / Kirstin.

Já Italo teve muito trabalho para bater o compatriota Miguel Pupo. O potiguar somou 6.83 e 6.50 nas duas melhores ondas, contra 5.83 e 6.23 de Pupo. Em terceiro ficou o australiano Ryan Callinan.

Com uma virada nos instantes finais, Caio Ibelli virou de terceiro para primeiro no duelo contra o australiano Joel Parkinson e o francês Jeremy Flores.

Ibelli começou forte, com 7.33, e aplicou um golpe fatal nos adversários ao descolar 7.93 na penúltima onda, deixando Parko em segundo com 6.17 e 7.43, seguido por Jeremy, autor de 6.17 e 6.73.

1400x835

Caio Ibelli tem bela atuação na estreia. Foto: © WSL / Kirstin.

Apesar de registrar um dos maiores somatórios entre os brasileiros, Wiggolly Dantas foi parar na repescagem. O atleta de Ubatuba travou uma grande batalha contra o sul-africano Jordy Smith e chegou a arrancar a maior nota da bateria (9.27), mas perdeu precisando de 7.16 para bater Jordy, autor de 8.10 e 8.33. No mesmo confronto, o aussie Adam Melling amargou o terceiro lugar.

Além de Miguel Pupo, Alex Ribeiro e Wiggolly Dantas, caíram para a a repescagem Alejo Muniz, Filipe Toledo e Jadson André.

Alejo entrou em ação na primeira bateria do dia e foi superado pelo australiano Mick Fanning, de volta a J-Bay depois do incidente com o tubarão na final, em 2015. Alejo bem que tentou, mas suas notas 5.77 e 5.03 e não foram suficientes para impedir a classificação de Mick, autor de 6.17 e 7.50 na bateria que reuniu ainda o norte-americano Conner Coffin.

Filipinho chegou a liderar o seu duelo até os instantes finais, quando o norte-americano Kelly Slater encontrou uma boa onda e passou por dentro de duas seções, finalizando com uma suave batida na junção. Ele precisava de 6.18 para virar o placar e conseguiu 6.43, deixando o brasileiro em segundo com 7.50 e 4.50, seguido pelo australiano Matt Banting.

Em seguida, Jadson André descolou 6.33 fez uma boa apresentação, mas perdeu para o norte-americano Kolohe Andino, autor de 6.83 e 7.33, contra duas notas 6.33 do potiguar, derrotado junto com o australiano Adrian Buchan (3o).

Aproveitando as condições do mar, a WSL colocou na água os quatro primeiros duelos da repescagem. Líder do ranking, Matt Wilkinson cometeu alguns erros no outside, mas foi beneficiado pela péssima atuação do local Steven Sawyer e precisou de apenas 8.47 pontos para avançar.

“Foi uma bateria muito complicada. Tenho sorte de manter essa lycra (dourada). Estava muito empolgado, mas fiquei caindo, então tive sorte de passar. Estou animado para manter essa lycra e para avançar”, disse Wilko.

1400x861

Matt Wilkinson conta com a sorte para avançar. Foto: © WSL / Cestari.

Em seguida, o brasileiro Alex Ribeiro surfou a sua melhor onda desde que chegou ao Tour e obteve 8.17, mas o havaiano John John Florence estava muito inspirado e não deu mole ao adversário, somando 9.57 e 7.70 para eliminar Alex.

“Acho que eu tinha uns 12 ou 13 anos quando vim a J-Bay pela primeira vez”, conta Florence. “Tenho vindo pra cá todo ano desde então. Este é um dos meus lugares favoritos no mundo. Ir para o round 2 é muito estressante, mas estou amarradão porque as ondas estão bombando agora. Está ventando menos do que pela manhã e estou empolgado porque está dando onda. É divertido pegar algumas ondas abrindo, bonitas”, finaliza o havaiano.

No terceiro duelo, Filipe Toledo teve muito trabalho para deter o aussie Kai Otton, mas imprimiu um forte ritmo para descolar 8.77 e 7.77, contra 8.57 e 5.77 de Otton.
“Tenho trabalhado muito e tentado melhorar em lugares como J-Bay”, fala Toledo. “Estou muito empolgado por estar aqui e surfar em ondas perfeitas como essas. Estou muito feliz. Surfistas como eu adoram dar aéreos e manobras insanas, mas sei que se quiser ser um campeão mundial e eu tenho de melhorar em outras tipos de onda, como nos tubos”, admite o atleta.

Veja a nota 9.27 de Wiggolly:

Veja a nota 9.10 de Medina:



Veja Caio Ibelli em ação:

Filipe Toledo decola na repescagem:

Confrontos pendentes da repescagem

5 Michel Bourez (PLF) x Ryan Callinan (AUS)
6 Nat Young (EUA) x Alejo Muniz (BRA)
7 Joel Parkinson (AUS) x Matt Banting (AUS)
8 Wiggolly Dantas (BRA) x Jadson André (BRA)
9 Conner Coffin (EUA) x Adam Melling (AUS)
10 Miguel Pupo (BRA) x Jeremy Flores (FRA)
11 Josh Kerr (AUS) x Jack Freestone (AUS)
12 Dusty Payne (HAV) x Stuart Kennedy (AUS)

Posts Relacionados

Do coração do Brasil para o 10º Transcatarina

Bota do Mundo 2018

Próxima edição da Volvo Ocean Race será com barcos da IMOCA

Fraiburgo e Transcatarina: a comemoração da Bodas de Estanho

Pâmella Mel completa 40 pódios

Circuito Catarinense de Stand-up Paddle é neste final de semana

Brasileiro sub-21 de vôlei de praia tem atleta de Balneário Camboriú

Saiba como o Dongfeng Race Team ganhou Volvo Ocean Race mais apertada da história

Estreia no 10º Transcatarina: de navegador para piloto

Paraná recebe as promessas olímpicas da Natação no Brasileiro Junior